Capítulo 1 – O Começo de um Trono Proibido

[12 anos atrás – Cidade do México]

O hospital estava frio naquela noite. Luana apertava a pequena Lua contra o peito, o rosto escondido no casaco. A menina, com apenas seis anos, não entendia por que a mãe chorava tanto, ou por que estavam ali, tão tarde.

Recepcionista:

— Sinto muito... ele teve uma hemorragia interna. Não resistiu.

Luana sentiu as pernas falharem.

Luana (pensamento):

Como a vida pode mudar tão rápido? Saímos felizes de manhã. Agora… estou sozinha.

Lua olhava ao redor, confusa.

Lua (voz doce):

— Mamãe… cadê o papai?

Luana não respondeu. Só a abraçou mais forte.

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[2 anos depois]

O México parecia um novo mundo. Luana, agora com 30 anos, se casava com Lorenzo Castellanos, um homem 5 anos mais novo, mas com poder para dominar qualquer sala com o olhar. Dono de uma fachada de CEO poderoso, ele era também o temido chefe da máfia mais influente do país — uma verdade que apenas poucos sabiam.

Luana (pensamento):

Comecei do nada. Agora, sou esposa do homem mais respeitado (e temido) do México. E minha filha... nunca mais será frágil.

A partir dos 8 anos, Lua passou a treinar luta, estratégia, armas. Nunca por imposição — mas porque sabia que sua nova realidade exigia força.

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[Atualidade – Lua, 18 anos]

Lua se olhava no espelho do quarto luxuoso. O vestido preto, justo, realçava suas curvas. O decote ousado, mas elegante. O salto alto dava ainda mais imponência à sua postura naturalmente dominante. O baile de gala seria oferecido por Lorenzo — uma noite para “negócios e aparência”, como ele dizia.

Lua (pensamento):

Odiaria ir se não fosse pela oportunidade de mostrar quem eu me tornei. A filha da Luana? Não. Eu sou Lua. Princesa da máfia mexicana. E ninguém me ignora.

Bateu suavemente à porta, Amanda, sua melhor amiga e confidente.

Amanda:

— Uau. Você vai fazer gente desmaiar com esse vestido.

Lua (sorrindo):

— Que bom. Se não posso assustar com armas hoje, pelo menos assusto com salto.

Amanda (brincando):

— Não exagera. Vai dar um curto-circuito nos coronéis velhos da máfia.

Ambas riram. Mas Amanda sabia: Lua era um perigo em forma de mulher. Inteligente, bonita, ousada. E inalcançável.

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[Na mansão Castellanos – salão principal]

O salão estava lotado. Homens engravatados, mulheres com vestidos caríssimos, garçons circulando com bandejas de champanhe. Lorenzo observava tudo do topo da escadaria. Alto, com o terno escuro moldado ao corpo tatuado, olhos marcantes e presença dominante.

Lorenzo (pensamento):

Cada peça aqui se move por minha causa. E essa noite vai lembrar a todos que ainda sou o rei.

Luana se aproximou dele, sorridente.

Luana:

— Tudo perfeito. Como sempre.

Ele assentiu, com um leve sorriso.

Lorenzo:

— Onde está Lua?

Nesse momento, os olhares se viraram.

Lua descia as escadas com Amanda. O salão pareceu silenciar por segundos. O vestido, o olhar firme, o porte... tudo nela gritava poder e perigo.

Lorenzo (pensamento):

Ela cresceu. Não é mais a menininha que carregava bonecas. É uma mulher. Uma... bela mulher.

Sacudiu a cabeça, irritado com os próprios pensamentos. Aquilo era inaceitável.

Luana (sem perceber a tensão):

— Está linda, não acha?

Lorenzo:

— Está. Impossível não notar.

No canto, Gael, o braço direito de Lorenzo, observava em silêncio. Alto, moreno, olhar protetor. Ele conhecia Lua desde que ela tinha oito anos. Sempre a viu como uma missão, um juramento silencioso de proteção. Mas agora...

Gael (pensamento):

Ela mudou. E eu preciso me lembrar: sou apenas seu protetor. Nada mais.

Amanda percebeu o olhar de Gael, mas ficou em silêncio. Sabia que Lua não notava nada — e ela, mesmo gostando de Gael, preferia preservar a amizade do que alimentar algo que talvez nunca existisse.

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[Mais tarde, na varanda lateral]

Lua se afastou da festa por alguns minutos. Precisava de ar. O mundo ali dentro parecia girar em torno de segredos e máscaras.

Lua (pensamento):

Toda essa gente sorrindo, brindando, mentindo. Cresci vendo isso. E ainda assim, às vezes me sinto deslocada. Como se minha verdadeira guerra nem tivesse começado.

A porta se abriu. Era Lorenzo.

Lorenzo:

— Está tudo bem?

Lua (virando-se devagar):

— Claro. Só precisava de um pouco de silêncio.

Ele se aproximou, mas manteve distância. O ar entre eles pareceu mudar.

Lorenzo:

— Você... está crescendo depressa demais.

Lua (sorrindo de lado):

— A vida exige. Ainda mais sendo quem eu sou.

Lorenzo:

— E quem você é, Lua?

Lua:

— A filha da rainha. A princesa do trono mais perigoso do México.

Lorenzo a encarou por um momento longo demais. Depois, pigarreou e desviou o olhar.

Lorenzo (pensamento):

Isso precisa parar. Ela é filha da minha esposa. E mesmo assim...

Lua notou a mudança no olhar dele. Mas não disse nada.

Lua (pensamento):

Talvez eu esteja imaginando. Ou talvez... não.

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