cap 10

AYLA

Eles vão até o monitor, e eu fico ali próximo à porta, não quero ver isso, mais ao mesmo tempo, eu quero, quero ver como é.

Mais seria muito vergonhoso. Então fico aqui mesmo, igual uma estátua.

— vem ver Ayla, vem ver como as coisas funcionam aqui nesse set de filmagens.

Olho para ele estática, eu jamais iria olhar isso, olho para o lado virando o rosto.

Onde já se viu, ele pensa que eu sou uma dessas depravadas que ele conhece. A única coisa que sei sobre sexo, foi o que eu li em livros, nunca imaginei eu assistindo um pornô.

— o que foi, vai me dizer que nunca viu um vídeo pornô Ayla?

— não, eu nunca vi, e nem quero ver, não é o tipo de filme que prende minha atenção.

— eu tenho certeza que no dia que você vê, nunca mais vai esquecer.

Droga de homem inconveniente. Pego meu celular e finjo atender uma ligação, tenho que fugir desse assunto, para ele pode parecer normal isso, mais para mim não é.

Saio do set de filmagens falando alô, sendo uma grande atriz de verdade, porque não quero ver ele fazendo essas coisas, fico de frente para o elevador, encosto na parede, e fico com o celular no ouvido, como se realmente estivesse conversando com alguém.

Tomara que ele faça só um vídeo e vá embora, antes era tão tranquilo sem ele aqui. Veio só para infernizar minha vida, que era ótima até sua chegada.

Ele sempre arruma uma coisa para me estressar, coisas que eu nunca tive, daqui a pouco vou precisar tomar um gardenal para suportar a presença desse ser.

Espero uns minutos, e volto para o set, e eles estão olhando as cenas da filmagem pelo monitor, ainda por cima sorrindo, e eu me pergunto, como um pai pode olhar para aquilo, e ficar feliz desse jeito? Como pode sentir orgulho de um filho fazendo essas coisas com uma mulher?

Tem doido para tudo mesmo, porque se um filho meu falar que é ator porno, eu infarto. E a mãe dele, o que será que pensa sobre isso?

Não consigo ver nada daqui de onde eu estou, mais os sons dos gemidos me deixam com vergonha, é como se eu tivesse lá vendo tudo, e as batidas, que parece que ele está estalando ela.

E minha curiosidade quer que vá lá da uma olhadinha, mais a vergonha me trava aqui, não me permitindo que eu me mexa.

Porém a mulher geme alto de mais, e as palavras que ele usa na filmagem e tão estranho, me estiga a ir ver a cena, e vai ser a primeira vez, que eu vejo um homem e uma mulher no momento desse.

Da uma coisa entre minha barriga até minha intimidade, arrepiando todo o meu corpo.

Que merda é isso que estou sentindo? Nem estou vendo nada, somente os sons misturados com a voz grossa dele já me deixam desequilibrada.

Dou um passinho para o lado, quem sabe eu consiga ver algo, mesmo que seja de longe.

Vou indo devagar, sorrateira, olhando para o monitor e para eles, para que não veja que eu quero ver o vídeo.

Morreria se um deles percebesse.

Até que chego em uma parte que consigo ver um pouco, já que o corpo do traste está na metade da tela.

Vejo somente a parte da mulher, ao qual ela está tipo... Posição de cachorrinho, com as mãos abertas na cama, os braços esticado, e seu corpo indo para frente e para trás.

Até q ela se vira, e fica de joelho, e a câmera pega mais de perto e posso ver o membro dele.

Ela com ele na boca, sua boca se enchendo com aquele negócio todo, grande... Aí meu Deus, é grande de mais.

Não dá para mim isso não, eu quero parar de olhar, minha mente manda eu parar de ver aquilo, mais eu não consigo.

Até que ele vira para trás, e me vê ali babando pelo vídeo dele.

Eu tento parecer o mais normal possível, fingindo que não vi nada.

— gostou do vídeo Ayla?

Maldito traste desgraçado, a sala toda olha para mim, e meu sangue todo sobe para as minhas bochechas, e eu não sei onde enfiar a minha cara.

Engulo seco, tremendo pela vergonha de ser pega no flagra.

Não digo nada, só não olho mais para o monitor

— não vi nada. — minto, para que os olhares saem de cima de mim.

— desculpa, eu fiquei na frente né? Volta o vídeo pai, deixa ela da a opinião dela.

Já posso matar ele?

— melhor não filho, vamos entregar para editor, ele vai pegar as partes que podem ser usadas, e amanhã teremos outra filmagem.

— infelizmente aí não vamos poder usar nada, como pode ver, ela se matei sozinha fazendo ele subir, e o sexo foi um desastre, toda hora ele perdia o foco, e murchava, fazendo a atriz ter que se esforçar para manter ele ereto.

o senhor Roberto então manda tirar o vídeo, e farão outro amanhã.

— pai, eu preciso de uma assistente, tem alguma para me recomendar?

— Ayla seria perfeita se ela não fosse a minha assistente, ela é uma ótima funcionária.

— Sr. Roberto, eu prefiro continuar trabalhando com o senhor.

— tem alguma amiga que possa trabalhar comigo?

— não senhor, não conheço ninguém.

Falo olhando para o chão, não consigo olhar para eles agora.

— podemos dividir a Ayla pai, nos horários de filmagens ela trabalha comigo, e quando não tiver, ela trabalha com o senhor.

— você aceita Ayla?

— posso escolher?

— claro, se não for muito para você, mais se você aceitar, dobrarei o seu salário, pois, será assistente de dois.

Meu bolso chega treme querendo, mais será que eu vou aguentar ver as cenas de pornografia?

— eu vou pensar senhor, e depois darei a resposta.

— pensa logo Ayla, depois que eu consegui outra, você vai ficar chorando.— ele fala com um sorriso safado nos lábios.

— eu.eu já decidi. — dou um sorriso de lado para esse abusado — eu não vou querer não, pode chamar outra assistente, vou ficar só com o senhor Roberto mesmo.

Ele tira o sorriso na hora com a minha recusa, e me olha sério.

— certo, então vamos procurar uma assistente para você meu filho, até lá, terá que trabalhar sozinho.

— ou até lá Ayla pode ir me ajudando.

— será temporário Ayla.

— não obrigado

Não posso acreditar nisso. Mais que droga.

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