OS CAVALHEIROS DE TERNOS ESCUROS

A casa ficava perto de nossa rua.

Uma rua sem saída .

Era grande e com um quintal também bastante amplo.

O gramado , sempre bem cuidado, muito verde e milimetricamente cortado . Somente gramado e nada mais havia no quintal.Nenhuma flor, nenhum arbusto , vasos de plantas e tampouco outros objetos q por vezes permanecem depositados no fundo do quintal , jaziam naquele espaço ...

Do portão de grandes grades brancas , se via a imensidão do quintal e da casa.

Somente ela , a grande casa branca e azul clara, um azul celeste e com aquele símbolo estranho no topo do segundo andar.

Nunca se via ninguém andar no local.

A casa e os portões, ficavam permanentemente trancados.

Só se via movimento naquele lugar , a cada terça feira à noite de cada mês .

A partir das 21h começavam a chegar carros pretos luxuosos e de diversos modelos e deles, saíam homens vestidos de elegantes ternos escuros.

A rua e o grande quintal da casa , ficavam repletos daqueles veículos luxuosos estacionados.

Depois da meia noite , os cavalheiros de preto tomavam seus automóveis e dispersavam , deixando novamente a casa totalmente trancada e apagada.

E assim por décadas funcionava aquele lugar e sua rotina.

Desde antes da época do pai de meu pai...

Moradores antigos dali, já conheciam a rotina e até evitavam passar pelo local com medo de estórias q o povo contava.

Diziam que a casa era usada para estranhos rituais e que era guardada por alguma entidade maligna . Diziam também , que uma criança já havia sumido e nunca mais fora vista ao adentrar no quintal da casa...

Enfim...assim a vida seguia e também as especulações sobre o local.

Até que num determinado fim de semana, voltando de uma balada, um grupo de jovens já alterados pela bebida e drogas que consumiram , desafiaram - se a adentrar na casa. E assim o fizeram.

Foram vistas posteriormente, imagens de câmera de segurança que mostravam o grupo de 5 jovens pulando o muro .

Porém, misteriosamente não os viram sair.

Investigadores da polícia assistiram e reassistiram os vídeos de segurança de vários ângulos diferentes que pegavam o local e não havia sinal da saída dos garotos.

Nunca mais foram vistos.

Seguiram- se as investigações e nada foi resolvido...

Até hoje permanece o mistério.

A casa segue lá , intacta e a rotina da reunião dos cavalheiros de ternos escuros , continua até hj ...

( Por Sílvia Restani)

Relato pesado

Maldita semana do lobisomem.

No ano de 1987 eu estava para completar 20 anos ,nasci em julho de 1967 meu pai na época tinha 47 anos minha mãe 43 éramos uma família de 6 pessoas , pai , mãe, eu, 2 irmã sendo uma mais velha com 23 anos , e um irmão na época com 15 anos o caçula .

Meu pai sempre gostou de sítios, chácaras esses lugares de mato pra morar pois sempre morou com seus pais em roça e esse costume ele puxou de meu avô, não gostava de cidade o negócio dele era mato , nós já estamos acostumados morar em locais assim, tinham mais Liberdade ,mais espaço um ar mais puro

Um dia no mês de agosto meu pai recebeu um dinheiro , ajuntou com algumas economias ,vendeu algumas coisas e comprou uma chácara em outra cidade, de momento ninguém dos irmãos ficaram contentes pois ali estava seus amigos, ali viveram até os dias atuais, ali construíram raízes e não iria ser fácil se acostumar em outro lugar ,mas ficamos quietos e não questionamos meu pai ,bom passou aquela semana e mais ou menos uns 4 dias depois fomos embora para nossa nova moradia.

Ao chegar no local da nova casa, notei que era muito bonito , muito mato em volta ,poucas chácaras umas afastadas das outras, outras não tão afastadas era gostoso o lugar chegamos na chaca , o portão de duas folhas de abrir de madeira ,mas adiante dava pra ver a casa , a casa era grande não era muito bonita mas era grande ,por fora a casa de frente ao portão tinha uma veneziana ao invés de vitro ,na lateral direita tinha a porta da sala, no fundo um vitro grande com a porta ao lado ali era a cozinha , tinha 3 quartos e um banheiro somente, mas era muito espaçosa a casa cômodos grandes, no fundo tinha mais um quartinho ,uns pé de mandioca, um galinheiro que não era muito grande, e umas madeiras amontoadas , na lateral da casa direita uns pés de frutas , e mais a frente uma horta não grande coisa também, era muito bonito o lugar.

