quinto

Após o confronto na casa de segurança, Angel voltou para casa ainda em transe. A confissão de Dante – “Você é a minha perdição” – ecoava em sua cabeça, esmagando a inocência e confirmando o amor proibido. Ele a amava, mas a verdade era uma prisão.

​Ela não dormiu. Seus quinze anos pareciam evaporar a cada hora. Ela era uma garota apaixonada, mas ele a tinha tratado como uma propriedade perigosa.

​Na manhã seguinte, a rotina foi quebrada. Eduardo estava incomumente tenso, evitando o olhar dela. Bella tentou se aproximar, mas Angel mal conseguiu falar, ainda sob o peso das palavras de Lúcifer.

​O dia passou em uma espera angustiante. Angel sabia que a conversa do dia anterior não tinha sido o fim; tinha sido apenas o prefácio de algo muito maior.

​Ao cair da noite, uma mensagem chegou, trazida por um dos homens de confiança de Dante. Não era um convite; era uma convocação.

​Angel. Base principal. Agora. Não avise ninguém.

​Ela sabia que isso significava deixar Eduardo de fora. Seria um encontro Dante e Angel, o Dono e a Protegida, pela última vez.

​Ao chegar na base principal, o ambiente era diferente. Não havia fúria ou caos, mas uma seriedade gelada. Dante estava sozinho no grande escritório, a luz fraca da luminária iluminando um documento que estava sobre a mesa.

​Ele não se levantou, mas a encarou. O olhar dele estava cansado, mas inabalável. O homem do ciúme tinha sido substituído pelo Lúcifer que negociava destinos.

​— Sente-se, Anjo — ele ordenou, o vulgo soando mais oficial do que carinhoso.

​Angel obedeceu, o coração martelando.

​— Você está aqui porque eu quebrei uma regra minha ontem — disse Dante, a voz baixa e controlada. — Eu te mostrei o que eu sinto, e isso coloca você e o Morro em risco.

​— E por que você me chamou aqui, Dante? Para me dar mais uma ordem de confinamento?

​Dante balançou a cabeça. Ele empurrou o documento na direção dela. Era um papel antigo, amarelado, com assinaturas reconhecíveis.

​— Não. Eu te chamei aqui para te mostrar porque você é minha. Não por desejo, mas por lei.

​Angel olhou para o documento, confusa. A data era de anos atrás, e as assinaturas eram as de seu pai (o antigo Sub) e as do pai de Dante.

​— O que é isso? — Angel perguntou, o medo se instalando.

​Dante se levantou, caminhando até a janela.

​— Isso, Angel, é um acordo. Um pacto entre as famílias. Quando seu pai ainda era o Sub, e o meu ainda era o Dono.

​Ele se virou, a confissão era um tiro lento.

​— Seus pais e os meus, fizeram um contrato. Uma garantia de que o poder no Alemão ficaria unido e inquestionável. Eles selaram isso com um futuro.

​Angel olhava para o papel, as letras embaçadas.

​— O que eles selaram?

​— Eles selaram você. — Dante se aproximou da mesa, apoiando as mãos nela. — Anjo. Você não é a minha protegida. Você nunca foi a minha irmã. Você é a minha noiva.

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Comments

Leitora compulsiva

Leitora compulsiva

td que ela mais queria hahhahahahhaa

2025-10-10

1

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