CASA DE ANÍBAL
A luz da manhã entra pela janela da cozinha. Aníbal está sentado à mesa, os olhos baixos, empurrando o pão com manteiga no prato. Ao seu lado, uma xícara de café já fria. A cadeira de rodas posicionada na mesa já é parte do cenário.
Jana está de avental, terminando de lavar a louça. Ela observa o filho. O silêncio entre eles é denso, incômodo.
Jana: Você não dormiu de novo… quer que eu faça aquele chá que te acalma?
Aníbal: Não. — responde friamente.
Jana seca as mãos e se senta de frente para ele. Por um instante, apenas observa o filho. Ele evita o olhar dela, mastigando sem vontade.
Jana: Eu liguei pra um médico ontem.
Aníbal revira os olhos lentamente, mas não diz nada.
Jana: É uma clínica especializada em reabilitação neuromuscular. Uma abordagem diferente.
Aníbal: Eles não têm mágica, mãe. Nem milagres. Minhas pernas não vão voltar.
Jana: Mas a sua esperança pode. E isso já é meio caminho.
Aníbal: Esperança não me ajuda a levantar da cama. Nem a tirar a culpa de cima de mim. — responde irônico.
Jana: Você não matou a Hellen.
Ele a encara com frieza. A tensão explode em silêncio por alguns segundos.
Aníbal: Você não viu o olhar da mãe dela. Eu vejo aquele olhar toda noite. Todo santo dia. Lembro dela me encarando naquela cama de hospital. depois de descobrir que a filha estava morta e mas, o que ela me disse depois... — chora.
■1 ANO E MEIO ANTES■
O quarto era silencioso, exceto pelo bip contínuo do monitor cardíaco. A janela estava entreaberta, deixando o cheiro de antisséptico se misturar com o ar frio da manhã.
Aníbal estava imóvel na cama, com tubos no nariz, marcas no rosto, o braço enfaixado e o corpo preso por faixas ao colchão. Ainda não tinha consciência plena da gravidade do seu estado.
Ele mal piscava. O olhar fixo no teto parecia ausente, como se os pensamentos estivessem presos a uma imagem que se repetia sem parar: o som do motor falhando, o grito de Hellen, a queda… e depois, o silêncio.
A porta abriu devagar. Passos firmes entraram no quarto.
■LEONOR■
Leonor: Assassino! — Gritou.
A voz cortou o ar como uma faca afiada.
Aníbal virou o rosto devagar. O impacto daquelas palavras foi como uma pancada no peito já ferido.
Ali estava Leonor, a mãe de Hellen, a mulher que o via como um segundo filho agora estava ali de frente pra ele o chamando de “Assassino”, com o rosto devastado, os olhos vermelhos de tanto chorar e um ódio que transbordava pelas narinas.
Aníbal: Dona Leonor…
Eu... eu sinto tanto. — Volta a chorar lembrando da cena.
Ela deu dois passos à frente, parando ao lado da cama, sem nenhuma pena da fragilidade dele.
Leonor: Sentir? Você sente? Você tirou minha filha de mim! Você a matou!
Aníbal tentou se erguer, mas o corpo não respondeu. O coração disparou.
Aníbal: O avião... Eu tentei salvar… eu não...
Leonor: Ela estava grávida, seu desgraçado!
O silêncio explodiu dentro do quarto.
Aníbal arregalou os olhos. A respiração falhou.
Aníbal: O quê?
Leonor: Grávida de quase três meses… E você destruiu TUDO!
As palavras entraram em sua mente como estilhaços. A imagem de Hellen voltou com força total. A risada dela, o vestido leve, a forma como segurava o estômago nos últimos dias…
Aníbal: Não… não... — sussurrou ele, as lágrimas começando a brotar, impotentes.
Leonor se aproximou até ficar bem perto do seu rosto.
Aníbal: Você não só matou minha filha. Matou o meu neto também. E quer saber o pior? Deus te puniu… porque agora você está aí. Sem andar. Sem sair da cama. Como um homem morto em vida.
E vai continuar assim ETERNAMENTE.
E então saiu, sem olhar para trás.
Aníbal ficou ali, sozinho, com o rosto coberto pelas lágrimas que não conseguiu conter. O quarto voltou ao silêncio, mas agora havia um peso novo, insuportável.
Ele não havia perdido apenas Hellen. Havia perdido um filho.