Chegamos por volta das 11 da manhã e já vieram alguns vizinhos curiosos pra verem quem é que estava se mudando ali, o tempo foi passando ,logo todo mundo se conhecia ,arrumei um trabalho a uns 600 metros de casa ,trabalho em que eu cuidava de uma chácara mantendo a limpa ,e os donos só vinham no final de semana e a 100 metros do meu trabalho um bar , um barzinho bem humilde mas vivia com bastante pessoas ali que se reuniam toda Santa tarde não falhava os encontros pareciam ser combinados ,todo dia estavam ali .

Se passaram uns 8 meses mês de abril foi quando conheci uma linda moça estava eu no bar ela entrou pra compra alguma coisa que não me lembro , assim que a vi foi paixão a primeira vista fiquei olhando ela, e ela me devolveu o olhar com um lindo sorriso ,passando algum tempo começamos a namorar o nome dela é Rosângela minha atual esposa ,ela morava a uns 150 metros do bar , seu pai seu Antônio, sua mãe dona Benedita e um irmão Tiago ,Rosângela tinha 19 anos seus pais era um amores de pessoas muito bons e me adoravam. Seu Antônio um homem muito sério , não gostava de mentiras e de ficar em portas de bar, tomava suas pingas ali dentro de sua casa, com acompanhamento de um belo cigarro de palha, dona Benedita pelo contrário muito sorridente , espontânea, falava até com os cachorros da vizinhança, e assim foram se passando os meses, tudo tranquilo ,tudo normal

Mas as coisas começaram a ficar estranha mesmo quando um caseiro chegou pra tomar conta em uma chácara vizinha a nossa, um novo caseiro conhecido como Naldo, sua esposa se chamava vera, e duas meninas que eram gêmeas tinha por volta de 9 anos de idades .

Eles não eram muito de conversa não ,estavam de cara fechada o tempo todo, a dona Vera ainda dava bom dia algumas vezes, mas o seu Naldo era quase que impossível, não encarava as pessoas, sempre de cabeça baixa, ele olhava as pessoas por baixo ,usava um chapéu preto tipo de camurça.

Seu Naldo era muito feio ,ele era alto ,magro, cabelos cacheados longos, o queixo era fino, tinha uma barba muito preta ,e as mãos dele era desproporcional ao resto do corpo, tinha pelos na orelhas por poucas vezes que vi notei que suas sobrancelhas também era grossas quase se encontrando uma com a outra, andava sempre de camisa de manga comprida, de calça e chinelo no pé.

Como era sempre de costume eu saia do trabalho e ia no bar conversar um pouco, e já aproveitava pra passar na casa de meu sogro conversar um pouco e ver minha namorada Rosângela, em uma noite era um final de semana fiquei bebendo e conversando com meu sogro e esqueci totalmente do tempo, quando fui ver as horas já eram 11 e pouco da noite, minha sogra disse pra mim dormir ali ,pois tinha um sofá na sala que puxava e virava uma espécie de cama, tentei recusar, mais meu sogro que já estava meio alcoolizado não deixou eu nem terminar de falar, e já foi mandando dona Benedita arrumar o lugar para mim, por fim acabei aceitando seu pedido, por volta da uma e meia da manhã escutei um barulho que vinha dos fundos da chácara de meu sogro, não dei muita importância, tentei pegar no sono novamente ouvi uma espécie de urro misturados com gritos aquilo parecia ter gritado do meu lado, encostado no meu ouvido, eu dei um pulo do só sofá e fui para os fundos onde se encontrava a cozinha, tinha um vitro grande ali, para minha surpresa meu sogro já estava ali, pois ouviu o barulho também, olhamos pelo vidro da cozinha e meu sogro disse ter visto um vulto negro muito alto que ao perceber que estava sendo observado saiu correndo mato adentro, confesso que não consegui ver nada, só escutei o barulho daquilo correndo para o mato, ao olhar pra traz vi minha sogra e minha namorada no corredor ,elas também ouviram aqueles gritos, pronto estava todo mundo apavorado não dormiu ninguém aquela noite, o dia amanheceu e eu e meu sogro fomos no fundo do quintal ver se tinha alguma coisa diferente ali, pois não tinha nada diferente, somente um monte de terra mexida e alguns galhos quebrados, voltamos para a frente da casa ficamos ali conversando sobre o ocorrido , me despedi e fui embora para a minha casa.

