Me Perdi no Seu Olhar Me Encontrei no Seu Sorriso

Me Perdi no Seu Olhar Me Encontrei no Seu Sorriso

conhecendo Malu

Começando mais uma história...

Este livro é a continuação de O Segredo de Marie: Os Filhos do Dom.

Agora, conheceremos a história dos filhos já crescidos — Valentim e Aurora.

este livro vai ter amor, vai ter romance, mas também terá torturas, violência, palavras de baixo calão e muitos hots, se você for sensível por favor não leia.

gostaria de pedir a todos, e se você não gostar por favor, não me ofenda, não denuncie, apenas pare de ler.

no meu último livro, a leitora denunciou porque disse que eu estava romantizando estupro, não gostaria que esse tipo de situação acontecesse com este livro, só lembrando que este livro é um romance mas que fala de "Máfia" desde já agradeço para quem começar boa leitura..

 

Meu nome é Maria Luiza, mas desde sempre me chamam de Malu. Tenho 25 anos, sou brasileira, nasci no interior de São Paulo e cresci pelas ruas de uma cidade chamada São José do Rio Preto. Hoje, a vida me trouxe para muito longe dali — moro na Itália.

Quero contar a vocês a minha história.

Não sei quem são meus pais. Fui deixada, ainda recém-nascida, na porta da casa de uma mulher chamada Mirtes. Foi ela quem me criou até os cinco anos de idade, mas não me lembro de seu rosto com clareza. Apenas sei que, em um dia comum, ela saiu dizendo que iria até a padaria… e nunca mais voltou. Eu fiquei esperando. Esperei horas, esperei até o sol se pôr, mas ela não voltou com o pão. Aquele foi o dia em que, com apenas cinco anos, conheci a solidão.

Passei dias sozinha, até que um homem apareceu e disse que me levaria a um abrigo. Mas, tomada pelo medo, fugi. Foi assim que minhas pequenas pernas me lançaram ao mundo cruel das ruas.

Durante quatro longos dias, me escondi embaixo de um carro abandonado, tremendo de frio e de fome. Até que encontrei Nino. Ele era quatro anos mais velho e, de algum modo, já sabia como sobreviver naquele cenário implacável. Foi ele quem me levou até um lugar cheio de crianças como nós. Mais tarde, entendi que era um abrigo para moradores de rua. Ali tive, pela primeira vez em dias, um prato de comida, um banho quente e uma cama.

Nino me protegeu desde o primeiro instante. Ele se tornou minha família. Com o tempo, conseguiu — pedindo favores aqui e ali — que nós dois fôssemos matriculados em uma escola. Vendíamos balas nos sinais para comprar o material escolar. Quando ele completou quatorze anos, arranjou emprego em uma oficina mecânica e conseguiu alugar um pequeno quarto para nós dois. Foi o nosso lar. Eu tinha dezesseis quando comecei a trabalhar em uma cafeteria, enquanto ele, já com vinte, sustentava parte de nossas despesas.

Vivemos assim, lado a lado, cuidando um do outro. Terminei apenas o ensino fundamental, mas segui trabalhando para nos mantermos.

Então veio o acidente: Nino se machucou gravemente na oficina e ficou meses internado. Tive medo de perdê-lo, medo de ver ruir a única família que eu tinha. Mas resistimos juntos. Ele sempre cuidou de mim, e foi a minha vez de cuidar dele.

O tempo passou. Numa noite qualquer, quando voltávamos para casa, presenciamos uma tentativa de assalto. Uma moça, com sotaque estrangeiro, era arrastada para um beco. Nós a ajudamos, porque sabíamos bem como funcionava aquele tipo de violência. Foi assim que conhecemos Kimberly — uma americana que morava na Itália e estava no Brasil em intercâmbio.

Kimberly se tornou nossa amiga inseparável. Por um tempo, cheguei a pensar que poderia surgir algo entre ela e Nino, mas não houve química. Mesmo assim, nós três nos tornamos inseparáveis. Ficamos tristes quando soubemos que ela voltaria à Itália em seis meses. Mas então veio a surpresa: Kimberly nos convidou para irmos com ela. Com alguns contatos, conseguiu vistos e documentos. Eu e Nino trabalhamos dobrado, juntamos o pouco dinheiro que tínhamos e embarcamos juntos nessa aventura.

Há seis anos moramos na Itália. Eu, Nino e Kimberly formamos uma família. Ela também era sozinha, e por isso nos escolhemos uns aos outros. Arrumei emprego em uma cafeteria graças a uma amiga de Kimberly, e acabamos nos tornando muito próximas. Hoje, somos grandes amigas.

Aurora — essa amiga — é uma pessoa maravilhosa. Rica, mas sempre me tratou como igual.

Nino, por sua vez, conseguiu um bom trabalho com um empresário importante, irmão gêmeo de Aurora. No começo, Nino era apenas um faz-tudo de confiança, mas, há dois anos, foi promovido a assistente pessoal do homem.

Kimberly atua na mesma empresa, no setor de RH.

Vivemos com dignidade. O que ganho é suficiente para ajudar com as despesas, e juntos conseguimos guardar um pouco de dinheiro. Nino conseguiu para mim uma bolsa em uma faculdade e, há dois anos, curso Arquitetura. Com o apoio dele e de Kimberly, estou conseguindo realizar meu sonho.

Porque, se a vida me ensinou algo, é que família não é só sangue.

Família é quem caminha ao nosso lado quando o mundo inteiro parece nos abandonar.

Mais populares

Comments

Vera F Strombeck

Vera F Strombeck

maravilha,li a história de Marie
começando ler a história dos filhos,já estou encantada

2025-10-15

3

Ivanilde T. Serra

Ivanilde T. Serra

Nossa já estou amando o primeiro capítulo, imagina o restante da história.

2025-10-16

1

Ana Marta Benedicto

Ana Marta Benedicto

o que esperar dos filhos de Marie será tudo de bom 🥰

2025-10-15

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!