E a última coisa que ela teria lhe dito… teria sido uma vida.
■ATUALMENTE■
Jana engole o choro.
Aníbal: Eu matei o meu filho! Eu sou um monstro, e esse é o meu castigo.
Jana: Filho... a culpa não foi sua, você fez de tudo pra salvá-la...
Aníbal: Mas eu falhei, era melhor eu ter morrido.
Jana: Filho, eu sei que de onde a Hellen estiver, ela te deseja o melhor e sei que ela ficaria mal em saber que você não aceita uma ajuda que pode ser benéfica pra você.
Talvez… se você tentasse outra opinião… só uma vez. Se não der em nada, eu juro que nunca mais insisto.
Aníbal: Você não vai parar de me encher enquanto eu não for, né?
Ela nega com a cabeça.
Aníbal joga o guardanapo no prato, ainda irritado, mas vencido.
Aníbal: Tá bom. Eu vou. Só pra provar pra você que isso não serve pra nada.
Ela levanta e o beija na testa, com carinho materno.
Jana: Obrigada, meu filho. Você vai ver… pode ser o começo de algo bom.
Ela se afasta, e Aníbal a observa. Por trás da expressão fechada, um traço quase imperceptível de dúvida ou talvez… de esperança.
NA CLÍNICA DO DR. DOUGLAS
April, de jaleco branco bordado "April Guerra - Fisioterapeuta" cabelo preso em um coque apressado, caminhava pelo corredor da Clínica. Ela carrega uma prancheta, e seu rosto, apesar do cansaço, exala segurança e serenidade.
Ela entra numa ampla sala com equipamentos modernos de reabilitação. Barras paralelas, bicicletas ergométricas adaptadas, bolas de fisioterapia, esteiras com sistema de sustentação corporal e muitos outros.
Paciente 1 – Armando L. da Silva
Idade: 60 anos
Diagnóstico: Acidente Vascular Cerebral (AVC) recente
Objetivo terapêutico: Reeducação da marcha com apoio; melhora do equilíbrio e coordenação motora.
April se aproximou com um sorriso sereno. O senhor Armando, um homem de 60 anos com um ar orgulhoso e teimoso, já estava de pé entre as barras paralelas.
April: Bom dia, seu Armando. Dormiu bem?
Armando: Dormir eu dormi… levantar é que ainda não tá tão fácil. — sorriu ao vê-la entrando na sala.
Ela riu com ele, posicionando-se ao lado e ajustando levemente seu cotovelo.
April: Um passo de cada vez, lembra?
Ele respirou fundo e começou, os passos vacilantes, mas determinados. April acompanhava cada movimento com o olhar atento.
Armando: Vai anotando aí, doutora. Quando eu voltar a andar, vou dar uma volta de bicicleta lá em casa, como fazia antes.
April: E o senhor prometeu que vai me ensinar a pedalar, eu vou cobrar essa promessa!
Armando: E vou ensinar da mesma forma que ensinei aos meus filhos. — caminha com mais segurança.
April: Está indo muito bem, seu Armando!
Ele caminhava com brilho nos olhos.
■
Paciente 2 – Maria C. P. Oliveira
Idade: 17 anos
Diagnóstico: Paralisia parcial por lesão medular incompleta (nível torácico)
Objetivo terapêutico: Estimulação postural; ativação de memória muscular.
April se agachou diante da jovem de 17 anos, de cabelos presos em tranças e fones de ouvido no pescoço.
April: E aí, Maria… pronta pra desafiar a gravidade?
Maria: Eu tô com medo, April!
E se eu cair?
April: Eu te seguro até o dia em que você mesma nem precise mais de mim.
A adolescente sorriu de lado. April a posicionou na esteira de suporte e ajustou cuidadosamente o colete de sustentação para ajudá-la a ficar em pé. Aos poucos seus pés tocavam o chão.
April: Vamos ativar sua memória muscular. Seu corpo ainda lembra o que é andar. A gente só precisa acordar isso junto.
Maria: Caramba… Eu... eu tô mesmo em pé?
April: Sim... E tá indo muito bem.
O olhar da menina encheu de emoção disfarçada. Pela primeira vez em meses, via o mundo de outro ângulo, literalmente.
Maria: Isso é incrível! Obrigada, April!
Ela sorri ao ver a emoção da menina.
