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— Caralho, deixou mesmo ela atirar em você? - Pergunta o meu primo e eu dou um sorriso abafado por conta da máscara, enquanto pressiono o ferimento.
— Matou o cara? - Pergunto mudando o foco da conversa.
— Rápido e sem remorso. Mas e a garota, o que vamos fazer? - Pergunta e eu olho para o chão onde ela estava desacordada.
— Mande os nossos homens voltarem, apenas nós quatro iremos prosseguir, vamos foder com o território da Copolla, os moradores de Imperia conhecerão a dor e as ruas serão lavadas de sangue. Quanto a coisinha aí, ela é problema meu. - Digo me abaixando para carregá-la , a sua pele está fria, por conta da brisa fresca que a madrugada carrega. Levanto com ela nos braços e saímos da floresta.
— Avisem as meninas que iremos precisar dos serviços de hackers, quero entrar e sair como a porra de uma entidade demoníaca. - Diz o outro e nós rimos, ansiando pelo estrago que faremos.
|| Elara Vitalli ...||
Forço os meus olhos a se abrirem e olho em volta, me assustando quando me dou conta de onde estou. Como vir parar aqui?
Coloco a mão na minha cabeça, onde fui atingida e veio um pouco que sangue nos meus dedos, me fazendo ter certeza de que não foi um sonho. Olho para o meu próprio corpo e vejo que estou usando uma das minhas camisolas.
— O...quê? - Pergunto completamente perdida.
Mas logo volto a minha atenção para a porta, por onde passa Queila, uma mulher que trabalha no meu apartamento.
— Bom dia, senhorita! Que bom que já está de pé, o seu pai está na sala e deseja vê-la. - Diz com um sorriso.
— Obrigada por avisar... diga que vou vê-lo em dez minutos. - Digo me sentando na cama, ela acente e estava prestes a sair.
— Queila? - Falo chamando a sua atenção.
— Sim?
— Como eu cheguei aqui? - Pergunto e ela me olha confusa, assim que noto que ela nem deve fazer ideia do que estou falando, eu suspiro.
— Esqueça isso.
— Como a senhorita quiser. - Diz saindo e eu me levanto, indo até o banheiro, enquanto ainda tento achar uma explicação para o que aconteceu naquela floresta e como Ryan teve coragem de nos abandonar lá.
Após um bom banho, eu me arrumo e saio do quarto, sei muito bem o que o meu pai veio fazer e já vejo mais uma conversa terminar em briga.
— Se você tivesse dito que ela ainda iria instalar o chuveiro, eu teria vindo com mais tempo. - Diz o meu pai, levando a xícara com café até a boca.
— Menos, pai. Eu já estou aqui. - Digo chamando a sua atenção, ele sorri se levantando, caminhando para me abraçar.
— Filha! Que saudades, minha pequena. - Diz beijando os meus cabelos, enquanto me esmaga no abraço.
— Eu..não con-sigo..respirar..
Digo e ele me solta ainda feliz.
— Estava com saudades também, coroa. - digo sorrindo e ele me olha indignado.
— Me respeita, sua fedelha.
Diz me fazendo rir, nós sentamos para tomar café, já que Queila havia preparado várias coisas.
— O que trouxe o senhor à cidade? - Pergunto já sabendo a resposta, ele termina de tomar o café e diz.
— Não se faça de desentendida, ele já sabe que você mudou de cidade e sabe que você está trabalhando para outra máfia. Meu Deus, filha! Ele está furioso.
— Foi ele que deixou esses hematomas no senhor? - pergunto observando o seu rosto, e a raiva toma conta de mim.
— Nada teria acontecido se você não tivesse saído da cidade. Querida, você não percebe? Ele virá atrás de você. - Diz angustiado.
— Primeiramente que nada teria acontecido se o senhor não me prometese em casamento a um nojento qualquer. Como pôde, papai? - Questionou magoada, eu era apenas uma criança de 11 anos!
