Meu nome é Valentim Romano Fontana. Tenho 30 anos.
Sou filho de Luca Romano, ex-Don da máfia Cosa Nostra, e de Marie Fontana. Aos 21 anos, herdei de meu pai não apenas o comando da máfia, mas também a liderança da empresa da família.
Tenho dois irmãos: Aurora, minha irmã gêmea, e Domênico, seis anos mais novo que nós.
Domenico Romano Fontana 24 anos
Crescemos cercados de amor. Meus pais, casados há 26 anos, ainda vivem um romance digno de admiração. Eles são o meu maior exemplo — e também a minha maior dúvida. Sempre desejei ter um amor como o deles, mas aprendi que talvez isso não seja para todos. As mulheres que passaram pela minha vida se mostraram interesseiras e, embora meu pai insista em dizer que a mulher certa vai aparecer, confesso: não acredito mais.
Aurora também não teve sorte no amor. Por quatro anos, esteve com Roberto — um homem que parecia perfeito... até revelar-se um canalha. Traía minha irmã com qualquer mulher que cruzasse seu caminho e, pior, planejava aplicar um golpe em nossa família, acreditando que éramos apenas empresários comuns.
Meu pai foi o primeiro a descobrir sua verdadeira face. Tentamos abrir os olhos de Aurora, mas ela se recusava a enxergar. Então, deixamos que a verdade viesse por si só. Um dia, ela viu. Aquilo partiu o coração dela.
Fui obrigado a dar um fim em Roberto. Desde então, Aurora nunca mais se envolveu com ninguém.
Já Domênico vive sua fase de festas e aventuras passageiras. Não se apega, não se prende, ele sempre diz: para que estenderam uma mulher se pode se ter todas.
Apesar das decepções, nós três ainda sonhamos com um amor como o de nossos pais. Quando crianças, eu e Aurora sempre pedíamos que eles nos contassem como se conheceram. Nunca me esqueço do brilho nos olhos da minha mãe, como se ela revivesse cada detalhe.
Aurora seguiu os passos da minha mãe e se formou em arquitetura e hoje é vice-presidente da empresa. Escolheu não se envolver diretamente com os assuntos da máfia, mas não é indefesa: sabe lutar, atirar e foi treinada para se proteger. Na máfia, quem não sabe se defender vira presa fácil.
Eu, como Don, tive treinamentos ainda mais rigorosos. Domênico, por sua vez, tornou-se meu capo. Costumo dizer que eu e Aurora somos como cérebro e coração: ela herdou a inteligência e a ternura de nossa mãe, enquanto eu me pareço mais com meu pai — direto, prático. Domênico é o equilíbrio dos dois.
Hoje, não moro mais com meus pais. Comprei uma casa próxima à deles e vivo sozinho. Não por falta de amor, mas porque chega um momento em que um homem precisa construir sua própria história. Minha casa é meu santuário: só entra quem realmente merece. Nunca trouxe nenhuma mulher para dentro dela.
Meu pai sempre dizia: “Só se leva alguém para casa quando essa pessoa estiver destinada a ser sua esposa.”
Acredito que esse momento ainda está distante.
E há uma regra que jamais quebro: nunca me envolver com funcionárias.
Negócios e sentimentos não se misturam.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Adriana Neri
Seu amor está mais perto do que tu imagina.
2025-10-15
2
Fatima Vieira
vai se apaixonar por Manu
2025-10-20
1