■
Paciente 3 – Donato D. Moraes
Idade: 42 anos
Diagnóstico: Trauma raquimedular (coluna lombar) com paresia dos membros inferiores
Objetivo terapêutico: Estímulo da musculatura atrofiada; melhora da resposta neuromuscular
Na maca, Donato observava April preparar os eletrodos com desconfiança.
Donato: Você acha mesmo que isso adianta?
April não perdeu o tom calmo e gentil. Ajeitou a posição dos fios com cuidado.
April: Eu acredito em cada nervo, em cada músculo. — Ligou o aparelho. Os pequenos choques estimularam os músculos da perna.
Donato: Ei... eu senti isso. — Fala assustado.
April: Exatamente. Seu corpo ainda responde. Ele só precisa de tempo, paciência… e uma dose diária de fé.
Donato: É... Talvez você esteja certa.
April: Talvez? Eu tô sempre certa. — Brinca.
Aníbal chega na clínica em sua cadeira de rodas, empurrado por sua mãe, que carrega a pasta com exames e relatórios médicos. O ambiente é claro, moderno e acolhedor. Ele está visivelmente incomodado, tenso, com os braços cruzados e o olhar duro.
Jana: Olha só… não parece nem um hospital. Parece até um hotel.
Aníbal: Faltou só o champanhe pra acompanhar. — Diz irônico.
Um funcionário os acompanha até a sala de avaliação, onde o Dr. Douglas, dono da clínica, os aguarda com uma prancheta nas mãos e um semblante sereno. Ele cumprimenta os dois com simpatia e profissionalismo. Aníbal entra sozinho.
Dr. Douglas: Sr. Aníbal, vamos conversar um pouco, tudo bem? Não se preocupe com exames por enquanto. Quero ouvir você.
Ele cruza os braços, tenso.
Aníbal: Minha coluna está rompida. Já fui nos melhores especialistas, já ouvi de tudo. Só tô aqui pra fazer a vontade da minha mãe.
O Dr. o observa com empatia e paciência.
Dr. Douglas: Diferente dos outros, eu tô aqui pra escutar. Depois, se você quiser, a gente tenta fazer algo diferente.
Enquanto Aníbal é avaliado, Jana, sentada na recepção, resolve andar um pouco. Ela caminha por um corredor amplo, onde as salas têm grandes janelas de vidro que permitem ver as sessões em andamento.
Ela para ao ver uma fisioterapeuta ajudando um menino a andar entre barras paralelas. O menino, ainda cambaleante, dá passos firmes com auxílio de uma cinta e do apoio da profissional. É April, concentrada, encorajando o pequeno com uma firmeza doce.
April: Muito bem, Gabriel! Isso, mais um passo… eu tô com você. Confia no seu corpo. Ele tá acordando.
Jana observa, emocionada, os olhos marejando.
Funcionária da limpeza: A família o trouxe desacreditado. Ele é neuro divergente ou algo assim. Os médicos diziam que ele nunca sequer sentaria sozinho e hoje ele tá aí, dando os primeiros passos.
Ela olha surpresa para a funcionária.
Jana: E essa moça… é quem cuida dele?
Funcionária: Sim, ela é a April Guerra. Uma das melhores que tem aqui. Trabalha aqui à quase 2 anos. Ela quem cuida do Gabriel desde o primeiro dia que ele pisou nessa clínica.
Jana volta a olhar para April, impactada. Pela primeira vez desde o acidente de Aníbal, uma fagulha de esperança acende no seu peito. A imagem de April sorrindo para o paciente toma o centro da tela.
Depois de escutar Aníbal por um bom tempo, Douglas iniciou alguns testes motores e neurais.
O clima é mais silencioso agora, mais tenso. Jana é chamada à sala e se senta discretamente ao lado.
Dr. Douglas: Bom, eu vou ser honesto, baseado nas observações iniciais... O seu caso é complexo, Aníbal.
Aníbal: Tá vendo, eu disse pra você! — Olhou pra mãe.
Dr. Douglas: Mas não é definitivo! — continua.
Eu diria que você tem cerca de 35% de chance de recuperar a marcha com fisioterapia intensiva e tempo.
Aníbal dá uma risada seca, quase irônica. Olha para o chão.
Aníbal: Trinta e cinco não está nem perto de cem.
Jana: Mas também não é zero.
Douglas observa o contraste entre os dois. Jana está visivelmente comovida e determinada. Ela respira fundo, decide arriscar.
