Capítulo 02.

|| Elara...||

Um grupo com um total de 10 homens esperava por nós na saída da cidade, assim que vêem Ryan todos mostram respeito.

— Está tudo certo? - Pergunta Ryan e o homem à sua frente acente.

— O carregamento vai chegar no local previsto em 10 minutos, senhor.

— Ótimo, vamos! Não temos tempo a perder. -Diz Ryan, fazendo todos entrarem nos veículos e partimos para a cidade inimiga.

Eu lutei muito para não sucumbir as trevas do submundo como a minha mãe queria, mas foi nele que eu encontrei coragem para lutar e assim vingar a sua morte.

— Vamos começar uma guerra. - Diz um dos homens praticamente num sussurro.

— A guerra começou há 6 anos, vamos apenas mostrar que eles não são os donos do mundo. - Diz Ryan decidido.

Assim que chegamos, todos se posicionaram, esperando o trem com as mercadorias.

Daniel por ser o mais inteligente, anda até os trilhos para sabotá-los, ficamos dando cobertura para ele e escutamos um dos nossos homens assobiar, chamando a nossa atenção.

— Ele chega em 1 minuto, senhor. - Diz.

— Rápido, Daniel.- Ryan o apressa e Daniel acelera as coisas.

De longe já é possível ouvir o trem se aproximando.

— Daniel! - Diz Ryan impaciente.

— Preciso de concentração. - Diz Daniel calmo, fazendo a tensão e a adrenalina exalarem de todos. Assim que ele consegue sabotar o sinalizador, nós corremos para nos escondermos, esperando o momento certo.

— Elara, você vai com o Daniel pegar o carregamento no segundo vagão, enquanto eu e os outros vamos para o último vagão. - Sussurra Ryan e eu balanço a cabeça em concordância.

— Tomem cuidado, "os cavaleiros" têm pacto com o diabo e sentem de longe quando tem intrusos no seu território. - Diz e sinto um arrepio em minha espinha, aqueles desgraçados são considerados demônios, ninguém, absolutamente ninguém, é tão cruel no submundo quanto eles.

A "trindade sangrenta" composta pelos três irmãos, se aponsentou, e os três passaram o seu legado e a Manchestary para as mãos dos seus filhos, conhecidos como "os cavaleiros da morte".

Mas uma hora, os temidos cavaleiros, irão cair!

Assim que o trem para, respeitando o sinal, nós avançamos contra ele e subimos nos espaços entre os vagões.

— Temos pouco tempo até que eles descubram que foram enganados. - Diz Daniel e nos separamos, como foi combinado, eu e Daniel partimos para o segundo vagão e pude perceber que vários homens estavam de guardas.

Eles pagam os seus rádio e ficam olhando em volta, como caçadores. Eles já sabem que tem intrusos a bordo.

— Temos que bolar um plano.

— Apenas fique atrás de mim. Já temos um plano. - Digo segurando firme a minha arma.

— E qual é? - Pergunta me olhando.

— Matar cada um desses filhos da puta. - Digo e ele engole a seco.

— No três, atacamos. TRÊS! - Digo saindo de trás do vagão, atirando nos homens, dois deles caem mortos, enquanto os outros correm para se proteger, começamos uma troca de tiros insana.

Após um breve conflito, conseguimos matar os outros, mas isso acabou com quase todas as minhas balas, tenho somente uma. Adentramos no vagão, onde tinha vários pacotes enormes de drogas, além de armas e jogos adulterados.

— Pelo visto, a Manchestary iria reabastecer um dos seus cassinos. - Daniel diz admirando a quantidade.

Eu pego o rádio, entrando em contato com Ryan.

— Já estamos com a mercadoria. - Digo e ele parece nervoso do outro lado.

— Saiam daí o mais rápido possível, o plano deu errado! - Diz ofegante, como se estivesse correndo.

Eu e Daniel nos entre olhamos nervosos.

— O que tá acontecendo, chefe? - Pergunta Daniel.

— Os Cavaleiros estão vindo, corram!

— Porra! - Xingamos juntos, enquanto saímos às pressas do vagão.

Descemos do trem, mas para a nossa surpresa, não havia nenhum dos veículos nos esperando, estamos sozinhos!

— Mas que droga! Merda! Não acredito que Ryan nos deixou sozinhos nessa. - Diz Daniel furioso.

Não, Ryan não nos deixaria na mão, porra! Nem temos tempo para raciocinar o que pode ter acontecido, os barulhos de carros chamam a nossa atenção.

— São eles. Vamos!

Digo correndo para a floresta, escura e densa, corremos em meio a vegetação por cerca de alguns minutos, mas as nossas pernas se cansam e Daniel acaba tropeçando em alguma coisa.

— Daniel!

Digo voltando para ajudá-lo.

— Acho que torci o pé esquerdo. - Diz com dor, vozes e focos de lanternas se aproximam.

— Achem os malditos. - A voz soa impaciente.

— Melhor irmos logo. - Digo, mas ele recusa a minha ajuda de tentar levantá-lo.

— Não...Eu só irei atrasar você..vá sozinha, eu vou distraí-los. - Diz ofegante.

— Claro que não, vamos sair dessa juntos, ainda temos algumas balas. - Digo mesmo sabendo que não temos chance alguma.

— Eles são muitos, morreríamos antes mesmo de tentar. Obrigado por tudo, você é foda, garota. Agora vá! - Diz e eu continuo parada, as vozes se aproximam ainda mais, Daniel continua me pedindo para correr, mas eu simplesmente não consigo me mover, flashbacks entre passado e presente me acertam, mais uma vez alguém próximo a mim irá morrer e eu, mais uma vez, não posso fazer nada.

— Corre!

Saio do transe e começo a correr, corro muito, até as minhas pernas falharem, me escondo atrás de uma árvore grande, enquanto o meu peito sobe e desce.

Um tiro ecoa e eu sei, Daniel partiu. O medo, a porra do maldito medo, estou fedendo a isso, apesar da pouquíssima iluminação da lua, me sinto observada, me levanto agarrada a minha arma e dou passos para frente, sinto novamente uma onda por todo o meu corpo, me fazendo arrepiar. Que droga está acontecendo?

Dou dois passos para trás, e sinto o meu corpo gelar.

— Está perdida, darling? - Uma voz grave sussurra ao pé do meu ouvido. Não sei se por conta do pânico, mas todo o meu corpo falhou miseravelmente.

Olhei quase que em câmera lenta e o pouco de iluminação que havia, refletiu sobre a máscara de morte que a pessoa usava.

Por instinto, eu saquei a minha arma e sem pensar duas vezes, atirei em sua direção, a única bala restante no meu revólver está no corpo desse maldito agora. Mas antes que eu pudesse fazer, dizer, ou pensar em algo mais, fui atingida na cabeça, perdendo a consciência.

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Comments

Sandra Nobre

Sandra Nobre

eu amo os três irmãos imagina os filhos agora ,tudo surtado que nem os pais 🤭🤭🤭

2025-10-14

1

Adelia Cabral

Adelia Cabral

Esse autora é maravilhosa, vamos pra mais um sucesso, com certeza 👏👏

2025-10-14

1

Carolina Luz

Carolina Luz

será que Rian traiu eles?

2025-10-16

0

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