Capítulo 5

LAURA:

Ao sair da mansão, fico surpresa com os belos e lindos jardins que rodeiam a luxuosa residência... Adoro.

—Ao que parece, fazia muito tempo que não saía, minha lady.

Giro-me lentamente e observo um sorridente rapaz galanteador.

Ele faz uma reverência sem parar de sorrir.

—Assim é, lorde Adrián.

Afirmo, olhando-o com um meio sorriso cauteloso, sei que por trás desse rapaz sorridente e galanteador se oculta um frio e sanguinário vampiro, não é à toa que é o segundo no comando do duque Víctor Cortes.

—Tio Adrián, vai viajar conosco?

Pergunta a menina olhando para Adrián com um sorriso brilhante.

—Assim é, pequena Mía.

—Que bom!

Diz a menina emocionada, enquanto o menino olha tudo com aborrecimento e cara de poker... Que menino mais estranho.

—É hora de partir.

Escuto a grave voz do meu esposo que me faz girar-me para admirá-lo um pouco mais... A verdade é que está bom... Não sei há quanto tempo não me dou uma carne bem fresca hehehe.

O vampiro ignora o meu escrutínio e começa a dar ordens até que chega o momento de subirmos na carruagem.

Eu sou a primeira a subir, depois ambos os meninos e por último Víctor, os três tomam assento em frente a mim e para mim isso é bom, tenho oportunidade de admirar o homem que em breve será a minha deliciosa sobremesa, mas enquanto isso apenas vou olhar.

Tudo teria sido melhor se tivesse uns óculos escuros.

Sem aviso prévio, a carruagem arranca e sou impulsionada de repente para frente, seguro-me com as minhas duas mãos que pressionam as duras pernas do meu esposo.

—Está bem?

Escuto a sua pergunta e com delicadeza, como se nada tivesse acontecido, volto ao meu assento.

—Sim.

Respondo enquanto sinto essa sensação das duras pernas nas minhas mãos... Devia ter tocado mais acima...

As horas passam e os meninos dormem placidamente em cima do seu pai enquanto eu já não suporto nem mais um minuto nesta casa.

—Já estamos chegando?

Pergunto ao meu esposo que apenas olha para a janela sem emitir palavra alguma.

—Apenas levamos uma hora, duquesa. Tanto tempo trancada a fez esquecer o caminho?

—Ao que parece, sim... Quanto falta para chegar?

O vampiro olha-me fixamente por uns segundos e depois diz.

—Chegaremos ao anoitecer.

Quando escuto essas palavras, sinto como o meu mundo desaba.

—Um dia completo nesta coisa? Não, prefiro um cavalo.

Victor enruga a testa e volta a cravar aqueles olhos tão belos em mim.

—Está agindo de forma muito estranha, duquesa.

Diz em voz baixa e o meu coração paralisa.

Merda, esquecia que a antiga dona deste corpo apenas falava e nunca olhava para o duque, sempre mantinha a sua vista para baixo.

Acomodo-me melhor na carruagem e mostro um sorriso relaxado.

—Tive um sonho horrível e decidi que devo mudar o meu estilo de vida.

Ele levanta as sobrancelhas e mostra-se interessado.

—Assim? O que sonhou?

—Sonhei que era uma solitária anciã e morri na solidão do meu quarto sem ninguém ao meu redor.

—Isso não é um sonho horrível.

—Para mim sim é, duque.

—Oh, então... Deixará de insistir no divórcio para casar com aquele barão?

Entrecerrar os olhos um pouco sem mostrar emoção no rosto... Isso quer dizer que o duque estava inteirado de tudo.

—Sim, não vale a pena divorciar-me, vivo muito bem.

O duque começa a rir e observo como dois dentes longos sobressaem dos seus lábios.

—Laura, Laura... O que é que quer? Sabe? Nunca acreditei nessas mudanças tão repentinas.

O seu rosto ensombrece-se e os seus dois caninos sobressaem mais.

—Não quero nada, apenas viver tranquila e em paz.

—Paz? Impressiona-me que alguém como você esteja falando de paz quando está aliada com o barão Harrison.

Fungo o cenho não compreendendo a que se refere.

—Não entendo...

—Sim, isso acreditei.

Diz golpeando a carruagem e esta detém-se de repente.

—Acho que é melhor ir a cavalo.

É o último que diz antes de sair da carruagem, mas não sem antes acomodar os meninos.

Afundo-me nos meus pensamentos recordando cada detalhe da vida de Laura, mas há espaços em branco o qual não consigo recordar... Será que Laura teve a ver com a morte dos meninos e do duque?

A carruagem começa a andar e sinto o pesado olhar de alguém, assim que olho para Albert que me olha fixamente com a sua cara de amargado.

—Não entendo o que vê nesse simples barão, o meu pai é mais bonito e mais rico... A verdade é que não entendo as mulheres.

Diz o menino sem mostrar expressão no rosto e levanto as sobrancelhas surpreendida.

—És muito menino para estar falando dessas coisas.

—Vou fazer sete anos, tenho a capacidade para entender o que está bem e o que está mal, o que não entendo é por que os adultos atuam pior que um menino.

Esperem... Acaso este menino me ofendeu?

—Está me ofendendo?

—Jamais a ofenderia, duquesa Cortés, apenas estou dizendo a realidade de alguns adultos e você está incluída.

—Vaja, devo dizer que para ser um menino de quase sete anos és muito inteligente.

—Por supuesto, sou um menino bonito, inteligente e além disso, o futuro herdeiro de toda a fortuna do meu pai.

—Uau, mas que ego carrega.

Olho o menino sorrir pela primeira vez, mas oculta-o de imediato na sua típica cara de zangado como sempre.

Olho-o com algo de tristeza e a verdade gostaria de lhes dar todo o carinho e amor de mãe, mas devo de ir passo a passo para que não suspeitem que outra alma habita este corpo.

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