"Te Possuirei na Escuridão"
O Som dos Mortos
Autor
Bom, Nessa história vamos ter um BL na pegada terror.
Autor
Que pega MUITO no psicológico.
Autor
Tudo de Ruim que existe vai cair por aqui, então estejam avisados.
A chuva caía pesada, cortando a madrugada como navalhas geladas. Ethan corria pela estrada de terra com a respiração descompassada, os tênis encharcados afundando no barro a cada passo.
Ele não sabia exatamente de quem — ou do quê — estava fugindo. Apenas sabia que não podia parar.
O coração pulsava como se fosse explodir. O vento gelado castigava seu rosto e a escuridão parecia fechar-se ao redor.
De repente, algo rompeu as nuvens: uma estrutura enorme surgiu à sua frente. Um prédio antigo, quase em ruínas, com janelas quebradas como bocas abertas.
Um sanatório… ou o que restava de um.
Havia lendas sobre aquele lugar, Ethan lembrava vagamente.
Gente que dizia ter ouvido gritos ao passar por ali, vultos nas janelas.
Mas, naquele momento, qualquer abrigo parecia melhor do que a mata escura atrás dele.
Quando alcançou os portões enferrujados, ouviu um clique. Luz. Uma câmera.
Ethan
— Quem está aí?! — Ethan gritou, a voz falhando pelo frio.
Um vulto surgiu debaixo da marquise.
Um garoto, talvez da mesma idade que ele.
Pele clara refletindo a luz da câmera, cabelos claros colados ao rosto pela chuva. Ele ergueu a lente em direção a Ethan novamente, clicando outra foto.
Noah
— Relaxa, eu não sou assombração — disse o estranho, com um meio sorriso que não combinava com o lugar. — Só estou fotografando.
Ethan avançou dois passos, hesitante.
Ethan
— Fotografando? Aqui? Às duas da manhã? Você é maluco?
O garoto deu de ombros, segurando firme a câmera.
Noah
— Maluco ou curioso. Esse lugar é famoso… dizem que ninguém sai daqui se entrar à noite. — Ele fez uma pausa, o olhar percorrendo Ethan de cima a baixo. — E você? Está fugindo de quê?
Ethan abriu a boca para responder, mas um barulho interrompeu.
Um rastejar pesado veio de dentro do prédio, como se algo arranhasse o chão.
Eles se entreolharam, e o silêncio seguinte foi sufocante.
Ethan
— Deve ser um animal — disse Ethan, mais para si mesmo do que para o outro.
Noah
— Ou não — o garoto respondeu, a voz baixa. Ele guardou a câmera no pescoço e estendeu a mão. — Noah. E você?
Ethan hesitou antes de apertar a mão dele, mas algo nos olhos de Noah o prendeu por um instante.
Eram intensos… como se observassem mais do que mostrassem.
Um trovão fez a terra tremer. As portas do sanatório se abriram com um rangido longo, embora nenhum deles tivesse tocado nelas.
Corrente que as prendia estava caída no chão, como se tivesse sido cortada.
Ethan
— Isso não é um bom sinal — Ethan murmurou
Noah sorriu, um sorriso quase… excitado.
Antes que Ethan pudesse protestar, Noah atravessou o portão e entrou no prédio.
Ethan respirou fundo, amaldiçoando-se em silêncio, e seguiu atrás.
O interior do sanatório estava apodrecido.
O cheiro de mofo e ferrugem era tão forte que chegava a arder na garganta.
Paredes descascadas, portas pendendo das dobradiças, sombras longas que se moviam com cada raio de luz que atravessava as janelas quebradas.
Eles andavam lado a lado, Noah com a câmera pendurada no peito, Ethan segurando firme uma barra de ferro que encontrou no chão.
Ethan
— Você parece à vontade demais — Ethan comentou, a voz baixa.
Noah
— Lugares assim me fascinam — Noah respondeu. Ele olhou para Ethan e sorriu de um jeito lento, como se gostasse de provocá-lo. — E você… parece que viu um fantasma.
Ethan
— Não vi fantasma nenhum.
Uma risada ecoou. Não deles. Não vinha de lugar nenhum específico. Apenas… estava ali.
Ethan congelou, o coração batendo no ouvido.
Noah girou devagar, a câmera em mãos, e clicou uma foto na direção do corredor escuro.
Quando o flash iluminou o lugar, Ethan jura ter visto uma figura atrás deles. Alta, magra demais, de cabeça inclinada. Mas, quando a luz apagou, não havia nada.
Ethan
— Você viu? — Ethan sussurrou.
Noah não respondeu. Aproximou-se dele, o rosto muito perto, os olhos negros brilhando como se sentisse prazer naquilo.
Noah
— Quero ver de novo — disse, quase num sussurro.
Ethan recuou um passo, mas Noah segurou seu pulso com força surpreendente.
O toque foi firme, quente, e fez Ethan estremecer de uma forma que não tinha nada a ver com o frio.
Ethan
— Me solta — disse, tentando parecer firme.
Noah
— Se eu soltar, você vai embora. E eu não quero ficar sozinho — Noah respondeu, a voz baixa, quase rouca. — Aqui dentro, a gente precisa um do outro.
Um som metálico ecoou, como correntes arrastadas pelo chão.
A temperatura pareceu despencar.
Ethan olhou para trás e, por um instante, jurou ver algo rastejando no teto, observando-os com olhos brancos e vazios.
Ethan
— Temos que sair daqui — disse Ethan, mas sabia que a porta pela qual entraram não estava mais ali. Havia apenas uma parede.
Noah sorriu de novo, sem nenhum traço de medo. Ele puxou Ethan pela mão, mais próximo, os lábios quase tocando sua orelha quando falou:
Noah
— Agora não tem saída, Ethan.
E, por um instante, Ethan sentiu que o verdadeiro perigo podia não estar apenas nas sombras do sanatório… mas na pessoa que estava ao seu lado.
Ethan (22 anos) – Um rapaz introspectivo, cético e traumatizado por um passado violento com a família. Ele não acredita em nada sobrenatural, mas carrega cicatrizes psicológicas profundas. É inteligente, mas frio e desconfiado.
Noah (20 anos) – Carismático, mas cheio de segredos. Trabalha como fotógrafo e é obcecado por lugares amaldiçoados. Parece corajoso, mas esconde um lado sombrio que o torna imprevisível.
Comments
🦽Sheila meusako♿️
tava pensando ir ao meu quarto tirar a minha meia-calça...perdi a vontade, sabe?
2025-07-31
2
Gabilu-lulu
Quero saber quando sai capítulo novo de “Ligados pelo ódio unidos pelo destino
2025-08-01
1
mihdominho
mais uma obra sua pra lista 💥💥
2025-07-31
2