No Limite do Prazer

No Limite do Prazer

O Nascimento do Predador

Nicholas despertou com um sobressalto, o coração disparado batendo contra suas costelas como se tentasse escapar dali antes mesmo dele entender onde estava. O ar era espesso, sufocante, carregado de um fedor nauseante que misturava sangue velho, suor azedo e poeira impregnada de desespero. Seus pulmões ardiam a cada respiração. O chão sob seu corpo era de concreto frio, úmido, com manchas escuras que ele instintivamente soube não serem apenas de sujeira. Ao tentar se erguer, seus braços fraquejaram, um tremor involuntário percorreu suas mãos — o medo enraizado até os ossos. Seus olhos, ainda enevoados, se abriram devagar, e a visão diante dele fez o estômago revirar violentamente. Em cantos distintos da cela, amontoados como bonecos quebrados, estavam Dimitri, Jeff e Davi. Os três estavam imundos, feridos, cobertos de sangue — muito sangue — que manchava suas roupas, suas peles, seus rostos quase irreconhecíveis. Dimitri tinha o rosto inchado,o olho esquerdo completamente fechado por hematomas, sangue escorrendo de um corte profundo no couro cabeludo. Jeff mal respirava, com o peito subindo e descendo em espasmos irregulares, um dos braços dobrado num ângulo que gritava fratura, e Davi... Davi estava inconsciente, com um filete de sangue saindo da boca e um ferimento aberto na perna que deixava o osso à mostra. O pânico tomou Nicholas como uma maré devastadora — ele tentou se arrastar até eles, mas suas pernas mal respondiam. A cela era pequena, sufocante, e do lado de fora, passos ecoavam... pesados... arrastados... seguidos por um ruído metálico que lembrava correntes sendo arrastadas. Ele estava preso. Eles estavam à beira da morte. E algo — ou alguém — lá fora esperava pacientemente que eles perdessem toda a esperança antes de começar a próxima tortura.Com o coração martelando no peito e as mãos tremendo descontroladamente, me arrastei pelo chão áspero, sentindo a pele dos meus joelhos rasgar a cada movimento, mas a dor era irrelevante diante do terror que me consumia. “Por favor...”, sussurrei, num fio de voz, a garganta seca como areia. Primeiro alcancei Dimitri — seu corpo estava mole, quente, respirava. Fraco, mas respirava. Toquei seu rosto ensanguentado e ele gemeu baixinho, os olhos abrindo só o suficiente para me reconhecer antes de fechar novamente, como se cada segundo de consciência fosse um esforço sobre-humano. Engoli o pânico e rastejei até Jeff, que tremia em espasmos, os dentes batendo um contra o outro num sinal claro de choque. Seu pulso estava fraco, mas ainda ali. Apertei sua mão com força e ele respondeu, um murmúrio rouco escapando dos seus lábios partidos. “Aguenta... aguenta só mais um pouco.” Por fim, alcancei Davi, o mais imóvel dos três. O sangue em sua perna continuava escorrendo, lento, mas constante, e o osso exposto me fez engasgar de nojo e horror. Toquei seu rosto com cuidado, temendo o pior, mas quando meus dedos pressionaram seu pescoço, senti — fraco, quase imperceptível — o batimento da vida ainda lutando lá dentro. Um soluço escapou de mim sem controle. Eles estavam vivos. Todos eles. Mas por quanto tempo? A sensação de impotência me esmagava, e quando ouvi novamente os passos lá fora, mais próximos, mais pesados, percebi que estávamos todos nas mãos de algo — ou alguém — que se alimentava da nossa dor. E que não tinha terminado. Não ainda.

