Abro os olhos e fico olhando fixamente para o estranho teto com estilo vintage.
Pensei que tinha morrido… Será que a faxineira me encontrou e me trouxe para o hospital?
Me sento lentamente na cama, mas me sinto estranha ao não sentir as fortes dores nas costas que já me tinham acostumado.
— Que estranho… Será que me puseram um forte medicamento?
Esfrego os olhos para olhar bem o quarto onde me encontro, mas me surpreendo ao sentir meu rosto suave e sem rugas.
— Mas… Que…
Abro a boca e os olhos ao sentir um suave e espesso cabelo, onde eu sempre o usei curto por causa do calor… Quanto tempo levo nesta cama que meu cabelo cresceu?
Meus olhos automaticamente se dirigem às minhas mãos e observo uma suave e delicada pele muito branca.
— Estou sonhando.
Volto a murmurar e de um salto estou de pé olhando meu corpo e toco meus seios muito levantados e algo generosos.
— Meus seios estavam caídos e flácidos… Isto definitivamente tem que ser um sonho.
Falo e minha voz é diferente… É como suave e delicada… Me sinto estranha.
Procuro um espelho, mas não vejo nada parecido com isso e começo a caminhar sentindo-me estranha por não sentir as dores nos joelhos.
Olho meu braço tão belo e como fazem as garotas nos kdramas me belisco fortemente.
— Ai, isso doeu.
Me queixo acariciando o forte beliscão que me dei, mas não assimilo bem o que está me acontecendo quando a porta é tocada e volto a saltar de susto.
Permaneço em silêncio, mas volta a ser tocada insistentemente.
— Avante.
Digo como muitas vezes havia dito, mas desta vez minha voz sai mais delicada e suave.
A porta imediatamente se abre e uma garota vestida de criada como na época antiga e com rosto sério, entra com a cabeça baixa e faz uma reverência.
— Lamento interrompê-la senhora Cortés, mas faz um mês que você não sai deste quarto e o senhor exige sua presença para o café da manhã.
Diz a mulher com voz baixa e eu franzo a testa confusa.
— Quê?
— Senhora, sei que você disse que não a incomodasse, mas são ordens do senhor.
Diz a mulher e faz um sinal com as mãos e pela porta entram cinco garotas vestidas de maneira igual que caminham para mim sem dizer palavra alguma.
Eu sem saber o que fazer fico no mesmo lugar e as mulheres começam a tocar meu corpo tirando cada peça da roupa que levava posta para depois me arrastar para outro imenso quarto.
Observo uma formosa tina com bordas douradas muito luxuosa.
— Minha senhora, lamento que seja desta maneira, mas devo seguir as ordens do senhor.
— De acordo Lidia.
Franzo a testa ao dizer o nome da mulher e algumas lembranças chegam à minha mente fazendo que sinta uma aguda dor de cabeça, mas não me dá mais tempo para pensar quando as mulheres me entram na tina que a verdade cheira muito bem e começam a esfregar meu corpo delicadamente.
Fecho os olhos ao ver como me consentem e me relaxo desfrutando do momento.
— Isto é genial.
Murmuro dando um suspiro de satisfação.
— Se isto é um sonho... Vou desfrutar ao máximo.
Murmuro para mim mesma.
As garotas me tiram da água e secam meu corpo fazendo todo um ritual em meu corpo que a verdade me encanta ao sentir esses ricos aromas tão delicados.
Não movo nem um dedo e só sinto que apertam aqui, apertam ali, me dão leves massagens penteiam meu cabelo consentem meu rosto até que terminam.
— Bem, podem se retirar.
Escuto a voz de Lidia e abro os olhos.
— Aí está o espelho minha senhora, sei que você não gosta de se olhar, mas por favor, faça o intento.
Ela me aponta um enorme espelho e caminho para ele abrindo a boca quando me olho.

Uau, mas que formosa sou.
Penso tocando meu rosto, nariz lábios... Cabelo... Que formoso cabelo vermelho tenho.
— Não gosto deste vestido.
Murmuro franzindo a testa.
— Disse algo minha senhora?
— Não.
Sorrio de meio lado e a mulher só assente.
— Bem, então siga-me senhora, o senhor já a espera.
Não digo nada e sigo a mucama por uns longos, escuros e intermináveis corredores.
Passo por um enorme janelão e ao olhar para fora tudo está escuro assim que deduzo que é de noite.
Depois de descer umas longas escadas, Lidia caminha para outro curto corredor e abre umas gigantescas portas de mármore.
— Minha senhora, não faça o senhor enojar por favor, sei que ele não é do seu agrado, mas tenha um pouco de paciência.
Ela me cede a passagem e eu entro em uma luxuosa sala muito iluminada com um gigante refeitório.
— Chega tarde.
Escuto uma rouca voz que me faz olhar para essa direção de imediato.
— Per l'amor del cielo. (Merda por todos os céus)
Mordo meus lábios ao ver o guapo homem sentado na cabeceira da mesa com a fixa mirada para mim e isso faz com que um calafrio percorra todo meu corpo... O bom é que este corpo já não é ancião... Hehehe.
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Atualizado até capítulo 56
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