Ao passar no bar, o assunto ficou ainda mais estranho, o dono do bar e alguns que por ali se encontravam cada um tinha uma história pra contar, mas o que me chamou mais a atenção foi de um senhor que estava sentado do lado do balcão, ele dizia que um maldito animal preto atacou a chácara dele , matou 3 galinhas e feriu seu cachorro que ficou com uma das orelhas penduradas , e por pirraça fez uma bagunça tremenda nas plantações ,pisoteando e rolando em cima das verduras, e que chegou a ver o bicho e que aquele maldito era um lobisomem, pronto eu cheguei a ficar com as pernas bambas, um outro senhor ali perguntou a ele, mais lobisomem ,isso não existe homem,existe sim disse o senhor nervoso, aquilo era um maldito lobisomem, eu vi com os meus próprios olhos, o cheiro daquele monstro estava ainda impregnado nas verduras um fedor de podre ,de carniça, eu ali escutando tudo aquilo não disse uma palavra se quer, sai de mansinho e fui embora pra minha casa.

Ao chegar em casa minha mãe estava desesperada por não ter notícias minha, acalmei ela e disse que tinha pousado na casa da Rosângela, meu pai nervoso me deu uma bronca e disse pra mim não ficar andando mais a noite por aquelas bandas, eu nem perguntei o porquê, eu já sabia a resposta, perguntei pra minha mãe se ela tivera ouvido uns sons estranhos na noite passada, ela me disse que meu pai havia ouvido uns barulhos de uivos ao longe, me perguntou porque da pergunta e eu disse que no bar as pessoas estavam falando sobre isso, e que incrível que pareça um senhor disse que um lobisomem atacou a chácara dele matando galinhas ,machucando seu cachorro e acabando com suas plantações, minha mãe fez o sinal da Cruz mas não disse uma palavra, meu pai ficou ali sério e também não disse nada,perguntei dos meus irmãos minha mãe disse que ainda estavam dormindo que não dormiram a noite passada, bem aquele dia ocorreu tudo tranquilo, nenhuma novidade até o final da tarde a tranquilidade deu espaço a gritos, xingamentos e agressões, vera a esposa de Naldo estava aos gritos nervosa, aquilo foi acumulando pessoas curiosas, vera gritava com Naldo pra ele buscar suas filhas que Naldo disse estar na casa de sua mãe, nas vera estava muito nervosa descontrolada ,ela foi pra cima do marido e arranhou o braço dele, o Naldo virou um bicho de bravo ,pegou ela pelo pescoço e deu um tapa no rosto dela , ele segurava ela suspensa no ar, aquilo era surreal , até um senhor gritar pra ele deixar a mulher em paz senão iria dar um tiro nele, ela soltou a mulher e disse pro homem se quisesse matar ele, teria que comprar uma arma melhor, que essa merda de espingarda veia não matava nem passarinho, disse isso e foi se distanciando até que sumiu de vista, minha mãe se aproximou de vera que ainda estava no chão e a levantou pedindo que ela se acalmasse ,levou ela até minha casa e fez um chá pra ela se acalmar, vera falava e soluçava mas aos poucos foi se acalmando e conversando com minha mãe, aí ela explicou melhor com mais calma, disse que fazia uma semana que o Naldo levou as filhas dela para a casa da mãe dele e a não buscou , e que ela encontrou com um conhecido da mãe de Naldo e ao perguntar se as crianças estavam bem, o mesmo disse que as crianças dela não estavam lá na casa da mãe de Naldo não, mas como assim ele me disse que estavam lá, e por esse motivo começou toda aquela confusão com seu esposo, que ela de todo jeito queria que ele fosse com ela buscar suas filhas, o mesmo se negou e também não deixou ela ir, aí os ânimos se esquentaram e a briga foi inevitável, vera por fim voltou a sua casa mais calma, minha mãe disse pra ela conversar com calma com seu marido e no dia seguinte domingo juntos fossem buscar as crianças, e se ele não quisesse ir que era pra ela ir só, vera concordou e foi para sua casa mais tranquilizada .

