terceiro

O tumulto era inevitável. E a chegada de Eduardo (o Sub) e Bella foi o único freio de mão que puxou Dante da beira do precipício.

​— Lúcifer! O que está havendo aqui?! — Eduardo se aproximou, vendo o chefe no limite do controle com a irmã.

​Dante soltou Angel bruscamente, a confissão da palavra "minha" ainda pairando no ar. Ele se virou para Eduardo, o olhar voltando a ser profissionalmente letal.

​— Acontece, Eduardo, que a sua irmã está desobedecendo minhas ordens. E eu não vou tolerar a exposição da minha responsabilidade!

​Ele esmagou a verdade com a mentira da hierarquia.

​— Leve-a para casa! E diga a esse moleque... — Dante olhou para Biel com um ódio que não era fingido. — Que ele é um homem morto se chegar perto de você novamente!

​Eduardo olhou para a irmã, depois para o chefe. Ele pegou Angel pelo braço.

​— Vamos, Anjo. Você cruzou a linha.

​Angel permitiu que Eduardo a levasse, mas não sem antes olhar por cima do ombro. Dante estava ali, o Lúcifer derrotado e vitorioso. Ele tinha agido como o Dono, mas tinha falado como o amante.

​O jogo tinha mudado. O ciúme dele era real. E agora, Anjo tinha certeza de que a maior ameaça à sua inocência não era o tráfico, mas sim o homem que a amava em segredo.

​A viagem da Baixa até a casa do antigo Sub foi feita no silêncio pesado da repreensão. Eduardo estava furioso, não como irmão, mas como o Sub que precisava manter a ordem do Dono.

​— Você ultrapassou todos os limites, Anjo — ele finalmente quebrou o silêncio, a voz baixa, mas tensa. — O Dante, o Dono, ele te trata com luvas. Ele não quer você envolvida, porra! E você o desrespeita na frente de todos, com aquele moleque…

​Angel, calada no banco ao lado, apenas observava as vielas passando. Ela não sentia medo do irmão. Sentia uma euforia perigosa.

​— Eu estava entediada, Eduardo. Você e o Dante me trancam.

​— A gente te protege! — O Sub socou o volante de leve. — Você é a Anjo. A irmã do Sub, a protegida do Lúcifer! Você não percebe o alvo que você é?!

​O alvo que você é. A palavra de Eduardo era o espelho das ordens de Dante, mas Angel só conseguia ouvir o rosnado possessivo na Baixa:

"Você é minha!"

​Ao chegarem em casa, Eduardo a encarou.

​— Não saia. O Dante vai te chamar para conversar. E quando o Lúcifer chama, não é para te dar parabéns.

Menos de dez minutos depois de Eduardo se trancar no escritório para ligar para a base, Bella já estava na porta do quarto de Angel, ofegante.

​— Puta que pariu, Anjo! Eu pensei que ele ia atirar no Biel!

​— Ele quase atirou em mim — Angel corrigiu, os olhos de quinze anos brilhando com uma mistura de susto e triunfo.

​Bella caiu na cama, os olhos arregalados.

​— Não. Você não viu. Eu vi o Dante de um jeito que nunca vi antes. Aquele não era o Lúcifer estressado, Angel. Era o homem com ciúme cego.

​— Ele disse que eu era a "responsabilidade dele" na frente do Eduardo — Angel sussurrou, testando a mentira.

​— Sim, mas antes ele disse que você era "dele"! Eu ouvi! O seu Dante te ama, Angel. De um jeito doentio e proibido, mas ele te ama. A máscara dele rachou.

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Comments

Leitora compulsiva

Leitora compulsiva

bem isso bella, a máscara está caindo

2025-10-10

2

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