Com o desespero se transformando em instinto de sobrevivência, levei as mãos trêmulas até minha camisa e a rasguei com os dentes e os dedos, num ímpeto frenético de fazer alguma coisa, qualquer coisa que impedisse que eles morressem ali, diante de mim. Os retalhos de tecido sujo, empapados pelo suor e o cheiro enjoativo do ambiente, se transformaram em ataduras improvisadas enquanto eu pressionava as partes mais críticas. Comecei por Davi, cuja perna sangrava sem parar — enrolei o pano firme ao redor do ferimento, fazendo pressão suficiente para estancar o fluxo, mesmo que o som de sua respiração fraca e o tremor de seu corpo indicassem que a dor o corroía por dentro. “Fica comigo, por favor, Davi…”, murmurei, minha voz embargada, enquanto passava a mão pelo seu rosto suado. Em seguida, rastejei de volta até Jeff, rasgando outro pedaço da camisa para tentar imobilizar seu braço quebrado e cobrir o corte aberto que expunha carne e desespero. Ele gemeu, os olhos se arregalaram por um segundo antes de fecharem novamente, e tudo em mim gritava que eu estava perdendo tempo — mas continuar era tudo que eu podia fazer. Por último, voltei até Dimitri, limpando com um pedaço de pano o sangue que escorria da lateral de sua cabeça. “Você vai ficar bem… vocês vão ficar bem, eu juro.” Minha respiração estava descompassada, a adrenalina me queimando por dentro, as mãos cobertas de sangue — deles e meu. Meu corpo doía, minha mente girava, mas meu instinto gritava para continuar lutando, mesmo que tudo ao redor estivesse desmoronando. Lá fora, os passos cessaram. Um silêncio gelado se instalou... seguido por um clique metálico na porta. Eles estavam vivos. Mas não por muito tempo se eu não encontrasse uma saída.

Um estalo seco fez meu corpo inteiro congelar — a porta da cela se abriu lentamente, rangendo como um aviso sinistro, e uma figura surgiu na penumbra. Meu olhar, exausto e arregalado, fixou-se nela imediatamente: Melissa Dunbar. Ela caminhava com uma confiança cruel, envolta em uma roupa curta e transparente que parecia desafiar a escuridão daquele lugar sujo e sombrio. A pele pálida quase brilhava sob a fraca luz, cada movimento seu exalava um misto de sedução e ameaça. Seus olhos frios e calculistas varreram o cenário, demorando-se nos corpos ensanguentados dos meus amigos, no sangue que escorria e no desespero que transbordava de mim. Um sorriso cruel curvou seus lábios finos, um sorriso que não prometia nada além de dor e sofrimento. Meu corpo inteiro estremeceu, uma mistura horrível de medo, raiva e algo indecifrável que me fez querer gritar, mas a voz não saiu. Melissa sabia que estávamos presos, vulneráveis, e ela parecia pronta para brincar conosco — para decidir quem viveria mais um pouco e quem cairia antes. A cela, o cheiro, o sangue, tudo se tornou uma prisão invisível mais pesada do que qualquer corrente, e eu sabia que aquela noite estava longe de acabar.

Enquanto eu pressionava o pano sobre o ferimento de Dimitri, um som metálico cortou o silêncio pesado da cela — a porta rangendo lentamente, se abrindo com lentidão cruel. Meus olhos se ergueram, vidrados na entrada, e uma figura surgiu na penumbra do corredor iluminado por uma luz fria e morta. Era Melissa Dunbar. Ela apareceu com uma presença que parecia ao mesmo tempo desafiadora e quase irreal, vestindo uma roupa curta e transparente que deixava pouco para a imaginação, como se o próprio medo fosse vestido de provocação. O tecido frágil brilhava sob a luz fria, e seu olhar fixo, gelado, cruzou a cela com uma mistura de desprezo e um sorriso cruel que não alcançava seus olhos. Meu peito apertou, a confusão e o pânico se misturando com algo inesperado e desconcertante — ali, naquele lugar apodrecido, sua figura parecia mais uma ameaça viva do que uma promessa qualquer. Ela avançou um passo, o som dos saltos ecoando pelo corredor, e eu senti que a noite só estava começando, e que o pior ainda estava por vir.

