O Sangue da Duquesa (Dark Romance)
DEDICATÓRIA
Para você, leitor que ama o tipo de amor que arde mais do que salva.
Esta história é sua — porque você entende o que é se perder na névoa de um toque perigoso, desejar demais, mesmo sabendo que isso pode te consumir.
Você, que nunca se assusta com personagens quebrados, com sentimentos possessivos, com promessas feitas entre beijos e ameaças.
Você que lê sobre um coração que diria “eu deixaria o mundo queimar por você” — e sorri, porque entende.
Aqui, o amor não é leve. Ele sufoca, queima, marca.
Mas é exatamente por isso que ele é inesquecível.
Bem-vindo ao incêndio.
Se for amar aqui, que seja até as cinzas.
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O grande salão da família Agrece estava tomado por luzes suaves e vozes abafadas, música elegante preenchendo os espaços entre os risos e os brindes. Era uma noite de celebração — a festa de maioridade de Vanessa Agrece — e cada detalhe transbordava opulência. Candelabros de cristal derramavam reflexos dourados sobre as paredes espelhadas, onde vultos dançantes se multiplicavam.
Isaac Eckart, porém, não parecia interessado em nenhuma das sutilezas do evento. Encostado contra uma coluna de mármore, uma taça intocada de vinho entre os dedos, seus olhos vagavam distraidamente pelo salão… até que pararam.
Ela estava do outro lado da sala, girando em torno de si mesma ao som da valsa, o vestido escarlate dançando ao redor de seus tornozelos. Vanessa. O sorriso que ela lançava aos convidados era leve, encantador, quase despreocupado, mas havia algo por trás daquilo — uma chama silenciosa, um brilho que capturou Isaac no instante em que o viu.
Ele piscou, uma vez. Depois desviou os olhos, como se tivesse cometido um erro. Mas não resistiu — olhou de novo. Discretamente. Observou a curva suave do pescoço dela, a forma como ela inclinava a cabeça ao escutar alguém, o modo como seus lábios se curvavam ao sorrir.
— Então, você está se escondendo das danças também? — disse uma voz leve, próxima demais. Ana Agrece apareceu ao seu lado, belíssima em verde esmeralda, os cabelos em cachos perfeitamente moldados. Ela se apoiou na mesma coluna, tentando puxar conversa com um sorriso gentil.
Isaac desviou o olhar de Vanessa rapidamente. Forçou um leve sorriso a Ana, mas seus olhos — aqueles olhos azul-avermelhados, intensos e sempre atentos — logo voltaram a buscar a figura do outro lado da sala, como se guiados por instinto.
— Só observando, — murmurou ele, evasivo.
Ana seguiu seu olhar, tentando descobrir o que o atraía tanto. Seu rosto se fechou sutilmente quando entendeu. Mas antes que pudesse dizer algo, Ryan Eckart surgiu ao lado dela, com seu charme ensaiado e sorriso pronto.
— Ana, está maravilhosa esta noite, como sempre — disse ele, pegando a mão dela com um exagero dramático. — Espero que tenha guardado uma dança para mim.
Ana sorriu, distraída, mas não respondeu. Seus olhos ainda estavam em Isaac.
Isaac olhou mais pra ela. Ele só via Vanessa.
Mesmo cercada de pessoas, ela parecia distante, como se vivesse em outro tempo, em outro mundo. Um mundo que ele, de repente, desejou profundamente fazer parte.
E quando, por acaso — ou destino — ela lançou um olhar em sua direção e seus olhos se encontraram por um breve instante, ele sentiu.
Uma pontada.
Um puxão invisível.
Ela sorriu, gentil, talvez sem notar que alguém a observava.
Mas ele sentiu o coração bater mais forte, como se tivesse ouvido um segredo.
E naquele instante, Isaac soube.
Nada naquele salão importava mais do que ela.
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Atualizado até capítulo 116
Comments
coração-sangrento❣️
Muito bom/Smile/
2025-04-23
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