— Filha...eu errei, reconheço, mas o pai dele salvou as nossas vidas quando...- Ele me olha com lágrimas nos olhos. — Quando mataram a sua mãe. - Completa passando a mão no rosto.
— Nós éramos inimigos e estávamos no território dele, foi compreensível que após nos salvar ele quisesse saber porque o consigliere da máfia rival estava no seu território. Eles iriam matar nós dois, eu...eu não podia perder você também. - Diz e eu coloco os cotovelos sobre a mesa, passando a mão no meu rosto.
— E a melhor solução foi me prometer como a noiva de algum velho desgraçado? - Pergunto com risos amargos.
— As coisas não são como você pensa, eu fiz isso pensando no seu bem, querida, ele irá proteger você, como ninguém mais consegue. - Eu apenas suspiro, sabendo que não vou conseguir convencê-lo ao contrário.
— Eu nunca irei me casar com esse maldito. Além do mais, eu estou com Ryan. - Digo e meu pai me olha sério.
— Não me diga que você já dormiu com ele? Eu prometi você virgem ao seu noivo. Eu vou morrer...- Diz passando a mão nos cabelos.
— Eu tenho 22 anos, pai. Se esse desgraçado pensou que eu seria a pura e "diferente das outras", enquanto ele rodou a Itália inteira, ele não poderia estar mais errado! - Digo me levantando.
— Tenho que sair, vou resolver algumas coisas. - Completo me retirando, pego a minha bolsa e saio do apartamento.
Chamei um carro, pois a minha moto ficou no galpão e durante o percurso até a casa do Ryan, eu olhei as imagens que as câmeras de segurança capturaram, mas não havia nada, absolutamente nada.
Chego na casa dele, pago o uber e entro, ele estava com alguns aliados reunidos na sala e assim que me ver vem me abraçar.
— Você está bem? Aqueles filhos da puta machucaram você? - Pergunta avaliando meu corpo, procurando ferimentos.
— Eu estou bem.
Digo e ele sorri.
— Que bom, minha vida. - Ele segura o meu rosto me dando um selinho demorado, eu apenas virei o rosto, fazendo ele me olhar confuso.
— Elara, que bom tê-la aqui. Já estávamos prontos para irmos atrás de você. - Diz um dos homens e eu forço um leve sorriso.
— Agradeço, mas aqui estou eu, viva e inteira. - Digo de maneira suave.
— E já que ela está aqui, sã e salva, vocês estão dispensados. - Diz Ryan.
— Assim você magoa os nossos corações. -Dizem brincando, eles se despedem de mim e saem, Ryan foi levá-los até a porta, eu continuo em pé, me perdendo em pensamentos.
O fato dele ainda não ter perguntado como ou onde está o seu melhor amigo e fiel consigliere me deixa perplexa, ele está simplesmente ignorando o fato do Daniel não ter voltado.
Sinto os seus braço me agarrarem por trás, enquanto ele beija o meu pescoço.
— Para, Ryan. - Digo saindo dos seus braços.
— O que aconteceu? - Pergunta suspirando.
— Ainda pergunta, Ryan? Vai continuar ignorando que o Daniel não voltou? Ele morreu! Ele se sacrificou para que eu pudesse viver e você simplesmente não liga pra isso?
— Eu..
— Você nos abandonou lá, você nos deixou para trás, mesmo sabendo que a Manchestary se aproximava, você escolheu deixar a gente. - Completo indignada, saindo da sala.
— Aonde você vai? - pergunta segurando o meu braço.
— Vou para o meu turno, afinal eu continuo sendo apenas mais um dos que morrerão para que nada aconteça com você, não é mesmo? - Eu puxo o meu braço, mas antes de sair eu me viro.
— Espero que ao menos uma missa em memória dele você faça, claro, se ele merecer isso aos seus olhos. - Finalizo antes de começar mais um dia de trabalho.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
ana
Nossa será qxe o rapaz q a pegou ?
2025-10-16
0
jeovana❤
quem e o noivo dela?
autora cadê as fotos?
2025-10-14
2