Melissa se aproximou com passos lentos e sensuais, o som agudo dos saltos ecoando pelo corredor como marteladas no meu crânio. Quando parou diante das grades enferrujadas, sua língua deslizou lentamente por entre os lábios antes de se projetar e lamber uma das hastes metálicas — sujas, impregnadas de ferrugem e sangue seco. O gesto foi animalesco, depravado, e me causou um arrepio tão violento que precisei agarrar o ombro de Dimitri para não desabar. Seus olhos me encararam com uma mistura de desejo doentio e loucura, e o sorriso que ela abriu era largo demais para parecer humano. “É uma pena... uma pena mesmo... que eu não consegui trepar com o Domínik antes dele morrer,” ela disse num sussurro arrastado, quase como uma carícia cruel no ar. “Sempre me fascinou aquele jeito sério... aquela raiva contida… Mas você...” Ela se inclinou, os seios quase escapando pela transparência do tecido, e continuou: “Você tem o mesmo sangue quente, não tem? O mesmo olhar. O mesmo fogo.” Seus dedos tocaram as barras da cela como se quisessem atravessá-las, como se o espaço entre nós fosse apenas uma formalidade temporária. “Com você… ah, com você eu vou conseguir.” O nojo subiu pela minha garganta, e tudo dentro de mim queria gritar, vomitar, rasgar o chão e fugir, mas eu não podia. Estava preso. Ferido. Com meus amigos morrendo aos meus pés. E diante de mim, a loucura tinha um nome, um corpo — e sede.

Meus punhos se fecharam com tanta força que senti as unhas cravarem nas palmas, mas, por alguma razão insana — talvez o instinto de sobrevivência, talvez o desejo de inverter o jogo —, me ergui devagar, com o corpo doendo e o sangue latejando nas têmporas. Dei alguns passos trêmulos até as grades, me aproximando dela, deixando que a escuridão ocultasse o desprezo em meus olhos. Arfei baixo, propositalmente, cada respiração pesada como se fosse engolido por uma tensão febril, e deixei que minha voz saísse rouca, carregada de uma excitação encenada, uma armadilha coberta de veneno. “Sabe…” murmurei, deixando meu rosto quase tocar as grades, os olhos fixos nos dela. “O Domínik era ótimo, mas… eu faço coisas muito melhores do que ele fazia.” Vi seu olhar faiscar de interesse doentio, sua boca entreabrir num suspiro perverso, como se minhas palavras tivessem acendido algo nela — algo errado, corrompido. “Muito melhores…” repeti, baixinho, deslizando os dedos pelas barras como se eu também estivesse contaminado por aquele desejo sombrio, enquanto por dentro minha mente fervia com um único pensamento: enganá-la… distraí-la… e talvez encontrar uma chance de salvar os outros — ou pelo menos, morrer tentando.

Gemendo baixo, deixei escapar um suspiro carregado, como se estivesse me rendendo ao jogo dela — mas por dentro, era só estratégia, caos, e a lembrança ardente de algo mais profundo. Meus dedos agarraram a mão de Melissa com firmeza, guiando-a devagar por meu peito nu e sujo, descendo lentamente até o abdômen marcado por feridas e tensão. Lambi os lábios com um sorriso malicioso, deixando meu olhar assumir uma máscara de prazer distorcido. Mas minha mente... minha mente não estava ali. Estava longe dali, mergulhada numa fantasia sombria onde Liam, com os pulsos amarrados, implorava por mim, com os olhos cheios de desejo e submissão. A imagem foi como um raio queimando meus nervos, uma onda que atravessou meu corpo sem pedir permissão, e de repente, ali no meio da dor, do sangue e do horror, algo em mim reagiu. Meu corpo respondeu. Fiquei excitado — e o calor da vergonha misturado ao torpor do desejo proibido me sufocou por dentro. Melissa riu, como se tivesse sentido, como se tivesse vencido. Mas ela não sabia. Não sabia que minha mente estava em outro lugar, com outro nome nos lábios. Ela não fazia ideia que, mesmo ali, mesmo ferido e encurralado… eu ainda era perigoso. Porque o verdadeiro jogo acabara de começar — e eu estava disposto a usar qualquer arma para vencer.

