cap 4

(look do dia)

Termino meu almoço e volto para a agência, chego lá e eles não estão, eu me sento na minha mesa, que fica de frente para mesa do senhor Roberto, ele preferiu me manter aqui, para caso ele precisasse de algo urgente, eu já estaria ali mais perto.

Tem um recado em um papel aqui em cima, do senhor Roberto, e está escrito que ele saiu para almoçar com o filho, mais não demora voltar. Pois hoje iremos ajudar a selecionar os atores para trabalhar.

Essa é a parte mais Ilária daqui da agência, pois são entrevistados exatamente pelo senhor Roberto, ele escolhe a dedo quem vai participar das filmagens.

E muitas, ficam com receio de falar um A e não ser contratada, outras ficam com medo de ser contratada depois que lê as cláusulas do contrato.

A secretária do senhor Roberto que receber as ligações de confirmação de presença, mais a cada 20 ligação, às vezes só 5 aparece para entrevista, e só 2 acabam ficando mesmo.

Cinco minutos depois os dois chegam, o Rick olha para mim, e eu para ele, mais desvio os meus olhos para o computador, não vou dar moral para esse cara não, ele parece meio perturbado da cabeça.

e eu até queria fazer psicologia, mais não fiz, então não tem porque eu dar moral pra doido.

Me levanto e vou buscar o café do senhor Roberto, pois eu sei que depois do almoço, ele gosta de um cafezinho quentinho e fresquinho.

tiro o café na hora da máquina, e coloco duas xícaras para levar para a sal

vou levar, só para não dizer que eu sou mal educada, meus pais me ensinaram muito bem, e pelo salário que recebo, posso nem reclamar. ahh se eu tivesse com um purgante aqui, talvez duas gotinhas no café ia deixar ele tão esperto. hehe.

Tiro esse pensamento maldoso da cabeça, onde já se viu, ele é meu chefe, e eu tenho que tratar ele igual ao Sr. Roberto. Mas também, ele tem que me tratar igual o pai dele me trata, e não ficar tentando me levar para cama.

nesses dois anos, o Sr Roberto sempre foi muito educado comigo, não tenho nada a reclamar dele e nem da esposa dele, somente da filha, que é muito chata e abusada, uma menina da minha idade parece um criança de 7 anos.

Coloco as xícaras na bandeja, e levo para sala dele, e ante de eu abrir a porta, a secretária me chama baixinho até a mesa dela, eu vou por que já sei que é fofoca, e eu amo uma fofoca.

— Ayla, você viu o filho do chefe como é um deus, mulher,eu quase caí dura na frente dele, que homem meu Deus, e pra completar, ele me deu o número de telefone dele e eu derretida naquele homem, principalmente porque beijou até a minha mão.

— te orienta mulher, ele deu o número de telefone dele para agência toda, cuida que se não você é a próxima vítima, ele é um fuleiro.

Ela abre a boca e fica espantada.

— ele é o tipo de homem que joga a rede, a que cair nela, ele pega, e sabe para que né?

— credo Ayla, né desanimou legal agora.

— so estou sendo realista Lila, mais se você quiser arrisca, o corpo é seu mesmo.

— talvez ele caia no meu encanto e não sai mais, já ouvi casos de patrão e empregada que dei certo.

— viu aonde? em novela? acorde mulher, você não tem idade pra sonhar com príncipe desencantado não.

— você é estraga prazer.

Mais é burra mesmo, me viro indo levar o café deles, abro a porta e eles estão sentados um do lado do outro.

— ahh sabia que você não ia esquecer, por isso você é a melhor assistente que eu já tive.

— e que bom que não esqueceu de mim também né Ayla.

O traste fala comigo, todo cheio de graça, mais eu ignoro, sempre pensando no salário que eu recebo aqui, não vou entrar na pilha dele, ou eu estou ferrada.

Após servir os cafés, volto para minha mesa, e tento não prestar muita atenção na conversa dos dois, eles está selecionado as modelos pelas fotos, pare depois ligar para elas virem aqui na agência.

Após selecionadas, o Sr. Roberto me entrega a pasta, e pede para levar a secretária dele.

Chego e entrego, ela abre o envelope, e começa a ligar para casa uma delas, marcando a entrevista para daqui a 30 minutos.

E eu fico ali um tempinho com ela, eu adorava ficar na minha sala, mais o traste me incomoda muito, seus olhares me intimidam, e eu não vou ser mais uma que vou passar por suas mãos.

Depois que ela liga para todos, eu volto para minha mesa. Os olhares dele sempre se encontram com os meus, e eu sempre desvio, e não entendo a necessidade que tenho, de sempre olhar para ele.

Os 30 minutos se passam, e a secretária liga, falando que as meninas chegaram.

Eu me levanto e vou abrir a porta, selecionando uma de cada vez para ser entrevistada.

A primeira é um loira peituda, ela entra rebolando mais que as sambistas do carnaval, a bunda dela até parece que tem vida própria.

Ela se senta na cadeira de frente para eles, e joga o cabelo de lado.

— Olá, senhorita, vou te mostrar as cláusulas, e você vê se aceita elas, não pode ser nenhuma negada, terá que aceitar todas ok.

Ela Diz que sim e pega o papel e começa a ler.

Sei todas as coisas que tinha no outro contrato, esse foi redigido exatamente para quem quiser atuar com o Rick, então não tive acesso a ele ainda, mais logo logo vou descobrir.

— olha, tem coisas aqui que eu nunca fiz e não sei se conseguiria fazer.

— então, precisamos de mulheres que aceitam tudo, as selecionadas iram atuar comigo nas filmagens, então, pensa direitinho, gostei muito de você.

Depois que ele termina de falar, ele olha para mim, e a tonta aqui, está mais uma vez olhando para ele.

Droga, me viro de costas e volto para minha mesa, viro o computador pro lado, para não ficar de frente para ele.

— eu posso tentar então, eu também gostei de você.

— então assina o contrato, e na segunda-feira venha aqui na agência, será o primeiro dia das filmagens.

Ela assina sem pensar, e eu não olho mais para eles, quando ela se levanta eu me levanto também, e abro a porta para ela sair e já chamo a próxima.

Foram selecionadas 5 meninas, mais 2 delas já conhece o Rick, disse que não iria aguentar fazer tudo que estava no contrato com ele, e acabaram desistindo.

Às três que foram contratadas, viram cada uma em uma semana, nessa segunda vem a primeira, na outra segunda a outra e a última da 3° semana.

Expediente terminado, e como é sexta, final de semana não trabalhamos, era tudo que eu precisava. Relaxar.

— quer eu te leve em casa Ayla? — ele pergunta com a voz normal, acredito que devido ao pai dele está aqui.

— não obrigado Sr. Rick, eu moro perto da agência.

— mais deve ser perigoso para uma mulher andar sozinha não?

— eu trabalho aqui a dois anos senhor, até os moradores de rua me conhece, mas, obrigada pela gentileza.

— vamos filho, sua mãe já tá me ligando... alô amor. — o senhor Roberto atende o telefone saindo da sala.

— pode ir, eu vou ficar bem, não se preocupe.

— se você diz, mas eu espero que você não encontre ninguém como eu na rua antes de chegar em casa.

— alguém como você? Como assim?

Ele sorri, e que sorriso meu Deus, abaixa a cabeça, e sai da sala.

O que ele quis dizer com isso?

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