Dia seguinte.
Serena acordou com os olhos pesados, sentindo as olheiras ainda frescas no rosto, mas não teve coragem de enfrentar o dia sem pelo menos tentar esconder os sinais da noite mal dormida. Com a maquiagem, tentou cobrir o cansaço, mas o peso ainda estava ali, enterrado nas profundezas de seu olhar. Sabia que se não fosse forte, o medo poderia tomá-la completamente, então forçou-se a se arrumar, a deixar-se apresentável.
Ela pediu um Uber, depois de algumas tentativas frustradas, devido à sua localização no bairro abandonado, afastado de tudo. Quando o carro finalmente apareceu, o caminho parecia mais longo do que o normal. Ela olhou pela janela, vendo o mundo se afastando, sentindo o vazio aumentar. O prédio que se aproximava era imponente demais para alguém como ela. Quando o Uber parou, Serena engoliu em seco, os passos pesados, o coração batendo forte.
Ela entrou no prédio e, ao ver os homens e mulheres apressados ao seu redor, sentiu-se uma estranha, uma intrusa naquele mundo. Estava em choque, observando o luxo ao seu redor e a diferença gritante em relação ao seu mundo. No espelho do corredor, olhou para si mesma, tentou ajeitar os cabelos rebeldes, mas a sensação de inadequação não passava.
A recepcionista, uma mulher loira com lábios vermelhos e olhar indiferente, não a recebeu com a simpatia que ela esperava.
— Hoje não é dia de estágio para jovens — a mulher disse, voltando sua atenção para o computador, como se Serena fosse um incômodo. O desprezo era palpável.
Serena, com a voz falha, corrigiu:
— Na verdade, vim para a entrevista para ser secretária do senhor Hall.
A loira a observou de cima a baixo, seu olhar fazendo Serena se encolher. Serena, nervosa, entregou os papéis que Melanie lhe deu, sentindo um calafrio de insegurança.
— Não é atoa que conseguiu esse cargo. — A loira se levantou, gesticulando para que ela a seguisse. Serena a seguiu com passos vacilantes, o coração acelerado, sem saber exatamente o que estava prestes a acontecer.
O elevador subiu até o último andar, e, ao sair, Serena foi recepcionada por uma mulher ruiva e impecavelmente vestida. O olhar dessa mulher não disfarçava o desconforto.
— A nova secretária, Eduarda. — A loira, com um sorriso frio, a apresentou e se virou, entrando novamente no elevador.
A ruiva olhou Serena com certa pena, como se soubesse o que estava por trás daquela fachada. Ela falou com um tom ameno:
— Sinto muito por isso, Amber queria muito essa vaga. Agora que você entrou, ela não vai parar de tentar. E, sim, pela idade, você é uma surpresa. Quantos anos tem?
— Dezoito. — Serena mal conseguiu pronunciar, a dúvida invadindo seus pensamentos. Era claro que ela não havia conseguido isso por seu próprio mérito.
Eduarda, observando-a, pareceu perceber sua ansiedade, e, com uma leve expressão de compreensão, começou a pegar os papéis.
— Não se preocupe, você já passou pela parte difícil. Agora, o mais complicado será a entrevista com o senhor Hall. — A mulher sorriu gentilmente, embora a tensão fosse óbvia.
Serena sentiu um aperto no peito, nervosa. E, antes que ela pudesse tentar aliviar a tensão, Eduarda foi interrompida por um toque no telefone de linha. A mulher se dirigiu à mesa com uma elegância que fez Serena se sentir ainda mais deslocada. Ela levantou uma sobrancelha, visivelmente surpresa, antes de colocar o telefone no lugar.
— Algum problema? — Serena perguntou, tentando esconder o nervosismo, mas a inquietação ainda dominava.
— Na verdade… o senhor Hall que vai fazer sua entrevista, não eu. — A resposta de Eduarda fez Serena quase congelar. Ela engoliu em seco.