A noite foi chegando, aquela noite foi um verdadeiro inferno que começou por volta das oito e meia,estavamos assistindo se eu não me engano a novela o outro escutamos um trotar igual de cavalo passando na rua , aquilo bateu no portão da casa de vera que derrubou um lado dele, meus irmãos já iam sair pra fora meu pai fez eles ficarem onde estavam, e que aquilo não era um cavalo nem boi, logo aquilo voltou correndo novamente deu volta e não sei que jeito pulou em nossa chácara, aquilo começou a rodear a casa, dava pra ouvir a respiração de cansado , urrava muito parecia que queria falar alguma coisa mas estava engasgado, ele dava a volta na casa ,parava e começava o urro novamente, era um desespero total dentro de casa, quanto mais a gente gritava mais aquilo ficava mais furioso, começou a bater na porta, nas janelas ,esse inferno durou uns vinte minutos e sumiu correndo novamente pro fundo, poucos minutos passou novamente correndo na rua, aquilo voltou por volta das 3 da manhã ficou urrando e gritando dentro da chácara do Naldo, ninguém saiu pra fora até que o dia clareasse , que noite infernal foi aquela.

No domingo aproveitei e fui na casa de minha namorada, não entrei no bar, meu sogro veio e sem enrolação me disse que aquilo que estava no quintal dele sexta a noite era um lobisomem, que ontem sábado o lobisomem não deu paz a ele ,que o bicho por volta das 10 horas voltou no seu quintal, estava mais feroz ,urrava muito,ele acendeu a luz de fora e foi até o Vitro da cozinha e pode ver aquele ser abaixado a cavar o chão, e que não se incomodou de estar sendo observado dessa vez, que o bicho rosnava igual um porco do mato , rolava na terra, enfiava o focinho e gritava muito, quando percebeu que estava sendo observado ele se posicionou em quatro patas em direção a janela e ficou olhando direto pra mim, ele abria a boca parecendo querer mostrar os enormes dentes , os olhos daquilo era vermelho feito fogo, muito preto e peludo, ele ficou naquela posição por uns 20 segundos , e veio caminhando bem devagar meio desengonçado em minha direção, chegando um pouco mais próximo aquilo se levantou e correu, foi o tempo de eu se afastar da janela ele começou a bater nela, quebrou alguns vidros e um insuportável cheiro igual a cachorro quando rola em carniça invadiu a casa, aquilo corria em volta da casa feito um louco ,com uma velocidade incrível, se jogava nas portas com tamanha violência que não acredito até agora elas não se romperem, arranhava as janelas urrava ,as vezes parava e dava pra ouvir sua respiração ofegante meia rouca , não demorava muito voltava a correr em volta a casa e a bater nas portas,estavamos todos apavorados aqui dentro de casa sem nenhuma arma para se defender, acho que percebeu que não conseguiria entrar e desistiu, pulou a porteira da frente e subiu ladeira acima , nossa já era várias pessoas falando que aquilo se tratava de um lobisomem, eu disse para meu sogro que aquele ser também nos atormentou em casa por volta das 8 e pouco e que eu desconfiava de alguém que estava virando essa fera, meu sogro me perguntou de quem eu estaria desconfiado ,fui direto com ele e respondi que era meu vizinho de chácara o Naldo, meu sogro só escutou, me chamou para irmos ao bar ,a vendinha que tinha lá aceitei o convite e fomos , chegando no bar o assunto não era outro ,o maldito lobisomem, não passou mais que 15 minutos quem entra no bar, era o Naldo ,estava de camisa preta manga comprida ,de calça, chapéu e descalço, entrou sem cumprimentar ninguém , notei que seus pés estavam sujos de barro parecia ter pisado no brejo, suas mãos também estava cheio de terra entre as unhas, e um cheiro estranho que não chegava a feder mas era tipo um suor forte, meu sogro evitou de ficar olhando reparando ele ou fazer qualquer comentário ,eu fiz o mesmo, Naldo foi até o balcão ,pediu uma dose de pinga ,foi para um canto e ali ficou bebendo, e o assunto no bar não parava só se ouvia sobre o maldito lobisomem, o senhor que dia antes teve as galinhas mortas e o cachorro ferido pelo maldito estava acompanhado por um rapaz , que eu não o conhecia até o momento que mais pra frente, fiquei sabendo ser um sobrinho dele que morava em minas gerais, que viera passar um tempo ali com o tio ,esse velho não parava de xingar , disse que a noite esse bicho voltou a casa dele , que pulou o cercado do galinheiro e fez uma terrível bagunça por ali, e quando ele saiu pra fora com uma espingarda o maldito já não estava mais dentro do galinheiro, que viu ele já do outro lado pular do chiqueiro com um leitão pequeno , segurando com a mão, ele disse que o bicho viu ele ,e que parou em pé colocou o porco na boca e abriu os braços ,tipo dizendo a ele ,pode atirar ,ele com receio de errar o tiro não atirou, foi se afastando pra traz devagar até que entrou em sua casa, foi acabar de trancar a porta um barulho grande de algo se chocou a porta ,e escutou quando o maldito saiu na carreira por dentro do mato, disse que o barulho na porta foi o porco que o bicho não comeu , matou ele e jogou na sua porta, e disse que naquele dia iria reunir um pessoal e dar fim naquela peste, aí o alvoroço tomou conta do bar, todo mundo ficou valente e começou uma falação sem fim,o único que só escutava e não dizia nada, era eu, meu sogro e Naldo, que ficava só olhando por baixo do chapéu