l

Me aproximei ainda mais das grades, até meu hálito se misturar com o dela no espaço estreito que nos separava. Meu olhar estava carregado de algo sombrio, cínico, e ainda assim disfarçado de entrega. Arfei baixo, o peito subindo e descendo lentamente, como se o próprio ar estivesse carregado de luxúria suja. “Você gosta de mamar…?” murmurei, com a voz rouca, cada palavra pingando como veneno envolto em mel. Melissa soltou uma risada baixa e arrastada, os olhos brilhando com aquele prazer torto, e respondeu sem hesitar: “É o que eu mais gosto…”

Fechei os olhos por um momento, deixando um suspiro longo escapar pelos lábios, como se estivesse realmente me rendendo. Quando os abri de novo, meu olhar encontrou o dela com intensidade e uma camada de perversidade fingida. “Então vem… faz isso em mim…” sussurrei, minha voz carregada de rouquidão e provocação crua. “Hoje… eu quero ser seu papaizinho.”

Vi o olhar dela se acender como uma chama diante de gasolina, os lábios entreabrindo em puro deleite doentio. “Te colocaria pra brincar… e mamar como uma boa menina obediente,” continuei, com uma expressão de prazer torto, embora por dentro o nojo queimasse como ácido sob minha pele. Eu estava me afundando naquele papel, interpretando a fantasia dela com precisão cirúrgica, mesmo com o coração pulsando de raiva. Era perigoso, repulsivo… mas necessário. Porque enquanto ela sorria, entretida no jogo doentio que achava estar controlando, eu via nos olhos dela a chave — a brecha — que talvez nos tirasse vivos dali.

Meus olhos cravaram nos dela com uma intensidade que escondia o verdadeiro veneno por trás de cada palavra. Inclinei o rosto um pouco mais, o tom rouco ganhando uma sombra de sarcasmo, um fio de desprezo que ela, tomada pelo próprio delírio, não percebeu de imediato. “É isso que você quer, não é… sua puta?” sibilei, cada sílaba carregada de uma fúria camuflada sob a máscara da provocação.

O efeito foi imediato.

Melissa arqueou as sobrancelhas, surpresa… mas ao invés de se ofender, riu — uma risada rouca, demente, que ecoou pelo corredor como o estalo de algo quebrando por dentro. “Ah, meu amor…” ela murmurou com os olhos semicerrados, “você sabe exatamente como me chamar.” E então, sem hesitação, ela puxou um molho de chaves da cintura e destravou a cela com um clique seco e final. A porta rangeu quando foi aberta, e a figura dela, envolta na transparência vulgar do tecido que mal cobria seu corpo, cruzou a linha do confinamento.

Ela entrou.

Mas antes mesmo de dar mais que dois passos, percebi o silêncio súbito ao meu redor... um silêncio denso, carregado de choque. Me virei de leve e, por um instante, tudo pareceu congelar no tempo. Ali, atrás de mim, os três corpos que antes pareciam derrotados… estavam acordados. Dimitri se apoiava contra a parede, os olhos arregalados, o rosto ensanguentado observando tudo em absoluto silêncio. Jeff, com o braço fraturado apoiado no peito, cerrava os dentes com uma mistura de dor e incredulidade, e Davi, ainda pálido, encarava a cena com o olhar fixo e sombrio, como se tentasse entender se aquilo era real ou um pesadelo delirante.

Eles tinham visto tudo. Ou o suficiente.

E agora, a cela não era apenas um cativeiro... era o palco de algo prestes a explodir.

Melissa fechou a cela atrás de si com um estalo metálico e arrastado, como quem sela o destino de todos ali dentro. O som ecoou pelas paredes úmidas como um prenúncio sombrio. Seus olhos estavam cravados em mim, famintos, insanos, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido — como se o sangue, a dor e o sofrimento fossem apenas o pano de fundo de um prazer distorcido que ela queria saborear.

Ela se aproximou devagar, os passos quase silenciosos, os quadris ondulando sob a roupa transparente que mal disfarçava a perversidade escorrendo de cada gesto. Estava tão perto que pude sentir o calor de sua pele, o perfume doce e enjoativo que se misturava ao cheiro de ferrugem, sangue e suor impregnado na cela. Seus dedos frios pousaram no meu peito nu, traçando uma linha lenta e deliberada entre as manchas de sujeira e sangue seco, descendo até meu abdômen com a delicadeza de uma lâmina.

