Birras

Suas crises melhoravam e pioravam quase que ao mesmo tempo. Depois que sua mãe o pegou aplicando remédio na veia, Amélia deu crises de nervos, o chamou de abominável, Daniel concordava com ela e isso fez quebrar os seus frascos de remédios caros, e colocar fogo em algumas coisas pessoais do menino.

Amélia chorou, esperneou, o trancou no quarto e dzia que ele estava louco e que estavam o incentivando a se drogar. Podia ouví-la se lamentar a Daniel, era tão horrível ficar trancado naquele pequeno espaço sem ventilação, a parede parecia mofada e a poeira era inalada pelas suas narinas, onde respingando lágrimas de desespero. O garoto sentia pavor de ficar preso, aquele lugar era apertado, fedia, era escuro, sua crise gritava e ele tremia tanto, mal conseguia suportar levantar o rosto.

Socando a porta, o garoto insistiu em sair, mas seus pedidos não foram ouvidos. O menino caiu no chão, e ficou silenciosamente aos prantos, as lágrimas escorriam em seu rosto e pintavam no assoalho levemente vermelho.

O menino não dormia a meses, sua cabeça era um tormento, a vontade de acabar com tudo era enorme, olhar o que tinha no meio de suas pernas era repugnante, e ele queria usar rivotril junto de T, talvez aquilo o ajudasse melhor que o valium. A psicóloga não sabia do que ele precisava, ela só lhe dava remédios que não tinham efeitos de verdade, a briga entre valium e rivotril era tão grande, que o menino se sentia enjoado, vazio, sozinho.

Atividade física, hobby, amizades, não era para ficar no quarto, era para sair com Louie e ganhar peso, ele havia perdido muitos quilos durante os dois meses tendo crises e interrompíveis e várias dores no corpo, tudo doía, seus corpo era um tormento, o menino havia faltado vários dias de aula e com certeza seria reprovado novamente, ele bem sabia o motivo de ter que ir naquele inferno, não aprendia nada, só era feito de saco de pancada pelos outros misturado com chacotas, e agora estava preso em um lugar estranho, escuro.

Quando Amélia abriu a porta e o encarou no chão, ela deu um suspiro profundo e magoada, o seu filho estava cada vez pior, não era mais aquela criança sorridente que ela havia criado. Estava magro, com um rosto deprimente, se vestia estranho, havia cortado os cabelos de forma bruta e os tingido horrivelmente, o garoto era isolado, e agirá estava usando drogas, Amélia culpava Daniel por ver o garoto daquela forma.

_ Querendo ou não eu sou sua mãe! Você deve me respeitar, eu não aceito drogados dentro de casa! Vá tomar um banho, vou te levar para consultar! (Por mais que não parecia, Amélia se preocupava com o menino que não a correspondeu e nem a encarou).

Foi levado a forçan para a psicóloga, o menino não dizia nada, só se fechava cada vez mais diante da mulher que indagava o que estava acontecendo. A mãe do rapaz a respondia com raiva, e puxou o braço do garoto que estava roxo e cheio de pontos vermelhos. O menino não sabia aplicar direito, suas veias eram fracas e às vezes elas ficavam roxas e muito doloridas, então ele tirava a agulha e ficava em outro ponto para conseguir aplicar o hormônio.

O consultório ra tão torturante, aquelas cores pareciam o zombar, a psicóloga pediu que Amélia saísse e os deixassem a sós. A sua mãe não fez drama, ela queria que a médica o consertasse, por isso saiu do consultório sem muita delonga.

_ Você quer me dizer algo? (O olhar do garoto era deprimido, ela já conhecia aquele olhar estranho).

_ E-eu só queria me sentir melhor! Eu não queria que ela ficasse daquele jeito, eu não queria ter ficado preso! Eu só queria parar de me sentir tão mal e estranho...(Inexpressivo, ele dizia a ela, seu rosto inchou, mas não saiu nada, ele não tinha capacidade de se expressar naquele momento).

