Viktor Narrando
Cai em meu sofá, e fiquei sorrindo para as paredes, e logo Rose aparece com um pano de prato em mãos.
- que bom que está sorrindente, aconteceu algo de bom no serviço ?- perguntou a mulher curioso
- Rose, por que ainda está acordada ?, já são quase duas da madrugada - perguntei olhando em meu relógio de pulso
- acordei para atender uma ligação e não consegui dormir - falou ela me deixando preocupado
- aconteceu alguma coisa com sua família ?- perguntei curioso
- não estão, todos bem - falou ela sorrindo - mas então, quer me dizer o por que está tão sorridente, faz dias que não te vejo assim. Sempre te via chorando pelos cantos - falou ela me encarando
- hoje eu fiquei de tocaia nas joalherias do centro, por que estavam sendo assaltadas recorrentemente. E eu conheci um garoto magnífico, ele é diferente de todo mundo, é um doce de pessoa - falei sorrindo
- não sabia que gostava dessas coisas. Mas tudo bem, se ele te faz bem, é o que importa - disse ela sorrindo
- não Rose, nós somos apenas amigos, não temos nada sério - falei encarando a mulher
- pelo jeito que falou do garoto, me pareceu que gosta dele - disse ela sorrindo
- não tem como não gostar Rose, se conhecesse ele, iria saber do que estou falando - disse sorrindo
- tudo bem, eu vou me deitar, ainda precisa de alguma coisa ?- perguntou ela se levantando do sofá
- não, pode ir - disse beijando a bochecha da mulher que apenas sorriu
Fiquei ali na sala olhando a parede e pensando em tudo que a Rose havia falado, realmente eu estava sentindo algo diferente crescendo dentro de mim.
Em meio a aqueles pensamentos bons acabei indo dormir. Acordei de manhã com uns passarinhos barulhando na minha janela, me encaminhei até a mesma e constatei que havia um ninho ali na árvore
- vocês tinham que fazer ninho justo na minha janela - falei passando a mão sobre o rosto
Caminhei até o banheiro e escovei os dentes, e desci as escadas logo em seguida. Me sentei na cadeira, e logo Rose aparece.
- bom dia Rose - falei sorrindo
- bom dia senhor - disse ele sorrindo também
A mulher colocou algumas coisas sobre a mesa, e logo eu comecei a comer. Assim que terminei me retirei, e segui em direção a delegacia, entrei na sala do delegado, e o mesmo se assustou com o meu ânimo repentino.
- receio que está querendo algum caso ?- perguntou ele já sabendo a resposta
- sim, por favor
- bom, hoje não temos ocorrência, você vai ficar de tocaia de novo, parece que pela primeira vez na semana não teve assaltos - disse ele sorrindo
- ok, a propósito, coloque o Wilson em outro caso, eu posso me virar sozinho, caso aconteça algo eu solícito reforço - disse sorrindo
- tudo bem, tenho algo para ele fazer - falou o delegado também sorrindo
Andei pela delegacia, e logo peguei a viatura saindo do local. Cheguei em frente as joalherias e fiquei ali do mesmo jeito que estava na noite passada.
Após alguns minutos ali parado, notei que Vinicius estava passando, e logo ele me avista e se aproxima do carro.
- será que podemos conversar cara ?- perguntou ele logo após eu ter abaixado o vidro
- você rouba minha namorada e agora quer conversar - disse o encarando ferozmente
- eu não a roubei, ela se entregou a mim. E eu descobri que era tudo parte de um jogo dela - disse ele abaixando a cabeça - vai, me dá uma chance de me desculpar
- seja rápido - falei impaciente
- eu sei que o que eu fiz foi errado, e eu te peço desculpas, não sabia que a Camile estava me usando como laranja
- por que separou ?- perguntei curioso
- ela disse que eu não servia para ela, ela queria você, por que você tem dinheiro, e eu não passava de um pobre lascado - disse ele fazendo aspas com os dedos
- ela me disse ao contrário, ela disse que você não a queria - falei vendo ele arregalar os olhos
- isso foi um jogo para tentar te reconquistar, espero que ela não tenha conseguido - disse ele me encarando
- na verdade não conseguiu, não quero a Camile na minha vida, ela vai encontrar uma pessoa que banque seus vícios - falei sem o encarar
- vai cara, me desculpa, vamos deixar isso no passado - falou com cara de cachorro que caiu da mudança
- tudo bem, você me ajudou a descobrir a verdadeira pessoa que estava embaixo do meu teto, e outra coisa, nós somos amigos desde a infância, nunca brigamos por mulher - falei sorrindo
- valeu cara, não sei se conseguiria viver brigado com você - disse ele estendendo a mão
Apertei a mão do homem que sorriu amigavelmente. Ficamos conversando sobre tudo que aconteceu, e logo começou a anoitecer, Vinícius foi embora me deixando sozinho mais uma vez.