“Você é mesmo uma obra-prima, sabia?” ela murmurou, os olhos fixos nos meus como se procurasse uma fraqueza para explorar. Seus dedos passearam pelas cicatrizes recentes e cortes malcurados, como se admirasse cada marca de dor.

Mas eu não disse nada. Não me movi.

Não reagi.

Atrás dela, senti o olhar de Dimitri queimar como um ferro em brasa nas minhas costas. Jeff não piscava, e Davi, mesmo fraco, agora mantinha o maxilar cerrado — havia tensão, incredulidade… e algo a mais: fúria contida.

Eu sabia o que parecia. Sabia o que eles estavam vendo. Mas também sabia que, se jogasse direito, aquilo poderia ser a abertura de que precisávamos. Porque Melissa não fazia ideia que, a cada toque dela, a cada gesto, eu não estava me rendendo… eu estava conduzindo. Cada segundo era um fio de controle que eu puxava silenciosamente, com os olhos abertos… e o caos prestes a ser liberado.Vamos continuar com a intensidade dramática e o clima psicológico sombrio, mantendo a narrativa nos limites adequados.

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Por um instante, deixei que ela acreditasse que tinha o controle — que seus dedos tinham poder sobre mim, que seu toque doentio me dominava. Mas dentro de mim, o nojo fervia como ácido. E então, num rompante súbito, me movi. Agarrei Melissa com força, os dedos cravando em seus braços com uma raiva que transbordava. Ela soltou um pequeno grito entre o susto e a excitação, mas não teve tempo de reagir antes de eu girá-la bruscamente e a atirar contra a parede úmida da cela.

O impacto ecoou no concreto, um som surdo e brutal, e antes que ela pudesse se recompor, já estava esmagada contra a parede, meu corpo firme prendendo o dela sem escapatória. Seus olhos brilharam, não de medo — mas de um prazer insano, distorcido. Ela riu, um riso baixo, arfado, e gemeu entre os dentes como se aquilo fosse exatamente o que queria. “Isso… é assim que eu gosto…” sussurrou, a voz tremendo.

Minhas mãos se moveram com firmeza, arrancando a delicadeza ilusória de sua roupa transparente pedaço por pedaço, não com desejo, mas com brutalidade meticulosa — como quem desmonta uma ameaça com as próprias mãos. Cada tecido rasgado era um símbolo: do controle voltando para mim, da arma sendo exposta, da loucura sendo conduzida até o abismo.

Atrás de mim, senti os olhares dos meus amigos queimando. Eles não entendiam ainda. Talvez me odiassem por segundos. Mas o que eu fazia não era rendição. Era tática. Era sobrevivência. E Melissa... ela estava entrando no jogo sem perceber que a última jogada seria minha.

Com a tensão atingindo o ápice e o disfarce finalmente rompido, meus dedos se cravaram com força no cabelo de Melissa, puxando sua cabeça para trás enquanto seus gemidos distorcidos se transformavam em sussurros de confusão. Ela tentou falar, talvez rir de novo, mas não teve chance. Com brutalidade contida por tempo demais, comecei a bater sua cabeça contra a parede — uma, duas, três vezes — o som seco do crânio contra o concreto preenchendo a cela como um trovão surdo. O sangue espirrou quente, tingindo a parede e minhas mãos. Ela tentou gritar, tentou lutar, mas seus braços fracos mal se erguiam.

Num movimento rápido e preciso, envolvi seu pescoço com o antebraço e apliquei o mata-leão com toda a força que meu corpo ainda possuía. Senti os ossos resistirem por um segundo... e então cederem com um estalo abafado. O corpo dela estremeceu violentamente uma última vez antes de amolecer nos meus braços. Soltei.

Ela caiu no chão da cela como um fardo sem vida, os olhos ainda abertos, arregalados, presos num último instante de surpresa e agonia. O sangue escorria pela testa e tingia os cabelos dourados em vermelho escuro. Ela não sorria mais.

Atrás de mim, um silêncio pesado se instalou. Me virei devagar e vi Dimitri, Jeff e Davi encarando a cena — seus rostos marcados por choque, horror… e algo mais: compreensão. Eles sabiam agora. Entendiam. Eu tinha feito o necessário.