_ Eu já disse que você não está pronto para usar esse tipo de medicamento! Você tem que se sentir bem consigo mesmo, conversar com os seus pais, fazer amizades, e ganhar peso! Está mais magro do que a última vez, como pode tomar remédios injetáveis, se está anêmico e com a massa corporal baixa? Você quer morrer? Você precisa ter um hobby, e eu percebi que suas crises aumentaram, o que você anda fazendo? Não esta fazendo amizades, e pelo que a sua mãe me falou, anda bebendo e fumando escondido, e se isolando de todos!... se continuar assim, eu vou te internar até voce demonstrar resultado positivos ao tratamento! (O menino internamente a respondia com um soco, mas ele ficou em silêncio a ouvindo).

Quando chegou no local, o menino olhou ao redor desconfiado era um galpão e parecia que estava vazio. Ele estava fechado e silencioso, havia uma pequena abertura no portão e por um motivo curioso o menino abaixou para ver o que tinha lá dentro e acabou abrindo sem querer o portão, que rolou para cima fazendo um barulho bem alto.

Todo sem graça o menino puxou o portão de volta, e quando fez isso escutou um barulho e olhou para frente e viu diversas coisas estranhas, eram bonecos de metais, alguns eram definidos, outros não, haviam robôs em miniaturas rodando no chão fazendo barulho, e alguns maiores segurando algumas peças. O menino estava em um lugar cheio de criações estranhas, era tão estranho e ao mesmo tempo interessante, que o garoto

Christopher por outro lado se deprimia vendo que algo não encaixava em seu foguete, tudo que ele fazia dava errado, o foguete não subia, ou quando mostrava queria pegar voo algo dele quebrava, isso deixava o menino ansioso. Ele não poderia gastar mais nem centavo no foguete, o dinheiro que tinha já havia acabado, o investimento que recebeu já havia sido usado, e se desse algo errado, Christopher iria ter que voltar para casa, e isso era a pior coisa que aconteceria na altura em que estava, voltar para casa como um fracasso.

Os seus pais já haviam dito que aquilo era perda de tempo, que ser engenheiro aeronáutico era algo impossível e que ele deveria se contentar com o que tinha, ninguém de sua família dava tanto prejuízo feito ele, Christopher destruía coisas para inventar objetos sem funções algumas, isso deixava seus pais bravos, por isso que o mandaram para morar com o seu tio que havia mais dinheiro, o seu tio confiava em suas habilidades, mas ultimamente o menino gastava muito e não mostrava nada, isso o deixava abatido.

Cansado tentado descobrir o que estava fazendo de errado, ele olhou para baixo e viu de longe o garoto de cabelos azuis mexendo sutilmente no seu robozinho que soldava o seu foguete em partes mais complexas. Christopher parecia outro quando o viu, seu rosto inchou, e ele deu um sorriso ao ver ao longe o rosto delicado do garoto que olhava feito uma criança o seu robozinho soldador.

_ Eu sabia que você iria vir! Sobe aqui no meu quarto! (Christopher gritou lá de cima o mostrando a escada de madeira).

O menino o olhou confuso, Chris havia dito para subir em seu quarto, mas aquilo era uma galpão, e onde Christopher estava era uma extensão do galpão, não era um cômodo, era apenas um piso e nem havia escadas para subir, Christopher mostrava uma escada móvel de madeira, que parecia que iria quebrar a qualquer momento.

Vendo que o menino demorou muito para subir, Chris desceu rapidamente as escadas como se aquilo não fosse nada e foi até o menino o puxando depressa com um riso enorme no rosto.

_ Não seja tímido, eu vou te mostrar minha casa! Aqui em baixo é minha área de serviço, eu moro no andar de cima, não é grande, mais é tudo que preciso pra viver! Petits Cheveux Bleus, vous allez aimer ici! (Chris o mostrava a escada e o menino encarava com medo, era muito alta e lá em cima não havia nem grade para segurar, se eles caíssem lá de cima, com certeza quebrariam o corpo todo, se não morresse antes).

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