As portas se abriram, e Serena foi conduzida até a sala, seu corpo inteiro tremendo enquanto ela passava pela entrada, a sensação do ar gélido da sala fazendo com que sua respiração se acelerasse. O desconhecido a aguardava. O que ele pensava dela? Ela era só uma jovem sem nenhuma experiência real, alguém que só conseguiu o trabalho pela influência de Melanie e seu pai. Ela só queria sobreviver àquela entrevista, sem perder a dignidade que restava.
Serena provavelmente esperava encontrar um homem mais velho, talvez com 50 anos, um executivo sério, acostumado a ser respeitado. Mas quando entrou na sala e viu o homem à sua frente, ela o reconheceu imediatamente. Maxim Hall. O famoso cafajeste que estava na boca do mundo, mas não por suas campanhas ou publicidades. Ela o conheceu, de verdade, naquela noite passada. O homem de olhos escuros como breu e um sorriso que fazia qualquer mulher se perder. Ela se xingou mentalmente por não ter o reconhecido imediatamente, mas ele não fazia parte da sua rotina de acompanhar notícias ou saber quem era quem no mundo das celebridades.
Maxim estava claramente se divertindo com a situação. Ele observava Serena com um olhar intensamente calculador. As pernas dela estavam bambas, e qualquer movimento em falso poderia fazê-la cair. O choque era tão grande que ela mal conseguia manter os pensamentos claros.
Serena não conseguiu evitar o impulso de olhá-lo de cima a baixo. Maxim Hall era… impressionante. Seus olhos negros a encaravam com uma intensidade quase possessiva, e o sorriso… ah, aquele sorriso que fazia qualquer mulher se derreter. Ela sentia o calor subir pelo pescoço, uma mistura de nervosismo e algo que ela tentava repelir, mas que não conseguia. Ele sabia o efeito que causava.
O silêncio entre eles ficou denso, insuportável. Maxim se levantou da cadeira com uma lentidão calculada, e Serena sentiu o estômago revirar. Ele caminhou até ela, suas palavras como lâminas afiadas cortando o ar.
— Ora, ora… se não é meu coelhinho fujão… — ele disse com um sorriso travesso, parando bem diante dela, como se estivesse avaliando cada reação sua. — Não vai falar nada?
Serena engoliu em seco, sua garganta seca, as palavras presas. O olhar dele era como fogo, consumindo tudo ao redor dela. Ela tentou encontrar forças para responder, mas sua voz falhou. Ela sentiu seu coração bater tão forte que parecia que ele ia saltar do peito.
— Eu acho… — ela gaguejou, mas as palavras morreram antes de serem ditas.
Maxim inclinou a cabeça, seus olhos fixos nos dela. Ele se aproximou ainda mais, agora a apenas alguns centímetros de distância, e ela podia sentir a tensão no ar. O cheiro dele, uma mistura de colônia e algo mais… algo perigoso. Ele estava se divertindo com a vulnerabilidade dela.
— Você acha? — ele repetiu com um tom quase sedutor, provocador. A voz dele era baixa, como se sussurrasse segredos apenas para ela. — Está com medo, coelhinho?
Serena não sabia o que fazer. Ele estava desafiando-a, e algo dentro dela se rebelou contra isso. Ela tentou recuar, mas a sensação de estar completamente exposta a ele a fez perder os movimentos. Não sabia se devia ficar, se deveria correr, mas algo dentro de si a impelia a não ceder. Ela engoliu em seco e, finalmente, tentou se explicar.
— Me desculpa… deve ter algum engano… eu… eu… — as palavras saíam em um fio de voz quase imperceptível.
Ela tentou se virar para sair, mas antes que pudesse dar um passo, Maxim a segurou pelo braço com uma firmeza inusitada. Era como se ele soubesse que ela tentaria fugir e, por algum motivo, estava se divertindo com isso. Ele a puxou de volta, a força com que o fez fazendo Serena se sentir impotente.
— Não, não… — Maxim disse com uma calma perturbadora, sua voz baixa e ameaçadora. — Não vai a lugar algum.
