Death Devils - Desejo Sombrio.

Death Devils - Desejo Sombrio.

Capítulo 01.

Há alguns anos...

— Elara! Você está atrasada!

Ouço a voz da minha mãe e saio do quarto as presas, desço às escadas correndo, enquanto termino de vestir o meu moletom de maneira desleixada.

Corro até a cozinha, onde os meus pais estavam tomando café.

— Sente-se, não pode sair antes de tomar café. -Diz minha mãe e eu assim o faço, me sento e começo a comer rápido.

— Vai acabar engasgando se continuar comendo como se a comida fosse correr. -Diz o meu pai e eu começo a comer mais devagar.

— Posso ir treinar com o senhor hoje, pai? - Pergunto assim que termino de engolir.

O meu pai dá um leve sorriso e olha para a minha mãe, como se pedisse permissão.

— Por favor, mãe? - Pergunto voltando o meu olhar para ela.

— Não adianta fazer essa carinha, mocinha. Já falei que não gosto que você frequente esses lugares, isso não é para você, ainda tem 11 anos, minha filha. - Diz e eu suspiro derrotada, sei que não vai adiantar tentar fazê-la mudar de ideia.

O meu pai era consigliere do lider da máfia do Sul da Itália, mas nos mudamos há duas semanas para uma cidadezinha no território de uma máfia rival. Entramos de maneira clandestina e ninguém pode saber que somos do sul.

Não sei o motivo, mas o meu pai virou inimigo do nosso próprio capo e tivemos que fugir para continuarmos vivos. Não importa quantas vezes eu pergunte, os meus pais nunca irão me dizer o motivo e isso me deixa frustrada.

— Ela precisa saber se defender, amor. Para lutar contra os inimigos que hão de vir, é a única garantia de que nada acontecerá com ela. - Diz meu pai, me deixando intrigada, a maneira que ele se expressou me chamou atenção.

A minha mãe suspira, passando a mão no rosto como se estivesse angustiada.

— Mãe..

— Leve-a para a escola, ela está 30 minutos atrasada. - Diz a minha mãe cortando a minha fala, ela se inclina, beijando o topo da minha cabeça.

Esse dia foi estranho, como se as horas passassem sem pressa alguma, estava com um sensação horrível no peito, o meu pai não foi me buscar na escola no fim do dia, então uma das minhas professoras foi me deixar em casa, que parecia mais sombria.

— Quer que eu entre com você, querida? - Pergunta me olhando.

— Sim, professora. - Ela sorri e nós entramos, mas assim que passamos pela porta, um barulho estronda e sinto um líquido quente no meu rosto, a professora havia sido atingida por um tiro e o seu sangue respingou em mim. Assustada e sem saber o que fazer, eu grito.

.....

[...]

— Farei exatamente o mesmo com você, então olhe bem para cá. ‐ A voz dele soa na minha mente e por mais que eu feche os olhos, sei o que está acontecendo.

— Façam essa vagabundazinha abrir os olhos, quero que ela veja.

Sinto os outros homens se aproximarem, o meu couro cabeludo dói quando um deles me puxa pelos cabelos, o outro me força a abrir os olhos, tento me soltar, mas é inútil, completamente inútil.

— Não! Para!

Suplico com a visão embaçada, as lágrimas rolam sem cesar. A visão é demoníaca, meu estômago embrulha.

— Mãe! - O meu grito é rasgado, carregado de uma dor inexplicável.

— Elara, viva bem...deixe a sua mãe orgulhosa....viva..por mim...- Sussurra num último fôlego de vida e eu desço o olhar para onde o meu pai estava sendo torturado, eu não posso perdê-lo também.

— Poxa! Já? Não acredito que ela morreu e eu nem brinquei o seu corpo delicioso, é melhor aproveitar, logo, logo, ele esfria. - Diz o homem de maneira nojenta.

— Não encosta nela! - Grito com raiva e dor, eu já não ligo se vou morrer ou não, eu perdi o que eu tinha de mais valioso, a minha vida, é apenas um detalhe, não tem mais sentido.

Ele sorriu se divertindo e se aproximou ainda mais do corpo dela, eu fechei os olhos com força sabendo o que iria acontecer.

Infelizmente eu não posso enxergar o rosto de nenhum deles, pois todos usam malditas máscaras asssustadoras.

— Olhe para cá! - Grita e os outros tentam me forçar novamente.

— Não! Não! PARA! - Após o meu grito de dor soar, tiros invadem o local.

........

— NÃO!

Acordo completamente suada e ofegante, mais um maldito pesadelo! Olho em volta e percebo que o sol já está prestes a nascer, eu me levanto e vou para o banheiro tomar banho, assim que ligo o chuveiro eu tiro as minhas roupas, e me permito deixar a água levar todo esse sentimento.

Depois de um longo tempo, eu pego a toalha e vou para o closet, visto uma roupa de missão, pego as minhas armas, penteio os meus cabelos, pego o meu capacete e saio do meu apartamento.

Desço para a garagem, pego a minha moto e dou a partida, indo até o galpão, onde irei me encontrar com os outros.

Estaciono a minha bebê e vou até eles.

— Bom dia, rapazes.

Digo e eles me olham com sorrisos.

— Bom dia, se você demorasse mais um pouco, Ryan infartaria com medo de não ter a sua melhor capanga na equipe. - Diz Daniel, um amigo próximo e companheiro de trabalho.

Volto o meu olhar para Ryan que vem ao meu encontro.

— Estava prestes a mandar alguém atrás de você. Tudo bem? - Ele pergunta beijando a minha testa.

Éramos melhores amigos desde a escola, Ryan é o Capo da máfia do Oeste da Itália, ele me ajudou a sair da antiga cidade que eu morava com o meu pai. A nossa relação se baseia em ficadas sem compromisso.

— Tudo sim. Agora me digam, quem vamos matar? - Pergunto animada, preciso derramar o sangue fresco de alguém.

— Os desgraçados da Manchestary continuam no nosso caminho, fazem dois dias que um dos nossos carregamentos foram explodidos. - Diz Ryan, Manchestary é a nossa principal e maior inimiga, vivemos em pé de guerra.

— Mas vale lembrar que tudo começou porque você mandou os seus capangas desviarem um carregamento de drogas deles, Ryan. - Diz Daniel.

— Por que você fez isso? - Pergunto.

— Você ainda pergunta? Nós sabemos o que a máfia dele fez à sua mãe. - Diz e eu fecho os meus punhos.

— Não sabemos se realmente foram eles...- Diz Daniel.

— Me diga, Daniel, além da Manchestary, mais qual máfia é conhecida pelo uso de máscaras? - Questiono e ele suspira derrotado.

— Vamos esmagar cada integrante daquela maldita merda. -Digo decidida, desde que perdi a minha mãe, eu vivo para acabar com os responsáveis.

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Comments

jeovana❤

jeovana❤

essa outra máfia e a do Klaus certo
mas acho que foi a máfia que o pai dela fazia parte

2025-10-14

2

Fatima Castro

Fatima Castro

começando 18/10/25

2025-10-18

0

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