10. Você percebeu que ele é um menino, né?

Rodrigo : Quem era esse tal de Luciano.

Luiza : Ele é chefe minoritário desse shopping, por isso trabalha aqui pra ajudar a complementar sua renda. Ele e meu marido fazem negócio, mas já não tanto quanto antes.

Rodrigo : Entendi. Mas achei você extremamente seca com ele, e você não é assim com as pessoas. Vocês já tiveram algum problema?

Luiza : Ele não me chamou de senhorita porque se enganou, chamou pra me testar, ele sempre foi louco por mim, todas as reuniões que ele ia lá em casa com meu marido ele ficava me olhando, e chegou a dar em cima de mim na cara dura, me falando coisas absurdas e já até tentou me agarrar.

Rodrigo : Que canalha, se eu soubesse eu...

Rodrigo

Estava possesso de raiva, imbecil, quem ele pensa que é.

Luiza : Relaxa, eu o cortei na mesma hora, e falei que se ele queria continuar com seu emprego e suas ações nessa empresa, então que se cuidasse, porque se meu marido e os outros acionistas soubessem daquilo ele era um homem morto. E então ele parou, embora às vezes solte umas indiretas, mas nunca mais tocou no assunto e nem me desrespeitou... Ele sabe que mesmo que meu marido não faça nada com ele, os outros acionistas fariam, pois não iriam arriscar perder a fortuna dos Jhonsons por conta de um cara feito ele.

Apenas a olhei e liguei o carro pra que fossemos pra casa.

Estávamos em silêncio até que ela me solta uma pergunta que eu nem sabia o que responder.

Luiza : Você e sua mãe estão brigando por algum motivo?

Cheguei a me engasgar com a pergunta.

Rodrigo : Nã.. não é nada de mais, minha mãe está brava com algumas coisas, mas logo nos acertamos.

O silêncio voltou a reinar no carro, até que entrei no terreno da mansão, pois assim que o portão da garagem se abriu vi várias crianças correndo e gritando em direção ao carro. Tomei um susto e freei na hora. E eu mal freei Luiza desceu correndo e abraçando as crianças.

Luiza estava extremamente alegre em ver aquelas crianças. Desci do carro e uma delas abraçou minha perna.

Beatriz : Oi tio, como é seu nome.

Rodrigo : Oi, me chamo Rodrigo, como é seu nome?

Ela ria alegre em estar ali.

Beatriz : Me chamo Beatriz.

Luiza veio em minha direção com uma das crianças no colo.

Luiza : Esses são meus sobrinhos, João, Antonella, essa que você já conheceu é a Beatriz, no meu colo está o meu Miguel, e tem mais a Alice que deve estar lá dentro com a minha irmã.

Rodrigo : Quantos irmãos você tem?

Luiza deu risada.

Luiza : Somente uma. Mas ela não brinca em serviço Kkkkk.

Eles entraram e eu fui estacionar o carro.

Luiza

Entrei em casa em uma imensa alegria por ter meus pequenos aqui comigo, e vejo minha irmã dando de mama para a pequena Alice, que parou de mamar assim que me viu e já esticou seus bracinhos me pedindo colo. Aí meu Deus, quase que morro com tanta gostosura.

Deixei Miguel no chão e peguei Alice no colo, e comecei a aperta-la bastante.

Ana : Aí que bom que a mãe aqui não precisa nem de um oi, tô aqui só pra parir né.

Dei risada e lhe dei um beijo e um abraço. Apertando Alice entre nós duas, e a reclamona já reinou e esperneou.

Dei muita risada e comecei a ergue-lá e dar risada junto com ela.

Ana : Não esquece que ela mamou, se ela vomitar tudo em você não vou limpar não.

Luiza : Acho que é melhor eu brincar mais de leve.

Falei parando de sacudir ela, e Ana morreu de rir.

Logo sentei com ela no chão e meus outros sobrinho ficaram em volta pulando em cima de mim. Derrepente escuto Beatriz.

Beatriz : Vem tio, sai daí e vem brincar comigo.

Olhei pro lado da porta da garagem e vi ela vindo segurando a mão de Rodrigo. Ela foi com a cara dele desde o segundo que o viu, e a nossa querida Bia era braba que só, ela e não se misturava muito, então estranhei essa proximidade dela com alguém.

Ele me olhou com o olhar rendido, de quem aparentemente tentou fugir mas não conseguiu.

Ana olhou pra ele e me olhou na hora tentando entender quem era.

Rodrigo : O tio precisa trabalhar princesa. Depois a gente brinca.

Beatriz : Não, vem.

Falou o puxando pro tapete, e assim que ele se sentou ela se sentou em seu colo.

Dei risada com o quão sem graça ele estava, e começamos todo a brincar e dar risada enquanto minha irmã mexia no celular, mas não parava de nos observar.

Rodrigo : Lu, eu preciso trabalhar.

Luiza : Bia vem com a tia e deixa o tio Rodrigo trabalhar amor. Só agora, depois ele volta.

Meio a contra gosto mas ela lhe deu um beijo no rosto e veio ficar comigo.

Assim que ele saiu já ouvi Ana falar.

Ana : João, Nella, cuidem dos seus irmãos que a mamãe precisa conversar com a tia Luiza tá.

João : Sim senhora.

Antonella: Tá bom mãe.

Ana : Vem comigo Lu.

Ela deu um enorme ênfase no Lu, me fazendo entender na hora qual era o assunto.

Subimos pro meu quarto e ela mau fechou a porta e já veio falando.

Ana : Quem é aquele menino?...

Eu ia responder mas não deu nem tempo.

Ana : Aliás, você percebeu que ele é um menino né ?

Luiza: É o Rodrigo, ele trabalha aqui. E qual o problema dele ser novo?

Ana : Me diga você, Lu.

Enfatizou o Lu novamente.

Ana : Irmã, nunca te vi agir daquela forma com homem algum, e eu cheguei vocês tinham saído juntos.

Luiza : A propósito porque não me avisou que vinha?

Ana : Não muda de assunto Luiza Martinelli. O que tá rolando aqui?

Luiza : Nada Ana, nada.

Falei indo pro banheiro pra fugir do assunto. Porém, sem sucesso, ela me seguiu, aff, revirei os olhos.

Ana : Irmã, se não quer falar tudo bem, te respeito, mas acontece que nunca te vi assim com ninguém, e ele é um garoto, mas que te olha com um olhar de apaixonado, não a como negar que ele tá doido por você, agora quero saber de você, já que você é casada né meu bem.

Luiza : Sei que sou casada irmã, não está acontecendo nada entre nós, juro.

Falei já tirando a roupa e entrando no banho.

Ana : Ok então, só se cuida tá. Me preocupo muito contigo.

Ela falou já saindo do banheiro e me deixando tomar banho.

Me peguei lembrando de todos nós brincando e acabei dando risada sozinha.

Mas acabei me lembrando do que Ana falou. Do Rodrigo estar afim de mim. Será? Não acho que não, Maria e ele falavam de ele estar afim de alguém, mas não ouvi o nome.

Fiquei pensativa, mas logo saí de meus devaneios e fui me vestir.

Não adiantava ficar pensando nisso, até porque é loucura, não nos conhecemos nem a uma semana, ninguém se apaixona tão rápido.

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