A guerra começara. E naquele chão sujo e ensanguentado, a primeira vitória era nossa.

Capítulos
1 O Nascimento do Predador
2 No Limite do Prazer e da Dor
3 “No Limite da Esperança e da Dor”
4 “Entre a Fúria e o Amor: O Juramento de Liam”
5 Quando o Amor Queima Mais que a Febre
6 Retorno e Ruína
7 Nicholas e Liam: Quando o Amor é o Remédio
8 Além das Palavras
9 Nos Olhos da Tempestade
10 Sangue de Um Deus Caído
11 Quando o Amor Vira Ausência
12 “Sombras do Desaparecimento: Sete Meses de Ausência e Esperança”
13 Derrota Definitiva: O Fim do Jogo de Dominik
14 “Entre o Medo e a Proteção”
15 "Entre Pesadelos e Abraços: O Refúgio na Tempestade"
16 O Sequestro de Sally
17 “Fragmentos de Memória e Dor”
18 Vida no Jardim, Sangue na Memória
19 Trancada com os Demônios
20 “Olhos Negros, Medo e Vingança”
21 A Rainha do Inferno
22 Arrancaram Você de Mim
23 "Sussurros na Pele"
24 Liberdade em Chamas
25 Te Prendi, Te Usei, Te Amei
26 Quando o Coração Chora em Silêncio
27 Nosso Pecado Sagrado
28 Véu de Traição
29 "Entre Teus Braços, Meu Lugar"
30 “Sally, o Eco da Minha Cura”
31 O Presságio do Coração
32 Nos Braços Dele, Mesmo Ferida
33 Choque Mortal
34 “No Olho da Tempestade: Entre o Medo e o Abismo”
35 O medo tem rosto.
36 “O Preço da Traição”
37 O Palco da Crueldade
38 "Mil Mortes por Um Amor Verdadeiro"
39 MEU!!
40 A Marca da Besta que Ama
41 "Foder É a Última Salvação"
42 “Sally, A Predadora”
43 Saciedade.
44 Segredos e Distâncias: O Peso da Desconfiança
45 O Peso de Amar Demais
46 “Feras em Cena: O Preço da Verdade”
47 "Quando o Passado Volta para Ficar"
48 No Fio da Tentação..
49 "Possessão em Silêncio"
50 "No Limite da Loucura e do Amor"
51 Quando o Ciúme Virou Corrida Contra o Tempo
52 O Peso da Culpa
53 O Fio Que Nos Liga Entre a Vida e a Morte
54 “Entre a Vida e o Perdão: O Último Adeus de Kunlun”
55 O peso da mentira.
56 Quando o Quase Virou Desprezo
57 Inimigos na Mesma Sala
58 Quando o ódio é maior que o dever.
59 "No Limite do Abismo: O Pai Desperto"
60 Se Ele Me Ama, Ele Vai Voltar
61 Pai, Filho... e Segredos
62 "Lágrimas que Reconectam Almas"
63 Onde o Amor Sangra e o Inferno Sorri
64 Quando o dever torna-se... CHOQUE.
65 Sally e Nicholas.. Despidos..de PUDOR .
66 "O Limite Entre o Amor e o Desespero"
67 “Desejo Proibido em Silêncio”
68 Liam... impulsivo...e .. idiota.
69 Fantasia PERIGOSA
70 “No Limite da Resistência”
71 “Entre a Dor e a Fúria”
72 “No Limite do Prazer e do Castigo”
73 "No Limite da Confissão"
74 "Olhos Negros à Porta"
75 Quando o ciúmes é maior que a Razão.
76 “Recomeçar”
77 “Entre a Dor e a Vida”
78 No Limite da Destruição e do Amor
79 “A Busca Pela Minha Princesa”
80 “Rainha do Caos: O Reinado de Nós Dois”
81 Laços de Sangue e Cicatrizes
82 No Limite da Confiança
83 “Silêncio antes da Tempestade”
84 No Limite da Desesperança e do Amor
85 No Limite do Abismo: O Desespero dos Cinco Bebês
86 Noiva de Dor, Coração de Fogo
Capítulos

