O dia estava ensolarado e calmo na base dos **Wild Aces**\, um raro momento de trégua. Jane\, Erik e Salma aproveitavam a paz\, andando despreocupadamente pelo hangar\, até que Erik avistou\, em um pedestal giratório\, um impressionante **aeromodelo**: uma réplica perfeita de um caça de combate.
— Uau… olha isso! — exclamou, se aproximando. — Parece de verdade!
Salma se aproximou e assobiou:
— Tá mais bem cuidado que a gente…
Jane cruzou os braços, avaliando:
— Só um idiota deixaria isso no meio do hangar…
Erik deu aquela risadinha típica:
— Aposto que dá pra girar a hélice.
— Erik… — advertiu Salma.
— Só UM toquezinho…
Antes que Jane ou Salma pudessem impedir, Erik tocou na hélice…
**CREC**
O aeromodelo\, instável\, girou e… **despencou do pedestal**\, quebrando a asa em duas partes e arrancando um ruído agudo do impacto.
Silêncio mortal.
Jane arregalou os olhos:
— Erik… O QUE VOCÊ FEZ?!
— Foi sem querer! — desesperou-se, erguendo as mãos.
Salma se inclinou, examinando os destroços:
— Ah não… olha isso…
Jane esfregou o rosto, angustiada:
— De quem é essa coisa?
Nesse instante, um técnico que passava, viu a cena e soltou:
— Esse é o aeromodelo preferido do Mathew…
Os três congelaram.
— O QUÊ?! — gritaram em uníssono.
Erik começou a hiperventilar:
— Ele vai me matar… ele vai arrancar minha cabeça…
Salma agarrou os dois pelos uniformes:
— CORRAM!
O trio correu desesperado pelo hangar e se escondeu no refeitório, mergulhando numa mesa, tentando parecer o mais normal possível.
— Ele nunca vai nos procurar aqui… — sussurrou Erik.
— Fiquem calmos… — disse Jane, fingindo mexer na comida.
Nesse momento, a porta do refeitório se abriu com aquele som metálico ameaçador.
**CLANK… CLANK… CLANK…**
E lá estava Mathew…
Mas não olhando para eles. Apenas caminhando direto ao balcão\, pegando uma bandeja e\, calmamente\, escolhendo… **batatas**.
Jane, com o rosto semi-enterrado na bandeja:
— Não pode ser…
Erik, suando:
— Ele tá… ELE TÁ AQUI!
Mathew, sem olhar, falou alto, para ninguém em específico:
— Engraçado… parece que alguém… quebrou… meu aeromodelo hoje…
Jane deu um pulo:
— COMO ELE SABE?!
Mathew virou levemente a cabeça, encarando-os com aquele olhar gélido.
— Corram! — gritou Erik.
E eles saíram disparados pela porta dos fundos.
O trio se escondeu atrás de caixas no armazém de suprimentos, ofegantes.
— Ele… não pode… estar em todos os lugares… — arfou Erik.
Salma olhou em volta:
— Aqui estamos seguros.
De repente, o comunicador no peito de Jane emitiu:
**“O lider Mathew requisita peças do armazém… imediatamente.”**
Os três se entreolharam, em pânico.
— NÃO! — gritaram juntos.
Começaram a se arrastar discretamente em direção à saída, mas…
**— Achei vocês.**
Mathew surgiu calmamente por trás de uma pilha de caixas, segurando uma prancheta.
— Não acredito… — gemeu Jane.
— Ele é um monstro… — sussurrou Erik.
Mathew ergueu uma sobrancelha:
— Estão fugindo… de quê?
Antes que respondessem, Jane gritou:
— CORRE!
E novamente, o trio disparou, esbarrando em caixas e derrubando mantimentos.
Desesperados, decidiram fugir para a cidade.
— Ele não pode ter negócios lá… — garantiu Salma.
— É a nossa única chance! — concordou Jane.
Em poucos minutos estavam no bar da cidade, sentados, finalmente relaxando com copos de cerveja.
— Tá vendo? — disse Erik, sorrindo. — Estamos livres!
Jane ergueu o copo:
— Ao fim da perseguição!
Todos brindaram.
Nesse momento… a porta do bar abriu.
**CLANK… CLANK… CLANK…**
Mathew entrou, olhando um papel na mão.
— Ah… vocês aqui.
Os três ficaram paralisados, copos a meio caminho da boca.
— O… o que tá… FAZENDO AQUI?! — gritou Erik.
Mathew levantou o papel:
— Vim buscar… um recibo de manutenção.
Olhou friamente para eles.
— Mas aproveito pra dizer… que sei que vocês quebraram meu aeromodelo.
Jane ergueu as mãos, rendida:
— Tá… tá bom! Fomos nós! Mas foi sem querer! Estávamos com medo da sua reação!
Mathew respirou fundo, colocando o papel no balcão.
— Vocês deviam… só ter falado comigo.
O trio suspirou, aliviado.
— Sério? Só isso? — perguntou Salma.
— Estamos livres? — disse Erik, já se levantando.
Mathew começou a sair pela porta… então parou. Sem se virar, apenas disse:
— Ah… mais uma coisa.
Eles gelaram.
Mathew virou-se levemente, com aquele meio sorriso sádico:
— Como punição… vocês vão descascar… **batatas**… por três semanas.
Jane soltou um gemido:
— NÃOOOOO!
Erik se ajoelhou:
— Por queeee?!
Salma apenas riu, aceitando o destino.
Mathew então saiu, calmo, deixando o trio no bar, derrotado, já imaginando os calos e cortes nas mãos.
Jane soltou, deitada na mesa:
— Podia ter sido pior…
Erik olhou pra ela, incrédulo:
— COMO?!
Jane sorriu, maliciosa:
— Ele podia ter mandado a gente… polir o aeromodelo quebrado.
Todos riram… e brindaram mais uma vez\, aceitando que\, nos **Wild Aces**\, até o descanso podia ser uma aventura
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Atualizado até capítulo 68
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