Jana: Dr. Douglas, eu vi uma fisioterapeuta trabalhando com um garotinho… a April. Segundo me disseram, ele não tinha chance de andar. Eu quero ela! Quero que que ela fique 100% responsável pela recuperação do meu filho.
Douglas franze o cenho, surpreso. Coloca a prancheta sobre a mesa com calma.
Dr. Douglas: Dona Jana, isso é… incomum. Nossos profissionais seguem escala rotativa, e a April tem outros pacientes. Além disso, é preciso ver se ela tem disponibilidade, e se quer aceitar esse tipo de acompanhamento exclusivo.
Jana: Eu pago o que for preciso!
Só quero dar ao meu filho a maior chance possível.
Ele a encara, avaliando a insistência dela. Depois, respira fundo e acena com a cabeça.
Dr. Douglas: Tudo bem. Vou conversar com ela, mas já deixo uma coisa bem clara entre nós, eu não posso forçar a April a absolutamente nada, a decisão final será dela.
Jana: Concordo.
Aquela manhã havia chegado ao fim, ela se despediu de Gabriel e respirou fundo, tirando as luvas. As suas costas doíam um pouco, mas o coração estava leve. Aquele lugar, para ela, era mais que um trabalho. Era onde ela ajudava pessoas a se reencontrarem consigo mesmas. Ela vai até à pia, lava as mãos, respira fundo e se encosta na parede. Os seus olhos se fecham por um instante. Um suspiro longo escapa. O seu celular vibra. Mensagem de Clara.
📱💬 Clara: Olha quem comeu tudo!
📱💬April: Que lambança maravilhosa!
Já já eu chego aí!
Ela guarda o celular e se levanta pra ir até à sala de Douglas.
Ela dá algumas batidas na porta e coloca o rosto para dentro, feliz e radiante.
April: Doug, eu tô indo almoç...
Aí, perdão! Não sabia que estava com paciente.
Dr. Douglas: April! Estávamos falando de você, entra, vem cá.
April: Boa tarde! — Sorri para Jana e Aníbal.
Jana: Boa tarde, querida!
Aníbal nem sequer a olha nos olhos.
Dr. Douglas: April, esse é o Aníbal Ferreira, o nosso novo paciente e essa é a mãe dele, Dona Janaina.
April: É um prazer conhecê-los. — Sorri.
Jana: Senhorita, April... Eu vou direto ao ponto, não gosto de rodeios, eu vi a forma que você trabalhou com aquele garotinho e ali senti um aperto bom no meu coração.
Não sei, a forma que você faz o seu trabalho... me transmitiu um alívio enorme na alma.
April: Obrigada, fico feliz com isso!
Jana: April... Eu gostaria que você fosse a Fisioterapeuta particular do meu filho e trabalhasse única e exclusivamente para a recuperação dele.
April arregala os olhos, surpresa, mas mantém a postura.
April: Eu?!
Jana: Sim, querida! Quando vi você e vi como foi a evolução daquele garotinho, meu mundo se encheu de esperança.
April: Eu agradeço muito, senhora. Mas exclusividade não é muito comum. E eu tenho outros pacientes, não posso deixá-los na mão.
Jana: Querida... — Ela se levanta e segura na sua mão.
Eu te imploro.
Aníbal: Mãe, implorar é para os fracos, com certeza tem outras fisioterapeutas mais experientes que ela aqui!
Jana: Mais eu quero ela!
Eu vou te pagar o triplo do que ganha aqui!
April: Eu... Eu posso pensar com calma?
Jana: Claro! Olha... esse é número de telefone da minha casa, pode ligar a hora que for.
April: Eu prometo pensar com carinho, senhora.
Jana: Obrigada, querida!
Tenha um ótimo dia!
April: Vocês também!
Jana puxa a cadeira de Aníbal e vai embora com ele.
Dr. Douglas: April... Eu aceitaria a oferta!
April: Doug, mas é os meus pacientes?
Dr. Douglas: Nós podemos passá-los para outros profissionais, temos muitos.
Mas no caso do Aníbal, a mãe dele quer você!
April: Eu não sei!
Dr. Douglas: Pensa, você precisa desse dinheiro, precisa manter a casa, os medicamentos e as consultas da sua mãe e as coisas da sua filha! Ela tá crescendo e você sabe mais do que eu que uma criança custa muita caro!
Só eu sei quantas vezes você deixou de alimentar para colocar as coisas em casa pra sua mãe e sua filha.