Serena sentiu o pânico tomando conta dela. O medo era real, mas algo mais estava acontecendo. A tensão entre eles estava se tornando insuportável. Ela olhou para ele, tentando desesperadamente se desvencilhar, mas não havia como. Ele a estava dominando, fisicamente e psicologicamente.
— Por favor… me deixa ir… — Serena murmurou, a voz cheia de um pedido de misericórdia, mas ela sabia que ele não a deixaria sair tão facilmente. — Juro que não vou contar a polícia sobre você…
Maxim soltou uma risada baixa, quase debochada, enquanto olhava para ela com um olhar de quem já sabia o que se passava na mente dela.
— Minha querida, não seja ingênua. Eu sou Maxim Hall, e você? Quem é você, além de uma garota perdida em um jogo que não entende? — A voz dele agora era ainda mais baixa, mais intimidadora. — Você pensa que pode me ameaçar com a polícia? Eu sou mais poderoso do que você imagina, e você vai aprender isso muito em breve.
Ele se aproximou mais, os rostos agora quase colados. Ela podia sentir a respiração dele, quente e pesada, contra sua pele. Maxim não estava apenas falando, ele estava sentindo prazer no jogo de poder que estava conduzindo.
Serena, por outro lado, sentiu a raiva crescer dentro dela, uma força que ela não sabia de onde vinha. Ela se soltou com um empurrão, olhando para ele com um desprezo feroz.
Maxim observou Serena se afastando dele, a raiva e o desprezo queimando nos olhos dela, como se estivesse lutando contra algo dentro de si mesma. Ele se divertia com isso. Ela era corajosa, mesmo sabendo que estava em uma posição extremamente vulnerável. Ele sabia que tinha o controle, mas a intensidade com que ela o desafiava era algo novo e interessante. Serena estava em seu limite, mas ele ainda não havia terminado.
O silêncio estava prestes a ser quebrado por mais uma palavra provocadora de Maxim, quando a porta se abriu repentinamente. Serena, ainda ofegante e tremendo, se virou com um susto, e Maxim se afastou imediatamente, virando-se também para a entrada. A figura imponente de um homem mais velho apareceu na porta. Ele não precisava dizer nada. Sua presença era suficiente para preencher o ambiente.
O homem tinha o mesmo porte altivo de Maxim, mas algo na postura dele dizia que ele era ainda mais poderoso, mais imponente. O cabelo grisalho bem aparado e o olhar penetrante mostravam que ele não era alguém com quem se brincasse. Quando Maxim o viu, o sorriso provocador desapareceu de seu rosto, e ele deu um passo para trás, como se estivesse sendo desafiado por algo muito maior do que ele.
— Pai… — Maxim murmurou, com uma leve reverência na voz, mas ainda mantendo a postura arrogante, sem abrir mão de sua personalidade desafiadora.
O homem olhou para ele com um olhar severo, como se tivesse notado a dinâmica na sala e não estivesse nada satisfeito com o que estava acontecendo ali. Serena se sentiu aliviada por um momento, embora o desconforto permanecesse no ar. Ela não sabia o que esperar de um homem tão imponente quanto aquele.
— Maxim… o que você está fazendo? — A voz do homem, profunda e autoritária, cortou o ar. Ela estava carregada de desconfiança. — Esta garota não é sua propriedade.
Maxim pareceu tenso por um instante, os músculos do rosto se contraindo. Ele sabia que não poderia continuar com o jogo de poder diante de seu pai. A presença do homem parecia drenar toda a diversão que ele sentia com a situação. Ele estava acostumado a ser o centro do comando, mas seu pai não compartilhava do mesmo tipo de indulgência. Esse confronto era algo que ele jamais poderia ignorar.
— Eu não estava fazendo nada, pai — Maxim respondeu, tentando esconder a frustração na voz. Mas, ao ver a expressão implacável de seu pai, ele soube que não havia como escapar da censura silenciosa. — Só estava testando os limites dela.
