Meu nome é Márcia

 Relato real

Desde pequena Sempre fui uma criança na minha ,calada com poucos amigos,com 7 anos de idade não compreendia o significado de que era morte ou vida, não conseguia conciliar tal semelhança, mais pra frente teria que enfrentar outro problema abusos, mais primeiramente quero e preciso falar do meu avô.

Me lembro que era dia 7 dia do meu aniversário, em casa estava estava tendo vários preparativos organizado por meu avô , estavam todos animados , mais mal sabíamos que no lugar de toda aquela felicidade compartilhada daria espaço a tristeza e dor , me perdoem por não me lembrar de tantas coisas , de todos os detalhes , acho que meu cérebro bloqueou um pouco essa parte dolorosa de minha vida , o pouco que lembro vou relatar aqui pra vocês. Buscando no fundo da memória eu me lembro que meu avô trabalhava de cozinheiro, esse ano o carnaval foi em março já tinha passado e entramos na quaresma, meu avô estava no trabalho fazendo bolinho de bacalhau, por ser quaresma os clientes consumiam bastante peixes, na parte da tarde meu avô teve um infarto e faleceu, com as mãos cheia de massa, até no caixão dava pra ver resíduos de massa nas unhas e mãos dele.

A notícia caiu como uma bomba em nossa família, velamos seu corpo , e logo o sepultamento.

 Após o enterro eu olhava em volta todos ali tristes ,eu não sentia essa tristeza porquê continuava vendo meu avô a visão era calma , serena não me causava medo porquê eu simplicidade não entendia oque éra morte, se passaram 3 dias , um dia estava todos na mesa de jantar eu perguntei para minha avó maria, - vó, a senhora não vai servir a janta pro vô? ela me olhou muito brava e disse, - menina não brinque com isso. Eu sem ter entendido nada me calei, no outro dia já tinha me esquecido do ocorrido da janta tornei a perguntar - vó e o café do vô? minha avó já irritada disse cala a boca .

A noite chegou minha cama era ao lado , perto da cama dela, me deitei e perguntei , -vó porque a senhora tirou o travesseiro do vô? éla deu um grito e disse , -onde esta seu avô? eu assustada respondi, - ele está ai vó, deitado no colo da senhora. Ela se assustou e foi para o quarto ao lado .

 No dia seguinte minha avó me chamou e disse que meu avô estava morto e com muita calma me explicou tudo sobre a morte e a vida ,depois dessa conversa com minha avó parei de ver meu avô.

O início dos abusos.

Essa parte é muito complicada e dolorosa na minha vida .

É constrangedor! Minha avó tinha uma amiga que em seu leito de morte pediu pra cuidar do filho dela , detalhes que ele já tinha 25 anos, e esse homem foi morar dentro da casa da minha avó, esse homem me violentava e dizia se eu contasse ele me matava, eu nunca conte ao meu avô ,ele morreu sem saber dessa parte da minha vida, de quando esse homem veio morar na casa de minha avó.

Ele sempre me comprava doces, e mantinha uma certa distância de mim ,nós morávamos em um sobrado, tinha uma escada pra subir que dava acesso aos quartos, e tinha um vão parecido com um cômodo pequeno embaixo da escada que minha avó montou uma espécie de quartinho pra esse homem dormir, ele começou a me dizer pra pegar os doce que ele guardava e estava embaixo do travesseiro dele, eu uma criança se aproximava pra pegar os doces e o rapaz passava as mãos no meu corpo, um dia minha avó estava lavando roupa lá no quintal ele fechou a porta desse quartinho comigo dentro,tirou minha roupa e esfregou seu órgão genital em minhas partes íntimas,mas não teve penetração, olhou em meus olhos e me disse, - se você contar, sua avó vai te dar uma surra, e depois eu te mato corto seus pedaços coloco em uma mala e jogo longe onde ninguém vai te encontrar.

E com medo eu me calava, daí em diante ele começou a me estuprar de verdade, ele chegava bêbado, me puxava pra dentro daquele maldito quartinho e abusava de mim , ali eu chorava baixinho sentia muito medo e ninguem da familia percebia meus pais eram separados, minha mãe saia cedo pra trabalhar eu ficava sobre os cuidados de minha avó, mas ela sempre fazendo serviço de casa não prestava atenção no que estava acontecendo, meu pai depois da separação nunca mais foi me visitar, esses abusos foram dos 7 aos 9 anos de idade e só parou porque esse homem teve cirrose de tanto beber , e graças esse monstro morreu.

 Ele ficou internado em um hospital em uma ala separada porquê da doença da cirrose ele vomitava pedaços do fígado, um dia eu já com 9 anos , ele já estava pra morrer minha irmã foi ao hospital o visitar , e me levou junto, eu olhei ele de longe não queria chegar perto sentia medo ele esticou a mão pra mim mas eu me afastei e corri pra porta do quarto de hospital quando olhei de novo pra ele vi uma sombra preta descer encima dele , eu e minha irmã voltámos pra casa e na parte da tarde recebemos a notícia que ele tinha falecido ,e foi feito o enterro todo muito rápido porquê estava saindo um mau cheiro do caixão.

