Teu Corpo, Minha Culpa...

Teu Corpo, Minha Culpa...

o recomeço

CAPÍTULO 1

07:00 da manhã de segunda-feira — Ana Luiza acorda e prepara sua filha Valentina para a escola. Após fazer o café da manhã, acorda Luna, como de costume, e a deixa na casa de sua mãe, Fernanda, que é uma avó super dedicada e carinhosa com as netas.

Mais tarde, já na empresa, Ana Luiza liga para sua melhor amiga, Cecília, pedindo ajuda. Pergunta se a amiga conhece alguma mulher responsável para ser a babá das meninas. Como é muito cuidadosa, Ana não quer contratar qualquer pessoa — precisa ser alguém de confiança.

Cecília diz conhecer uma jovem, filha de uma amiga de sua mãe. Conta que a menina nunca teve relacionamentos, é ótima com crianças, estuda, e tem muita capacidade para ser a pessoa certa para cuidar das meninas com amor e dedicação. Ana Luiza, intrigada, decide marcar uma entrevista com a garota para conhecê-la melhor, e Cecília arruma tudo.

Mais tarde, Maria Eduarda chega para a entrevista vestida com uma calça social preta, uma blusa branca simples, cabelo solto e uma maquiagem básica.

Ao chegar, ela bate na porta da sala de Ana Luiza, que a convida a entrar. Ela se senta, tímida, na cadeira à frente de Ana Luiza, que diz:

— Boa tarde, como você está?

— Bem, obrigada — responde Maria.

Sem rodeios, Ana começa a fazer as perguntas:

— Você já trabalhou como babá antes? Se sim, por quanto tempo?

— Trabalhei por três anos para uma família vizinha, mas tive que largar pois a moça já não precisava mais de uma babá.

— Com quais faixas etárias você tem mais experiência?

— Lido melhor com crianças pequenas, de 1 a 10 anos.

— Tem curso de primeiros socorros ou algum curso relacionado?

— Nunca cursei, mas lido muito bem com primeiros socorros.

— Como você lida com birras ou comportamentos difíceis?

— Conversa é a base de tudo.

— O que você costuma fazer para entreter a criança durante o dia?

— Jogos educativos, brincadeiras, ajudar com tarefas da escola.

— Você está disposta a ajudar com tarefas leves relacionadas às crianças? Como preparar lanches, dar banho, trocar fraldas ou guardar brinquedos?

— Pra mim, essa é a parte essencial de ser babá.

— O que você faria se a criança estivesse com febre enquanto estivesse com você?

— Mediria a temperatura e procuraria levá-la ao hospital mais próximo para não perder tempo. Depois, ligaria para o responsável.

— Você se sente confortável com câmeras de segurança?

— Não vejo nenhum problema. Até prefiro.

— Última pergunta — diz Ana Luiza. — Como agiria se a criança recusasse a comida?

— Ou faria alguma outra comida mais leve e saudável, ou esperaria a bebê sentir fome.

— Acho que tenho tudo — diz Ana Luiza, se levantando. — Deixe seu número de telefone comigo. Tenho mais duas entrevistas ainda hoje. Qualquer coisa, te ligo. Boa sorte.

Maria Eduarda escreve seu número num cartão, entrega nas mãos de Ana Luiza, agradece e sai rapidamente.

À noite, ainda no mesmo dia, Ana Luiza chega em casa e encontra sua mãe brincando com as meninas na sala.

— Você demorou hoje, minha filha — diz Fernanda.

— Eu sei, mãe. Agora vai ser assim... mas já estou à procura de uma babá para ficar com as meninas.

— Você sabe que eu as amo e não me importo de passar tempo com elas, não sabe?

— Sei, mãe. Mas você tem suas coisas também...

Luna se estica dizendo "mamãe", pedindo colo.

— O que foi, meu amorzinho? — diz Ana Luiza, pegando-a no colo.

Valentina, com ciúmes, abraça a mãe também.

— Eu estava com saudades de vocês duas — diz Ana Luiza.

Mais tarde, ela põe as meninas na cama e vai tomar banho, pensando no dia cansativo que teve e na necessidade urgente de contratar logo uma babá. Mas, toda vez que pensava em uma babá, se lembrava do quanto tinha gostado da entrevista com Maria Eduarda. Apesar da pouca idade, a garota se mostrou mais dedicada do que as outras candidatas. Tinha algo diferente — algo no olhar que transmitia confiança. Ana sentia que poderia entregar o mais precioso que tinha: suas filhas.

Ao terminar o banho, Ana Luiza se deita, pega o notebook e manda uma mensagem para Cecília:

— Acho que já tomei minha decisão sobre a babá.

Cecília logo responde:

— E chegou a qual conclusão?

— Que a Maria Eduarda é a melhor opção para cuidar das meninas.

— Já falou com ela?

— Ainda não. Vou mandar uma mensagem agora perguntando quando ela pode começar.

Ana procura o número de Maria Eduarda, adiciona e envia:

— Oi, sou eu, Ana Luiza. Gostaria de saber quando você pode começar no trabalho?

Demora um pouco, mas logo Maria responde:

— Olá! Mil desculpas pela demora, estava estudando... Eu passei? Posso começar amanhã mesmo, se quiser!

— Perfeito, então te espero às 7h. Tudo bem para você?

— Sim! Estarei aí, sem atrasos.

— Que bom. Pois não gosto de atrasos...

— Boa noite, senhora.

— Boa noite.

Pensamento de Ana Luiza:

Espero que ela realmente seja pontual...

Ponto de vista de Maria Eduarda...

Nossa, que incrível! Eu consegui um emprego novo com o que eu mais amo! Tenho que contar para a minha mãe.

Essa minha patroa nova é bem séria, né? Não a vi dando um sorriso... e falando, então? Quanta formalidade!

Mas acho que assim será melhor. Eu vou cuidar dos filhos dela, e não dela. Então não preciso me preocupar com o jeito sério.

Nossa, preciso dormir. Quero acordar bem cedo amanhã.

continua

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Comments

Julinha Rolim

Julinha Rolim

até agora tá muito bom

2025-05-07

0

Ana Faneco

Ana Faneco

já gostando 😌😍

2025-04-26

0

Maria Andrade

Maria Andrade

começando a ler agora

2025-04-22

1

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