Capítulo 4

Alya

Ele parece não se importar com o fato de eu estar o rejeitando. Isso parece deixá-lo ainda mais atraído por mim, por um segundo eu havia esquecido porque estava fugindo.

— “Nós dois, não vai acontecer, Nahual.”

— “Estou em desvantagem!” — ele se queixa.

— “Por que?” — pergunto sem entender o que ele disse.

— “Você sabe meus dois nomes e eu não sei ao menos um seu! Deveríamos ser sinceros um com o outro.”

— “Não tenho obrigação de ser sincera com você.” — rosno alto para ele — “Eu… eu preciso me afastar de você.”

Volto a correr e ele vem atrás de mim, consigo senti-lo quase mordendo meus calcanhares, mas o que ele não sabe é que estou acostumada a correr rápido como um Alfa já que acompanho meu pai e meu irmão por aí.

— “Como devo chamá-la?” — ele começa a me provocar — “Travessa? Minha amada? Minha… Luna?”

Eu paro ao ouvi-lo e isso acaba com nossos corpos se chocando e se embolando até batermos em uma rocha cheia de musgos. Sinto minha cabeça dolorida e tudo escurece.

Tem sons crepitantes no meu ouvido que ainda está zumbindo, ao tocar meu corpo sinto minha pele nua, mas também sinto um lençol me cobrindo. Tento levantar rápido ainda com os olhos fechados, mas ele me segura… seu cheiro predomina o lugar.

— Onde eu estou? — pergunto de olhos fechados.

— No meu refúgio. Fiz um lugar para ficar sozinho longe de todos, estamos perto de uma linda cachoeira.

— Zhaos, não acho bom ficarmos sozinhos em um lugar como esse… eu não posso me entregar para você.

— Por que não? É sua primeira bruma?

— Sim, é! Mas não é só por isso… quero me entregar para o meu escolhido, ter filhos e um lar.

— Queria que fosse a minha primeira para sermos os primeiros um do outro, mas é minha terceira. Posso saber seu nome e o da sua loba? — ele fala de forma gentil e somente agora abro meus olhos ao sentir ele limpar minha testa com um pano úmido.

— Me chamo Alya, minha loba se chama Zara. Me desculpe por ela, não é nada gentil ou paciente. — Zara rosna na minha mente.

— Nahual está louco por ela, e eu… por você.

— Não quero te iludir, obrigada por cuidar de mim, mas…

Zhaos me beija, me senti uma bomba sendo armada e explodindo. Quando senti de fato o toque das mãos dele no meu corpo nu minha bruma me fez mergulhar de cabeça no infinito.

Minhas mãos foram sozinhas até o rosto dele o puxando mais para mim. Meu coração parecia um motor potente de tanto que batia, quanto mais ele me beijava mais eu queria ser beijada por ele.

— O que… o que fez comigo? — pergunto tentando respirar enquanto meus lábios ainda catam os dele.

— Estou apenas mostrando para você o que eu senti lá atrás quando te encontrei perto do lago. Seu cheiro me levou até você e quando te vi você passou a ser a única coisa que eu quero ver até meu último suspiro.

Os beijos voltam, entre minhas pernas pulsa com desejo, desejo de ser tocada por ele ali e como se conseguisse ler meus pensamentos sinto seus dedos onde estava pulsando.

Ele faz movimentos circulares até que meu corpo caí para trás, eu ainda estava sentada na cama e agora não estou mais. Sinto algo se liberar e me deixar em êxtase, enquanto eu estava mergulhada nessa sensação Zhaos se posiciona entre as minhas pernas e se abaixa.

O toque da língua dele no meu ponto sensível enquanto eu ainda estava tendo meu primeiro orgasmø me fez ter outro. Meu corpo se inclinava para ele e tremia ao mesmo tempo, febre, me sinto febril… preciso de mais, de algo mais.

Zhaos fica de joelhos na cama, não é a primeira vez que vejo um membrø, sempre acontece uma vez ou outra quando voltamos a forma humana vermos alguns machos nus.

Mas o dele é grande e tem uma veia que salta. Minha curiosidade me domina e quando dou por mim já estou segurando-o com força e bombeando rapidamente. Zhaos geme e joga a cabeça para trás, soltando um uivo quando minha boca engole a cabeça de seu membrø.

Tudo entre nós fica selvagem de um segundo para o outro, ele me deita na cama e depois de lamber e mordiscar meu corpo todo para com seu rosto a centímetros do meu. Enquanto seu membrø começa a entrar, abrir passagem e romper meu hímen ele fala para mim:

— Minha! — Zhaos me beija tomando posse de mim depois que rompe meu hímen — Só minha.

Não senti dor, a necessidade era tanta de ser preenchida pelo macho que rejeitei meia hora atrás que não consigo pensar em mais nada além de me entregar para ele.

Foi uma noite incrível, paramos ao amanhecer e eu ainda estava tentando entender o que aconteceu quando senti Zhaos me marcar.

— Aaaiii… — olho para ele que me olha de volta com o olhar do seu lobo — Enlouqueceu?

Ele afasta seu cabelo vermelho que cai até na testa e fala:

— Sua vez!

— Não deveria ter feito isso, eu não vou marcar você.

— Quer que outra se aproxime de mim? — não sei o que deu em mim, ao ouvir a pergunta dele Zara quase se apossou de mim e eu o mordi, na curvatura do pescoço.

— Meu! Se você deixar outra se aproximar, acabo com você e com ela.

— Isso é tudo o que eu queria ouvir.

Ficamos naquela cabana até o anoitecer, minha mente estava a mil. Eu não podia aparecer com alguém agora, não antes do meu irmão, o futuro Alfa, ter sua Luna ao seu lado.

Como o lobo que eu rejeitei na noite passada está entre minhas pernas agora gemendo enquanto me lambe e eu me deixei ser marcada por ele?

O que aconteceu comigo?

E o pior de tudo: eu o marquei, temos uma ligação agora e pelo jeito dele me olhar me quer na sua vida, no seu coração e na sua alma… eu também o quero.

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