5. Bryan que não me escute, mas perdia feio para ele

Luiza

Fiquei o resto do dia deitada em minha cama, não gostei nada do que Bryan falou e não quis papo, de tarde Maria quis me agradar e me trouxe um doce delicioso que só ela sabia fazer.

Continuei assistindo meus romances, porque pelo menos ali, os finais sempre eram felizes, e o amor parecia a coisa mais simples do mundo no final. Chorei algumas vezes pela minha situação, mas me mantive firme, preciso continuar, porque não quero dar o desgosto a minha mãe de voltar pra casa pra morar com ela, ainda mais que quem a sustenta hoje, somos eu e minha irmã, nós duas dividimos todas as despesas da casa e mandamos dinheiro à ela todo mês, pois ela nunca trabalhou e pelo visto nem pretende. E a empresa do meu pai ela vendeu logo após ele falecer. Eu e minha irmã fomos contra, mas acabamos aceitando no final.

Minha mãe é uma boa pessoa, mas muito acomodada, por isso quando Maria falou do filho que pensava que o dinheiro da mãe era dela e que ele podia andar com as próprias pernas fiquei muito pensativa. Jamais neguei um centavo a minha mãe, mas sei que esse dinheiro que sustenta a ela e a mim também, não é meu. Apesar de ter todo o direito a ele, em termos legais, já que somos casados. Mas esse dinheiro é do Bryan, não meu, não sinto que seja meu. Não acho que casais tem que ter cada um o seu dinheiro, mas nesse caso sinto que tudo aqui é dele, nunca me senti verdadeiramente em casa aqui dentro. Talvez pela indiferença do Bryan e pela mãe dele me odiar.

Eram 21h quando o Bryan chegou em casa, e eu simplesmente fingi estar dormindo.

Ele chegou e me deu um beijo na testa e foi tomar banho, logo voltou e virou pro lado dele da cama e dormiu.

Ele me tratava bem, mas ao mesmo tempo não era como se fossemos marido e mulher e sim amigos. Pois a meses que não sabia oque era se quer dar um beijo de verdade no meu marido, não dávamos nada além de selinhos.

Acabei adormecendo e no outro dia acordei cedo, por um milagre, e desci direto para tomar café.

Maria : Bom dia, nossa chego a estranhar, a senhorita acordada a essa hora.

Falou sorrindo.

Luiza : Bom dia, dormi cedo ontem por isso acordei cedo hoje.

Maria : Filha, esse é o Rodrigo, meu filho.

Ela falou fazendo sinal para que ele viesse da área de serviço até a cozinha, e quando ele entrou eu não pude me conter em ficar boquiaberta, ele era muito lindo, lindo num nível que não sei nem explicar. Tinha em média 1.85 de altura, olhos verdes, pele negra, corpo extremamente malhado, Bryan que não me escute, mas perdia feio pra ele, e olha que eu achava Bryan muito bonito, mas nossa que homem gato, apesar de aparentemente ser muito novo.

Luiza : Bom dia.

Rodrigo: Bom Dia.

Luiza : Quantos anos você tem?

Rodrigo: Dezenove.

Luiza : Nossa você é bem novo.

Rodrigo: Sou novo mas sou esforçado, darei conta do trabalho.

Luiza : Fique tranquilo, sei que dará conta. Pode começar hoje mesmo, e já se instalar na casa da piscina junto a sua mãe.

Rodrigo : Obrigado pela oportunidade senhora.

Luiza : Por favor não me chame de senhora, me faz parecer velha kkk.

Rodrigo

Assenti com a cabeça e vi minha mãe agradecer mais algumas vezes antes dela sair e subir as escadas.

Minha nossa, que mulher linda, ela é estonteante, apesar de ter uma feição triste quando saiu daqui. Mas quando eu entrei ela pareceu me olhar de uma forma mais animada e chegou até a me deixar sem jeito, ela parecia querer me devorar por inteiro. Preciso me controlar, e não pensar nessas coisas ela é minha chefe e casada com um dos caras mais ricos do mundo, tirando também que ela aparenta ter pouco menos que o dobro da minha idade, ou seja, tem idade pra ser minha mãe. Não posso me deixar levar. Uma mulher como essa jamais iria querer algo com um moleque feito eu.

Fui com minha mãe até a casa da piscina e ajeitei minhas coisas. Meu quarto era pequeno, mas extremamente aconchegante. E ali tinha tudo, era literalmente uma casa, não precisávamos de absolutamente nada da mansão para nos mantermos ali, tirando o fato de ter dois quartos e três banheiros, um em cada quarto e um ao lado da sala. E meu banheiro, pasmem, tem até hidromassagem mano. Nem tava acreditando no que via, nossa, só essa casa já vale mais que o bairro inteiro onde eu morava, magina então se mencionar o restante de toda aquela mansão gigante.

Depois de me instalar fui com minha mãe pra que ela me mostrasse as dependência da casa, e quando passamos em frente ao quarto da dona Luiza, minha mãe falou que esse me mostrava depois porque ela estava nos aposentos, porém no que passamos em frente a porta ela saiu e pareceu se assustar conosco.

Luiza : Há, oi gente.

Maria : Oi querida, estou apenas mostrando a casa para o Rodrigo, como ele será um faz tudo é ideal que saiba onde fica cada coisa nesse lugar. Mas o seu quarto pode deixar que mostro mais tarde.

Luiza : Magina, que isso Maria, pode entrar.

Fez menção em nos deixar entrar, mas em seguida parou.

Luiza : Quer saber Maria, deixe que eu mostro a casa pra ele, afinal, não estou fazendo nada mesmo. Eu nunca faço nada nesse lugar.

Falou revirando os olhos.

Maria : Tem certeza? Não queremos incomodar.

Luiza : De forma alguma Maria, não é incômodo, estou realmente precisando de algo para me distrair.

Maria : Ok então querida, o andar de baixo já mostrei a ele, ficou somente daqui para cima para mostrar.

Luiza : Ok, pode deixar comigo Maria, pode ir trabalhar tranquila.

Ela olhava para minha mãe que logo se distanciou.

Luiza : E aí, vamos?

Senti ela me olhar de cima a baixo, estava realmente difícil esses olhares dela pra mim. Só posso tá maluco.

Rodrigo : Bora.

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Autora: Pessoal, não estou falando que a Alemanha é ou não racista na vida real, lembrem-se que é um livro e nesse livro este é um país retratado dessa forma, não estou retratando nada dos racismos de hoje. Sejam ou não uma realidade, não vem ao caso para obra.

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