O Naldo terminou de tomar a pinga e foi se retirando do bar, quando ele passou em minha direção ele me olhou dentro dos meus olhos eu tive a impressão que os olhos dele estavam meio castanhos escuros, mas foi um olhar que me arrepiou a espinha, senti minhas pernas bambear , ele não disse uma palavra e foi embora , não vou mentir fiquei com tanto medo dele souber que eu sabia que ele virava o bicho ,ou desconfiava dele que sai dali e fui embora pra minha casa sem ao menos me despedir de ninguém.

No meio do caminho eu estava passando entre uma moita de bambu escutei alguém tossindo , e escarrar ,ao mesmo tempo parecia se engasgar eu besta resolvi ver o que se tratava aquilo, fui em direção ao bambu me deparei com vera a esposa de Naldo, ela vomitava uma gosma verde misturada com uns pedaços de carne ,e aquilo fedia muito , perguntei se ela estava bem ela respondeu que sim, então segui caminho sentido minha casa e vera foi comigo ,passou direto da casa dela e me acompanhou até a minha, e lá ficou conversando com minha mãe, engraçado que agora ela parecia conhecer minha mãe por muitos anos ,ser a melhor amiga dela, uma pessoa que a dois dias não dava nem bom dia ,de ontem pra hoje se tornou a melhor amiga.

Por volta das 4 da tarde uma nova confusão se instalou na casa de vera, Naldo gritava muito dizendo que vera era a culpada por toda aquela situação ,que ela sabia de tudo e era tão culpada quanto ele, maior confusão que resultou a arranhões e mordidas em Naldo vera estava descontrolada a ponto de puxar e arrancar cabelos de sua própria cabeça, como sempre algumas pessoas foram pra por um fim naquela bizarra situação não teve outra opção tiveram que acionar uma viatura policial, a polícia ao chegar tentou acalmar os dois mais vera não se acalmava , com o tempo foi o próprio Naldo que contou o ocorrido aos policiais ,em meio essa confusão toda viera meu cunhado assustado né dizendo que seu pai queria falar comigo naquele exato momento, aquele domingo obscuro parecia não ter fim, era uma coisa atrás da outra , segui meu cunhado aí chegar na casa de meu sogro minha namorada e minha sogra estavam chorando ,e meu sogro do lado de fora com uma inchada na mão, foi me puxando ao fundo de sua chácara e me mostrou algo que até hoje me dá revolta , vejo toda aquela cena se repetindo em minha memória, ali onde aquele monstro estava a cavar a terra tinha uma espécie de roupa, e uma sandália rosa,e uma parte coberta com folha de bananeira, foi meu sogro puxar a folha tinha um pedaço de perna toda roxa, em estado de composição alguns bichos já estavam ali devorando, o choque foi tão grande que não suportei e desmaiei ,acordei com minha sogra passando algo em meu nariz, parecia ser um pesadelo aquilo, mas não era ,disse ao meu sogro que tinha que chamar a polícia minha sogra concordou comigo e assim foi feito, os policiais ao chegarem foram até o local indicado pelo meu sogro, e ali ao desenterrar se depararam com as duas meninas mortas com algumas partes do corpo faltando, meu amigo eu digo a você ,os policiais choraram com tamanha violência cometida aquelas crianças, foram chegando mais policiais e pessoas que ficavam do lado de fora tentando ver o que se passava ali dentro,chegou um pessoal do IML da perícia, e retiraram os corpos dali, nossa aquilo era de uma natureza de uma barbaridade que só um animal poderia ter feito, precisei de umas duas horas pra tentar colocar meu estado mental em ordem, voltei embora meu cunhado foi comigo, chegando próximo a minha casa a confusão tinha terminado, muitas pessoas na rua conversando indignadas ,dizendo que vera e Naldo havia ter ido ambos presos por homicídio de suas filhas, o povo estavam sem acreditar naquilo tudo,se passou o domingo e nada mais aconteceu, na quarta feira encontrei meu sogro por acaso ao meio dia , horário de meu almoço e ao conversar com ele , o mesmo me disse que aquilo voltou em sua casa e me contou com detalhes .