O homem olhou para o filho com um olhar frio, como se esperasse algo mais substancial da parte dele. Ele então virou seu olhar para Serena, seus olhos se movendo rapidamente sobre ela, avaliando-a com uma precisão calculada. Ele não parecia surpreso, mas claramente não estava ali para ser distraído por esse tipo de comportamento de Maxim.
— Eu vi o suficiente. Você pode sair agora. — A voz do pai de Maxim soou final, sem margem para discussão.
Serena deu um passo para trás, quase sem querer sair dali, mas o desejo de deixar aquele ambiente tenso e ameaçador falou mais alto. Maxim ficou parado, ainda olhando para a porta fechada, enquanto o pai dele permanecia em silêncio, observando-o.
— Maxim… — O homem falou novamente, desta vez com um tom mais grave, mais cansado. — Você não pode continuar assim. Está colocando tudo em risco.
Maxim não respondeu de imediato. Ele sabia o que estava em jogo, mas não podia deixar de sentir que o controle de seu pai sobre ele estava se tornando cada vez mais sufocante. A relação deles era sempre uma dança de poder, uma luta em que ele tentava se afirmar, mas sabia que seu pai sempre tinha a última palavra. A tensão entre os dois estava no ar como uma eletricidade, cada palavra do pai sendo um lembrete de quem realmente dominava a situação.
— Eu sei, pai. — Maxim respondeu, a voz mais suave agora, como se tentasse justificar sua atitude. Ele olhou para o homem, mas havia algo de desafiador em seu olhar, como se estivesse tentando, ao menos, preservar uma centelha de sua autonomia. — Eu só… não gosto de ser controlado.
O pai de Maxim o observou por alguns segundos, seus olhos avaliando-o como se tentasse entender os motivos que o levavam a desafiar a autoridade dele. Havia um pesar silencioso em seu olhar, como se soubesse que Maxim ainda estava longe de entender a extensão do poder que o pai exercia sobre ele.
— Não é sobre controle, Maxim. É sobre equilíbrio. — O homem deu um suspiro profundo, seus olhos endurecendo. — Você não pode continuar brincando com o fogo. O que acontece quando tudo isso desmorona?
Maxim se calou, seus olhos desafiadores e ainda cheios de raiva. Ele sabia que o pai estava certo, mas a sensação de estar sendo sufocado por aquela pressão aumentava seu desejo de se rebelar. Ele olhou para o homem em silêncio, a tensão ainda pesada no ar.
— Entendido, pai — Maxim disse, quase murmurando. Ele se afastou lentamente, sem dizer mais nada, mas o desconforto em seu corpo era evidente. A cada passo que dava, sabia que a distância entre ele e seu pai estava diminuindo, mas sua vontade de controlar sua própria vida aumentava.
O pai de Maxim o observou sair da sala, a expressão inabalável. Ele sabia que, por mais que tentasse controlar seu filho, a luta entre os dois estava longe de terminar. Maxim ainda tinha muito a aprender sobre poder e a responsabilidade que vinha com ele. O homem se virou lentamente para a janela, os olhos voltando para o horizonte. Ele sabia que o jogo de seu filho ainda estava apenas começando, mas uma coisa era certa: se ele não começasse a fazer escolhas mais maduras, não demoraria para que tudo o que ele havia construído desmoronasse.
Agora, mais do que nunca, ele precisava ter controle sobre Maxim. Ele não disse nada de imediato, mas o silêncio entre os dois parecia um julgamento
Lucian olhou para ela com um leve desinteresse, seus olhos passando sobre ela de forma quase clínica. Não havia simpatia em seu olhar, apenas uma análise fria. Como se ela fosse uma peça em um jogo que ele já conhecia bem, mas que ainda não sabia onde se encaixava.
— Serena, não é? — ele perguntou, sua voz profunda e carregada de um tom autoritário que fazia com que até o simples som de seu nome soasse como uma observação.
Serena, ainda um pouco atordoada, engoliu em seco antes de responder, tentando não parecer nervosa demais, embora fosse evidente que ele tinha o poder de intimidá-la sem esforço algum.