April: Esse dinheiro cairia bem pra mim! Eu poderia comprar medicamentos melhores pra minha mãe!
Mas... também não quero te deixar na mão.
Dr. Douglas: April, pensa em você, não em mim!
E mais, mesmo você sendo a Fisioterapeuta particular dele, ele é registrado como paciente aqui da clínica!
Vou te mostrar o histórico clínico dele, se quiser pensar.
April: Eu aceito ver a ficha.
Se eu acreditar que posso fazer alguma diferença… então aceito o desafio.
Douglas faz um leve sorriso de aprovação. Fecha a pasta sobre a mesa e entrega a ela.
Dr. Douglas: É assim que se fala!
April: Nossa! Lesão medular grave!
Tenho que ativar as células neuromusculares e aí ele teria que passar por uma cirurgia, tudo isso em um pequeno período de tempo!
Dr. Douglas: Tá vendo, você já sabe perfeitamente o que deve fazer.
E aí? Vai aceitar o desafio?
April: Sabe que eu adoro um desafio! — Pega o celular e disca o número do telefone da casa de Jana.
📱Empregada: Casa da família Ferreira!
📱April: Boa tarde, eu sou a April Guerra, sou fisioterapeuta! A senhora Janaina me passou o contato.
📱Empregada: Ela não está, ainda não chegou.
📱April: Imaginei, poderia por favor falar que eu ligarei novamente, umas 19h?
📱Empregada: Claro, como a senhora disse que se chama?
📱April: April! Sou April Guerra.
📱Empregada: Certo, eu passo o recado.
📱April: Obrigada! — Desliga.
Dr. Douglas: É assim que se fala!
Seus pacientes vou repartir entre os outros profissionais, mas não se preocupe, depois que você terminar o seu serviço com o Aníbal, você pega elas de volta.
■
Jana: O quê você achou da fisioterapeuta?
Aníbal: Normal...
Jana: Muito bonita, né?
Aníbal: Achei ela meio sem sal, não sei, antipática.
Jana: Antipático é você, viu que sorriso lindo ela tem e que serenidade no olhar!
Você tinha que ter visto ela trabalhando com o garotinho, era lindo de se ver.
Tomara que ela aceite a proposta que eu fiz!
Aníbal: Não sei não, ela não parecia nem um pouco segura.
Jana: Você é um pessimista, Aníbal!
CASA DE APRIL
April: Oi, minha princesa! — Abre a porta de casa!
Kally gargalha ao ver a mãe na entrada e engatinha até ela.
April: Vem com a mamãe, minha princesa! — A pega no colo e a beija.
E o meu beijo? Cadê?
Kally baba seu rosto, como se a estivesse beijando.
Clara: Oi, April! Ia dar banho nela agora.
April: Pode deixar, eu dou banho nela hoje.
E a Susana?
Clara: Foi levar sua mãe pra dar uma volta e aproveitar o sol.
April: Que bom, faz bem pra ela!
Clara: A gente almoçou já tem um tempinho, então a comida já deve tá fria, quer que eu esquente pra você?
April: Se você puder, eu te agradeço muito, Clarinha!
Clara: Imagina! Vou lá pra você.
April: Obrigada, Clara!
E você, mocinha, pro chuveiro!
Você tá com cheiro de feijão batido com ovos.
CASA DE ANÍBAL
Aníbal é levado pra dentro da casa com a ajuda de Tiago, o motorista da família.
Jana: Obrigada, Tiago.
Tiago: Por nada, senhora. — Se retira.
Ofélia: Dona Janaina, a Fisioterapeuta ligou.
Jana: A April?
Ofélia: Sim, ela disse que retornaria a ligação às 19h.
Jana: Se ela vai retornar é porque, pretende aceitar!
Aníbal bufa e revira os olhos.
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Comments
Arminda Celebrini
🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔🤔 A MÃE PENSANDO QUE TEM QUE FAZER ALGO , PRA TIRAR O FILHO DESTE NADA🤔🤔🤔🤔🤔🤔
2025-08-15
1
MARIA RITA ARAUJO
😂😂😂😂 o Aníbal não admite que gostou em saber que tem chances de voltar a andar
2025-08-02
3
Arminda Celebrini
😔😔😔😔😔😔😔😔ELE NÃO CONSEGUIA ESQUECER A IMAGEM DE HELLEN.
2025-08-12
1