Liam estava no banco do carona, os dedos apertando o tecido do banco com tanta força que as unhas cavavam a pele, enquanto Kunlun dirigia em silêncio, cortando as ruas escuras como se fosse uma missão de vida ou morte — porque para Liam, de fato, era. Seu peito ardia com uma mistura brutal de desespero, raiva e uma possessividade feroz, aquele fogo que só o amor mais selvagem consegue alimentar. Em sua mente, ele repetia um juramento carregado de veneno e paixão: arrancaria as vísceras de qualquer um que tivesse ousado tocar no seu macho, no seu Nicholas, aquele que era somente dele, de mais ninguém — seu corpo, sua alma, seu ar. Cada segundo que passava sem encontrar Nicholas era uma punhalada no peito, e Liam podia sentir a dor pulsando em suas veias, misturada ao desejo sufocante de proteger aquele homem com unhas, dentes, sangue e carne. Ele sabia que Nicholas era tudo para ele — frágil e forte, indomável e vulnerável, e ninguém, absolutamente ninguém, teria o direito de ferir aquilo que era tão intensamente seu. O silêncio no carro parecia pesado demais, até que Liam finalmente sussurrou para si mesmo, como uma prece de vingança e amor: “Eu vou encontrar você. E vou fazer todo mundo pagar por ter tocado em você. Você é meu. Só meu.”O carro parou com um rangido seco diante do velho galpão abandonado, e Liam saltou para fora, o coração martelando em seu peito como um tambor de guerra. Kunlun o seguia em silêncio, a tensão entre eles tão densa que parecia cortar o ar. Sem hesitar, eles se aproximaram da entrada escondida atrás das tubulações enferrujadas do esgoto, o cheiro forte e úmido invadindo suas narinas enquanto abriam a passagem secreta que só poucos conheciam. No interior escuro e abafado, Liam avistou Nicholas — deitado no chão frio e manchado de sangue, o corpo ferido e marcado, mas com um sorriso torto e uma risada rouca escapando de seus lábios, como se zombasse do perigo, desafiando qualquer um a tirar dele o que era seu. A visão daquele riso sarcástico, mesmo em meio à dor e ao sangue, fez a fúria de Liam explodir em uma chama selvagem: ninguém jamais tocaria no seu macho, porque Nicholas era dele e de mais ninguém.
Sem perder tempo, Liam e Kunlun trocaram um olhar carregado de determinação. Kunlun rapidamente acionou seus seguranças — que surgiram das sombras como uma tempestade silenciosa e letal. Juntos, avançaram pelo esconderijo, eliminando um a um os capangas que tentavam proteger o cativeiro. Os corpos caíam, incapacitados antes mesmo de terem chance de reagir, enquanto o barulho abafado dos golpes e tiros ecoava pelas paredes úmidas. Liam sentia a adrenalina correr pelas veias, cada movimento era impulsionado pela fúria cega de proteger Nicholas, aquele homem ferido e rindo desafiadoramente ali no chão, que era só dele — e que agora finalmente poderia ser salvo, enquanto os inimigos eram despedaçados sob a força implacável daquele grupo unido pela lealdade e amor.Liam não hesitou, correndo até Nicholas com o coração disparado, puxando-o para seus braços trêmulos. O corpo dele estava assustadoramente frio, sem camisa, marcado por feridas profundas que faziam cada respiração parecer um esforço doloroso. Liam apertou Nicholas contra si, sentindo o tremor fraco que denunciava sua fragilidade, enquanto uma mistura brutal de amor e desespero queimava em suas veias. Seus olhos, ainda fixos no homem que jurara proteger a qualquer custo, foram desviados para o canto escuro do esconderijo, onde Kunlun estava implacável, torturando um dos capangas capturados. A voz rouca de Kunlun exigia respostas, e o homem, claramente aterrorizado, gemia sob a pressão, confessando com medo quem havia assassinado Sophia, a noiva de kunlun. A raiva de Liam cresceu ainda mais, uma tempestade prestes a explodir — aquela dor, aquela perda, se entrelaçavam com seu juramento feroz de proteger Nicholas, o seu macho, seu único, e vingar cada ferida, cada gota de sangue derramada.
Enquanto Liam segurava Nicholas com cuidado, sentindo o corpo do amado ainda mais frágil e gelado contra o seu, seus olhos se voltaram para a cena caótica ao redor. Dimitri, Jeff e Davi, embora exaustos e machucados na batalha, eram rapidamente assistidos por paramédicos que chegavam apressados, colocando-os em macas com movimentos ágeis e precisos. O som das sirenes da ambulância cortava a tensão do esconderijo, enquanto os homens eram levados para fora, cercados por profissionais que lutavam contra o tempo para salvar aqueles que tinham arriscado tudo para proteger Nicholas e ele próprio. Liam sentiu um nó apertar sua garganta — a dor da luta ainda pulsava no ar, mas a certeza de que, apesar dos ferimentos, eles tinham sobrevivido para continuar ao seu lado lhe dava um fio tênue de esperança no meio do caos. Ele apertou Nicholas contra o peito mais forte, como se naquele abraço pudesse transferir toda a força que ambos precisavam para enfrentar o que ainda estava por vir.
Liam manteve o olhar fixo nos grandes olhos negros de Nicholas, tão inocentes e ao mesmo tempo tão carregados de perguntas silenciosas. E então, com a voz frágil e cheia de dúvida, Nicholas sussurrou, quase sem força: “Por que você está aqui?” Aquela simples pergunta cortou Liam como uma lâmina afiada, revelando toda a profundidade do medo e da solidão que seu macho havia carregado sozinho. Sem hesitar, Liam apertou ainda mais Nicholas contra o peito, sentindo o calor do corpo fraco se moldar ao seu, e respondeu com toda a sinceridade e paixão que queimava dentro dele: “Porque você é meu, porque não suporto a ideia de te perder, e porque eu sempre vou lutar para te proteger, mesmo que o mundo inteiro desabe ao nosso redor. Eu estou aqui para você — sempre.” Naquele instante, nada mais importava além daquele abraço, daquele amor feroz e inabalável que os mantinha vivos, juntos, contra tudo e contra todos.
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Atualizado até capítulo 86
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