Olhei para o outro lado da rua, e ali parado estava o mesmo garoto da noite passada. Abri a porta da viatura para que ele pudesse me ver,e assim ele se aproximou sorrindo.
- er....oi- disse ele vergonhosamente
- oi, não me diga que veio roubar ?- perguntei curioso
- não, você me disse que estaria aqui, então eu vim - falou ele me encarando
- está com fome ?- perguntei o encarando
- bastante - falou ele sorrindo
- vem comigo - disse estendendo a mão para ele
O garoto relutou alguns segundos e logo segurou em minha mão. O toque dele era calmo, sua mão era extremamente macia e lisinha, andamos até uma lanchonete que havia por ali.
- o cardápio por favor - pedi para uma garçonete que me encarou dos pés a cabeça
Logo a mulher me entregou o cardápio e eu dei pro garoto.
- peça o que quiser - falei sorrindo
Ele pegou o cardápio e começou a folhear, logo após alguns minutos ele me encarou.
- e então ?- perguntei na intensão de saber o que ele iria comer
- pode ser um x-tudo e uma coca com gelo e limão - disse ele
- para mim pode ser o mesmo do garoto - disse entregando o cardápio para a garçonete
- vão comer agora ou levar para a viagem ?- perguntou a mulher nos encarando
- para levar - disse sorrindo
- Doug, não quero que fique me alimentando, não quero ser um empecilho para você, e também você não me conhece - falou ele me surpreendendo com suas palavras
- exatamente,não nos conhecemos, mas algo em mim quer te conhecer, e não se preocupe, gosto de ajudar as pessoas, mesmo que não mereça - falei sorrindo
Logo os pedidos chegam, peguei a sacola da mão da garçonete e saímos do estabelecimento, ele entrou na viatura e eu entrei no banco do motorista. E assim como não noite anterior ele atacou o lanche.
- quer me contar como foi o seu dia ?, quem sabe assim não poderemos nos conhecer mais - disse sorrindo e mordendo meu lanche
- meu dia foi normal, fiz uma pequena compra com aquele dinheiro que me deu, escutei algumas reclamações da minha mãe, mas nada que eu já não tenha escutado antes - falou ele dando de ombros
- por que reclamações ?- perguntei curioso
- ela acha que eu estou me vendendo - disse ele gargalhando levemente
- que absurdo uma mãe pensar isso - falei mordendo o lanche
Ele me contou mais algumas coisas de sua vida, e eu também contei sobre o meu dia a dia.
- qualquer dia desses eu vou te levar lá em casa, a Rose vai adorar te conhecer - falei sorrindo
- pelo jeito que fala dela, ela deve ser uma ótima pessoa - falou ele sorrindo lindamente
Ele acabou mordendo o lanche, e sujou a bochecha. Peguei um guardanapo e me aproximei dele, passei no local que estava sujo, logo meus olhos se encontraram com os dele, eu estava em um misto de emoção, meu coração estava acelerado, dava para sentir que ele estava usando um perfume feminino.
Ele começou a aproximar seu rosto do meu, comecei a sentir a sua respiração, vez ou outra ele olhava para a minha boca, e eu fazia a mesma coisa. Rapidamente eu me afastei e respirei profundamente.
- me desculpe, fui limpar sua bochecha que estava suja de ketchup - disse respirando descompassadamente
- ah obrigado - disse ele sorrindo - bom, eu tenho que ir, deixei meu irmão sozinho com a cobra - falou ele me encarando
- cobra ?- perguntei arqueando a sobrancelha
- é, eu chamo aquela mulher desse modo, ela não merece o título de mãe - falou ele sem esboçar reação
- se algo de ruim acontecer, não hesite em me contar - falei lhe encarando
- pode deixar - disse ele abrindo a porta do carro
- afinal, como se chama, não tive a oportunidade de pergunta-lhe
- aí que indecência a minha, eu me chamo Tales - disse ele sorrindo e fechando a porta - muito obrigado Doug
- por nada garoto, até amanhã - disse sorrindo
Ele começou a caminha e logo desapareceu, fiquei ali no carro perdido em pensamentos, não sei o que estava acontecendo comigo, mas eu gostava do jeito que ele me deixava.
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Atualizado até capítulo 23
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