Atualizado até capítulo 86

1
O Nascimento do Predador
2
No Limite do Prazer e da Dor
3
“No Limite da Esperança e da Dor”
4
“Entre a Fúria e o Amor: O Juramento de Liam”
5
Quando o Amor Queima Mais que a Febre
6
Retorno e Ruína
7
Nicholas e Liam: Quando o Amor é o Remédio
8
Além das Palavras
9
Nos Olhos da Tempestade
10
Sangue de Um Deus Caído
11
Quando o Amor Vira Ausência
12
“Sombras do Desaparecimento: Sete Meses de Ausência e Esperança”
13
Derrota Definitiva: O Fim do Jogo de Dominik
14
“Entre o Medo e a Proteção”
15
"Entre Pesadelos e Abraços: O Refúgio na Tempestade"
16
O Sequestro de Sally
17
“Fragmentos de Memória e Dor”
18
Vida no Jardim, Sangue na Memória
19
Trancada com os Demônios
20
“Olhos Negros, Medo e Vingança”
21
A Rainha do Inferno
22
Arrancaram Você de Mim
23
"Sussurros na Pele"
24
Liberdade em Chamas
25
Te Prendi, Te Usei, Te Amei
26
Quando o Coração Chora em Silêncio
27
Nosso Pecado Sagrado
28
Véu de Traição
29
"Entre Teus Braços, Meu Lugar"
30
“Sally, o Eco da Minha Cura”
31
O Presságio do Coração
32
Nos Braços Dele, Mesmo Ferida
33
Choque Mortal
34
“No Olho da Tempestade: Entre o Medo e o Abismo”
35
O medo tem rosto.
36
“O Preço da Traição”
37
O Palco da Crueldade
38
"Mil Mortes por Um Amor Verdadeiro"
39
MEU!!
40
A Marca da Besta que Ama
41
"Foder É a Última Salvação"
42
“Sally, A Predadora”
43
Saciedade.
44
Segredos e Distâncias: O Peso da Desconfiança
45
O Peso de Amar Demais
46
“Feras em Cena: O Preço da Verdade”
47
"Quando o Passado Volta para Ficar"
48
No Fio da Tentação..
49
"Possessão em Silêncio"
50
"No Limite da Loucura e do Amor"
51
Quando o Ciúme Virou Corrida Contra o Tempo
52
O Peso da Culpa
53
O Fio Que Nos Liga Entre a Vida e a Morte
54
“Entre a Vida e o Perdão: O Último Adeus de Kunlun”
55
O peso da mentira.
56
Quando o Quase Virou Desprezo
57
Inimigos na Mesma Sala
58
Quando o ódio é maior que o dever.
59
"No Limite do Abismo: O Pai Desperto"
60
Se Ele Me Ama, Ele Vai Voltar
61
Pai, Filho... e Segredos
62
"Lágrimas que Reconectam Almas"
63
Onde o Amor Sangra e o Inferno Sorri
64
Quando o dever torna-se... CHOQUE.
65
Sally e Nicholas.. Despidos..de PUDOR .
66
"O Limite Entre o Amor e o Desespero"
67
“Desejo Proibido em Silêncio”
68
Liam... impulsivo...e .. idiota.
69
Fantasia PERIGOSA
70
“No Limite da Resistência”
71
“Entre a Dor e a Fúria”
72
“No Limite do Prazer e do Castigo”
73
"No Limite da Confissão"
74
"Olhos Negros à Porta"
75
Quando o ciúmes é maior que a Razão.
76
“Recomeçar”
77
“Entre a Dor e a Vida”
78
No Limite da Destruição e do Amor
79
“A Busca Pela Minha Princesa”
80
“Rainha do Caos: O Reinado de Nós Dois”
81
Laços de Sangue e Cicatrizes
82
No Limite da Confiança
83
“Silêncio antes da Tempestade”
84
No Limite da Desesperança e do Amor
85
No Limite do Abismo: O Desespero dos Cinco Bebês
86
Noiva de Dor, Coração de Fogo

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