 Passado muitos anos eu tentei contar pra minha mae sobre os estupros mas travei não consegui, e quando a noite veio eu fui dormir ,vi quando esse homem chegou perto da cama se deitou em cima de mim e disse, - eu disse pra vc não contar pra ninguém né, eu pude sentir o peso dele sobre meu corpo o cheiro de suor misturado com cheiro de bebida como eu sentia quando criança ,eu empurrei ele e disse agora sou adulta não tenho mais medo de voc nessa hora minha mãe acendeu a luz e me perguntou oque aconteceu, eu respondi , nada mãe ,está tudo bem , em um piscar de olhos tudo sumiu e nunca mais vi esse homem .

Só coloquei essa parte no relato pra me desabafar um pouco ,espero que compreendam.

Se passaram 10 anos , já com meus 17 era carnaval novamente, Lucia namorada do meu primo Mateus por sentir muito ciumes dele cometeu suicidio , Eles foram ver o desfile de carnaval ,mas a mãe dela não queria que a filha participasse desse tipo de festa, ela foi buscar sua filha mas meu primo não quiz ir embora e continuou na festa, i ela voltou contrariada pra casa com os pais chegando lá tomou 51 comprimido de gardenal , sua mãe a levou ao hospital, fizeram lavagem estomacal mas ja tinha caido no sangue a substância do comprimido, ela começou espumar pela, boca segurou firme a mão da sua mãe levou ao seu peito e faleceu, os médicos não puderam fazer mais nada, e meu primo assistia a tudo pelo vidro da uti não era permitido entrar ,ele viu ela morrer , nos braços de sua mãe .

passado uma semana meu primo desapareceu todos procurando fizeram boletim de ocorrência e nada, um dia eu estava no quarto vi quando a Lucia entrou eu abracei ela senti o cheiro o calor do corpo dela ela sorriu eu disse que saudades, e nisso perguntei pelo meu primo ela disse ele esta mais perto do que vc imagina , disse isso e ela sumiu, foi quando voltei em si e me lembrei que ela já estava morta mas não contei pra ninguem porquê as pessoas não acreditavam em mim, no dia seguinte 2 meninos foram caçar passarinho quando olharão para cima virão meu primo pendurado, enforcado na árvore perto da casa onde eu morava, Lúcia realmente disse a verdade ele estava mais perto que eu imaginava , meu primo foi velado e sepultado passado tempo eu continuei vendo coisas pessoas que já partirão eu já não sabia mais o que fazer sofria calada por medo de contar e ser vista como louca, 2 anos se passaram e uma tarde eu já com 19 anos cheguei do trabalho eu dormia no quarto junto com minha mãe Irene era umas 6:00 da tarde minha mãe e minha avó Maria estava fazendo janta eu cansada do trabalho deitei pra descançar um pouco e disse, - mãe, depois eu lavo a louça pra senhora só vou deitar um pouquinho, fiquei ali deitada escutando elas mexerem nas panela, elas conversavam, davam risadas, eu estava acordada e senti um calor subir pela minhas pernas olhei na barra do meu vestido estava pegando fogo eu levantei e corri pra cozinha ao passar pelo corredor perto do banheiro o fogo ja estava alto sentia minhas pernas meu rosto queimar eu gritando minha mãe e minha avó vieram correndo minha mãe com uma tigela cheia de agua nas mãos jogou em mim e o fogo subiu mais ainda minha avó me enrrolou com a toalha da mesa e nada de apagar ,minha mãe teve coragem e arrancou o vestido do meu corpo e jogou no chão, nessa hora o fogo se apagou foram olhar minhas pernas, meu corpo ,meu rosto , nao tinha queimadura nenhuma o vestido nem sinal de queimado não sei explicar oque foi tudo aquilo ,meu irmão Bruno que não viu o acontecido não acreditou em nada e me levou ao psicólogo, chegando ao doutor ele me fez várias perguntas eu respondi a todas, ele ficou quieto me olhando e disse, que o motivo do fogo era que eu pensei fixo em algo e atrai o fogo ! Mas eu perguntei porque não teve queimaduras ou o vestido queimado o psicólogo respondeu, que simplicidade o fogo era imaginário, algo que minha imaginação produziu, eu perguntei indignada, - como imaginário? se minha mãe e minha avó tbm viram o fogo tanto que tentaram apagar me socorrer. Depois disso ele não me perguntou e não me respondeu mais nada , somente me passou um comprimido para tomar as 9:00 da noite e as 9:00 da manhã ou seja eu dormia dia e noite minha vida parou deixei o trabalho já não saia mais nem me alimentava direito foi assim por muito tempo até que por conta própria parei de tomar o tal comprimido do sono como eu chamava kkkk dai voltei a viver a trabalhar ,mudei minha vida mas continuei vendo coisas pessoas que já se foram só que já não falavam mais pra ninguém , entendo que é difícil acreditar nessas coisas , mas realmente tudo isso aconteceu, hoje em dia ainda vejo , mas não com tanta frequência de antigamente, mas tem coisas que ainda vejo, agora estou sentada na beira da cama esperando quem será o próximo cadáver que se apresentará pra mim nesse fim de quaresma que se aproxima, boa noite a todos .

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