Ontem terça feira por volta das uma hora da manhã o Tiago levantou pra beber água e deu um grito, levantei correndo assustado e ele estava sentado no chão da cozinha olhando para a janela, quando olhei pra janela aquele monstro estava lá, mexendo na terra desesperado , rolava em cima da terra ,gritava ,urrava muito, eu pude ver melhor que a outra vez, ele não estava nem um pouco preocupado comigo, aquilo era enorme maior que um novilho novo, com as partes traseiras muito alta , umas orelhas enormes penduradas, uma pelagem muito escura e tensa, aquilo babava muito dava pra ver a babá pingando entre umas presas enormes, ele ficava de quatro igual a um cachorro hora levantava e ficava em pé igual um homem ,jogava terra pro alto ,e se sacudia todo em meio aquela bagunça, gritava e rolava dentro do buraco, parecia muito gritos de dor, o barulho era tremendo e eu ali olhando tudo aquilo, parecia estar em alguma espécie de transe, escutei um tiro, logo em seguida mais 2 pelo menos um dos tiros pegou naquilo, que urrou se jogou no chão e ficou rolando gritando muito, se levantou e saiu correndo em pé mata adentro ,eu fingi que nem escutei e vi nada, voltamos pro quarto esperei clarear o dia, aí ia indo agora na casa de um compadre te encontrei .

Sexta feira, já estava todo mundo sabendo o que aconteceu com as meninas, Naldo quando disse a vera que iria levar as meninas na casa de sua mãe, não levou, ele estuprou e matou as duas crianças, o mistério estava como ele enterrou no fundo da casa de meu sogro, Naldo desde de domingo ficou preso, e vera liberada na segunda feira, aquilo mexeu ,bagunçou toda minha mente, se Naldo estava preso, se Naldo era o lobisomem ,como Naldo se transformou em lobisomem e fora visto na quarta ,estava tudo confuso ,se passou sábado, domingo, e até quinta feira da outra semana ninguém tinha notícias de vera, foi quando o dono da chácara veio pra saber o que estava se passando com seus caseiros ,ao abrir a porta encontrou vera morta com um sinal de tiro no abdômen , pessoal sei que a história é longa mas precisava contar o jeito que foi, até hoje fico a pensar ,será que vera era a fera, e se fosse ela será que ela que enterrou as meninas ali, será que vera ao se transformar teria plena consciência do que fazia, será que Naldo sabia da maldição de vera, será que foi Naldo mesmo que matou as crianças ,ou será que ele estava o com medo e resolveu assumir o crime, são respostas que busco até o atual momento.

Bom amiga Helen esse foi o relato de um amigo meu, os nomes estão trocados por pedido do mesmo, não posso afirmar se a história é verdadeira ,mas o mesmo me mostrou fotos e publicação no jornal das duas crianças , só não irei mandar porque fala o nome da cidade ,fica a critério de cada um acreditar ou não.

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