Capítulo Três

Victor Narrando

Acordei de manhã com os pássaros cantando na minha janela, esfreguei meus olhos e me levantei da cama. Me olhei no espelho do banheiro e eu estava um bagaço, escovei meus dentes e logo em seguida desci as escadas, em meu sofá estava Camile, ao vê-la ali, meu sangue esquentou.

- o que faz aqui ?, não está feliz com seu namorado ?-perguntei chamando a atenção da garota

- o Vinícius me largou, ele disse que eu não servia para ele - disse ela deixando algumas lágrimas caírem

- aqui se faz, aqui se paga - disse sorrindo levemente

- por favor Douglas me perdoa, eu juro que não queria dizer aquilo tudo - falou ela me encarando

- você está perdoada, mas não ache que vamos reatar o relacionamento - disse encarando a garota

- por que não ?, eu sou tudo o que você sempre quis - falou ela me encarando perplexa

- você era tudo que eu sempre quis, até eu descobrir as suas verdadeiras intensões - falei cruzando os braços - volte para o Vinícius, eu sei que ele vai te querer de volta

- está me expulsando ?- perguntou a garota me franzindo o cenho

- sim, eu disse para não me procurar, isso ainda não mudou - disse abrindo a porta

- você ainda vai ser meu Douglas, escuta o que eu estou te dizendo - falou a garota passando pela porta

- sonha querida - gritei para que ela pudesse ouvir

Caminhei para a cozinha, e Rose estava preparando a mesa do café.

- Rose, se a Camile vir me procurar novamente, não a deixe entrar, não quero ter mais nenhum contato com ela - disse me sentando na cadeira

- tudo bem senhor, eu apenas a deixei entrar por que ela disse que precisava conversar urgentemente com você - disse a mulher sem me olhar

- sim, ela veio me pedir perdão, disse que o Vinícius a largou, eu acho bom - disse sorrindo

- o mundo dá volta meu filho - falou Rose colocando um pouco de café sobre a mesa

Tomei meu café da manhã, e subi para meu quarto, peguei minha mochila, e sai do quarto novamente.

- Rose estou indo trabalhar, preciso espairecer a cabeça, não se preocupe comigo - disse chamando a atenção da mulher que lavava as louças

- tudo bem, se precisar pode me ligar - falou ela sorrindo

Sai de casa e entrei em meu carro, após alguns minutos cheguei no distrito. Coloquei meu uniforme e segui para a sala do delegado.

- o que faz aqui ?, pensei que não iria vir hoje - perguntou o homem me encarando

- eu precisava espairecer a cabeça, e em casa isso não iria dar certo. Vamos delegado, me dê aí casos que ainda não foram solucionados - disse encarando o homem que apenas sorriu

- bom, o nosso principal caso é sobre o roubo das joalherias - falou ele sorrindo

- pode deixar, eu vou ficar de tocaia no centro, provavelmente ele vão atacar hoje - falei sorrindo

- tudo bem, o Wilson não irá vir hoje, parece que ele precisará comparecer a alguma reunião de escola da filha dele - disse o delegado sorrindo

- tudo bem, se eu precisar de ajuda, solicito reforços - falei fechando a porta

Entrei na viatura e logo sai da delegacia, segui para o centro e quando cheguei, encostei o carro em um local que dava para ficar de olho nas joalherias que ainda não foram assaltadas.

Quando havia começado a escurecer, eu já estava quase cochilando dentro da viatura, e logo percebi uma movimentação na entrada de uma das joalherias. Sai do carro e encaminhei perto do garoto que tentava entrar na loja.

- paradinho aí, se não a coisa vai ficar feia - disse vendo o garoto levantar as mãos - vire-se - ordenei

Ali em minha frente estava o mesmo garoto da noite passada, coloquei minha arma no coldre e me aproximei dele.

- parece que não entendeu quando eu disse que não queria lhe ver por aqui - disse encarando-lhe

- me desculpa senhor policial, mas eu precisava

- garoto isso não é vida para você, acredite a visão da cadeia é horrível, ainda mais para você que é jovem - falei sorrindo

- não vai me revistar ?- perguntou ele me encarando

- não, você não entrou na loja então não está com nada - disse constatando o óbvio

- não está com medo de que eu esteja armado ?- perguntou ele me encarando

- você não está armado, se estivesse já teria atirado - disse me aproximando do garoto

O garoto encostou suas costas na vitrine da loja. Meu rosto estava bem próximo do dele, dava para sentir a respiração dele.

- você vem comigo - disse puxando o rapaz pela mão

Segui para a viatura, e abri a porta do passageiro para que ele pudesse entrar, e sem questionar, ele entrou. Entrei no lugar do motorista, e após fechar a porta o encarei.

- quer me explicar por que precisava assaltar aquela loja ?- perguntei curioso

Ele respirou profundamente, e me encarou, dava para perceber em seus olhos que o assunto era sério.

- eu tenho um irmão deficiente, a minha mãe odeia nós dois, e quer fazer de tudo para nos colocar na rua. Ela não faz comprar, as vezes passamos fome por causa dela, e por isso eu venho fazendo roubos pela noite, para consegui dinheiro para alimentar eu e meu irmão - explicou ele me encarando

- não sabia que ainda existiam gente desse tipo - disse perplexo - bom, está com fome ?- perguntei curioso

- um pouco

- me espere aqui, não fuja - falei abrindo a porta do carro

Me encaminhei para uma lanchonete que havia ali próximo, e pedi três hambúrgueres, e alguns refrigerantes, e logo retornei para o carro. Entreguei um dos hambúrgueres pro garoto que me encarava em questionamento.

- coma - disse sorrindo

Com um pouco de vergonha ele começou a comer, e após alguns minutos terminamos.

- o outro eu quero que leve para seu irmão, juntamente com isso - disse lhe entregando uma nota de cem

- não, não precisa me dar dinheiro, já fez muito por mim - disse ele sorrindo

- apenas aceite - falei sorrindo

- isso não vai dar problema pro seu trabalho ?- perguntou ele preocupado

- não, não teve nenhuma ocorrência - falei sorrindo

Ele pegou o dinheiro da minha mão e colocou em seu bolso, entreguei a sacola com o hambúrguer para ele, e logo ele abriu a porta do carro.

- quando estiver com fome, eu estarei aqui nesse mesmo lugar. Apenas não roube nenhuma loja - disse sorrindo

- obrigado, e como se chama ?- perguntou ele curioso

- Victor Douglas - disse sorrindo - pode me chamar do jeito que quiser

- muito obrigado Doug - falou ele fechando a porta do carro

Ele se afastou da viatura e logo já não o via mais. Fiquei ali vigiando até o final do meu turno. Deixei a viatura na delegacia, e retornei para casa. Eu estava animado,não sabia o motivo, mas estava gostando daquela animação repentina.

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