— Sim, sou eu… — respondeu, a voz um pouco mais baixa do que gostaria.
Lucian a observou por mais alguns segundos, seu olhar penetrante e calculador. Ele podia perceber o desconforto dela, o modo como ela se mantinha ligeiramente tensa, os ombros arqueados de uma forma quase defensiva. Ele sabia que ela precisava do emprego – ele sabia de tudo. A doçura da sua presença era frágil demais para a situação que ela estava vivendo. Ele não sentia compaixão, mas havia algo em seu olhar que indicava uma curiosidade, talvez até um leve interesse pela razão de ela estar ali, naquele momento.
Ele deu um pequeno passo para mais perto dela, e o cheiro do seu perfume – um leve toque de couro e tabaco – encheu o ar. A presença dele era avassaladora, e ele sabia exatamente como usar isso a seu favor.
— Não costumo me envolver em assuntos tão… pessoais, — Lucian começou, a voz calma, quase desinteressada, mas com uma leve ênfase no que poderia ser interpretado como uma observação crítica. — Mas meu filho parece ter um interesse peculiar em você. Algo me diz que não é apenas pelo seu… encanto.
Serena não sabia exatamente como reagir, mas o olhar que ele lhe lançava era difícil de ignorar. Não havia afeto ali, apenas um reconhecimento de que ela fazia parte de uma história maior que envolvia seu filho. Ela sentiu um arrepio subir pela espinha, como se algo estivesse prestes a acontecer, mas ainda sem saber o que.
Lucian observou a mudança em seu rosto e, em seguida, seu olhar se suavizou – ou melhor, se tornou mais calculista. Ele sabia o que Maxim pretendia, e sabia também que a jovem estava em uma posição vulnerável. Havia mais ali do que ele queria deixar transparecer, mas sabia que o jogo estava apenas começando.
— Sua mãe está doente, não está? — Lucian continuou, a pergunta parecendo um pouco mais pessoal do que ela esperava. Ele não parecia estar se importando com os sentimentos de Serena, mas a questão foi direta o suficiente para fazê-la se remexer. — Sabemos que você precisa deste emprego, o que, de alguma forma, coloca você em uma posição… interessante.
Ela não respondeu imediatamente, mas o peso da situação se fez sentir de forma amarga. Ele sabia de sua necessidade, sabia que não tinha muitas opções, e isso a fazia se sentir ainda mais exposta. Ele não a via como uma pessoa, mas como alguém que estava ali para servir a um propósito maior, um simples movimento nas peças de seu jogo.
Lucian observou o desconforto dela com um leve sorriso que não alcançou seus olhos. Era um sorriso calculista, como se ele estivesse se divertindo com o controle que tinha sobre a situação.
— Fique tranquila, — ele disse, como se estivesse fazendo um favor, embora suas palavras carregassem um tom de desdém. — Eu não costumo deixar meu filho se envolver com qualquer pessoa. Mas você… Vamos ver o que acontece.
Ele fez uma pausa, seus olhos caindo novamente sobre ela. Algo em seu olhar se intensificou, como se ele estivesse dando um passo atrás, para analisar a jovem com um certo nível de curiosidade. Não era exatamente interesse, mas havia algo ali que o fazia querer entender melhor quem ela era, o que ela estava realmente disposta a fazer.
Serena, por sua vez, sentiu um nó na garganta. A sensação de ser tratada como um mero objeto naquilo tudo a fazia querer se afastar imediatamente, mas ela sabia que não tinha para onde correr. Lucian Hall a observava como se estivesse decidindo seu valor em um único olhar. Ela era importante apenas pela situação em que se encontrava. E de alguma forma, ele sabia disso.
Lucian, por fim, deu-lhe um breve aceno de cabeça, e sem mais palavras, virou-se, deixando a sala como se ela não fosse digna de mais atenção. Para ele, ela não era mais do que uma peça em um tabuleiro, mas, por algum motivo, ele ainda estava curioso sobre o jogo que estava prestes a começar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Comments