16. Não vou desistir até ter certeza

Luiza

Mas que droga, que não param de me ligar. Ninguém nunca me liga, agora esses dois não param.

Cheguei no hospital e desci correndo do carro entrando direto pela porta e procurando uma enfermeira mais próxima.

Luiza : Enfermeira?

Médica : Na verdade eu sou médica, mas posso lhe ajudar em algo?

Luiza : Será que você poderia me dizer o que deu esse exame, por favor.

Falei já aflita.

Médica : Claro, me de aqui.

Ela pegou meu celular e começou a ler.

Luiza : Parabéns, você vai ser mamãe.

Quando ela falou isso eu caí sentada, por sorte que tinha um sofá muito próximo a mim se não teria sido no chão mesmo.

Luiza : O-obrigada.

Médica : Magina, oque precisar pode me chamar.

Falou saindo pelo corredor e me deixando sozinha com meus pensamentos.

E agora?

Quem será o pai desse bebê?

Eu estava desesperada e nem se quer sei como arrumei forças pra ir pra casa, mas sabia que precisava ir.

Chegando em casa Bryan já me esperava, sem entender onde eu havia ido.

Bryan : Onde você estava? Eu tava preocupado.

Veio e me deu um leve abraço.

Luiza : Fui ao hospital.

Bryan : Hospital? Você está bem?

Luiza : Tô Bryan, apenas fui verificar o que deu meu exame porque eu não estava entendendo.

Bryan : Tá, mas e aí, oque deu?

Luiza : Vamos pro quarto.

Ele me olhou meio assim, mas subiu junto a mim.

Chegando eu mostrei o resultado pra ele.

Bryan : Não entendo, o que isso quer dizer?

Luiza : Tô grávida Bryan.

Ele ficou assustado, uma coisa é você suspeitar e outra é ter certeza, e agora tínhamos certeza.

Ele me abraçou meio sem jeito, ainda meio sem rumo. E logo saiu pela porta e desceu as escadas.

Bryan

Fiquei sem rumo e fui direto pra garagem pra sair, espairecer, precisava pensar no que fazer agora e em como contar isso ao Carlos.

Mas antes que pudesse sair pela porta, Maria viu meu transtorno e me parou.

Maria : Filho, oque houve?

Bryan : Deu positivo Maria, deu positivo.

Maria : Você vai ser papai querido?

Assenti com a cabeça e Maria me olhou cheia de alegria, mas seu semblante logo mudou ao perceber que eu não estava bem com a notícia.

Ela fez menção em falar algo, mas eu saí em disparada dali.

Rodrigo

Estava limpando a piscina quando minha mãe apareceu, toda animada.

Maria : Já soube, querido? Vamos ter um bebê nessa casa. Imagina só um bebezinho correndo por aqui.

Deixei cair os equipamentos que estavam na minha mão e a olhei incrédulo.

Rodrigo : A Luiza mãe, ela ta mesmo grá-grá-grávida?

Maria : Virou gago agora? E é lógico que é a Luiza, quem mais seria.

Sai dali e entrei pra casa da piscina, meio sem rumo, fui direto pro meu quarto, mas nem adiantou fechar a porta porque minha mãe entrou logo atrás.

Maria : Filho, eu percebi que você andava tendo uma quedinha por ela, mas agora com esse bebê, quem sabe você entende que entre vocês não pode existir nada. Ela é muito mais velha e é casada, e finalmente esse casamento gerou frutos.

Sai dali bravo pela minha mãe estar falando assim.

Saindo dali subi pro quarto da Luiza, sabia que Bryan podia estar lá, mas eu precisava descobrir se esse bebê é mesmo dele, eu tinha o direito de saber, precisava saber.

Cheguei em seu quarto e a porta estava aberta, fui entrando de vagar e não avistei Bryan.

Rodrigo : Está sozinha?

Luiza : Pelo visto, não por alguns meses.

Falou passando a mão na barriga.

Rodrigo : Então é verdade?

Luiza : Que estou grávida? Sim.

Rodrigo : Luiza, você sabe que preciso saber... Quais as chances de eu ser o pai desse bebê?

Ela virou as costas e tentou fugir pra não tocar no assunto.

Rodrigo : Luiza não foge, eu preciso saber. Você sabe que tenho esse direito.

Luiza : Rodrigo, não pira, esse bebê é filho do meu marido, jamais seria seu, para de ser doido.

Rodrigo : Doido Luiza, a gente não usou camisinha naquele dia, e faz uns 2 meses, que é o tempo que não vem pra ti, então não Luiza eu não sou doido.

Luiza : Para de pirar, acha mesmo que eu engravidaria de você? Você é uma criança, por favor, esquece o que aconteceu, e entenda que terei um filho junto ao meu marido.

Ela foi cruel, ela sabia que eu tinha motivos pra desconfiar que esse bebê fosse meu filho, e mesmo assim agiu como se eu fosse um imbecil por achar isso.

Sai dali extremamente bravo com as palavras dela, mas de uma coisa eu sabia, essa criança podia sim ser meu filho e eu não vou desistir até ter certeza.

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