O som da contagem começou.
3... 2... 1...
O mundo explodiu em movimento. O rugido dos motores engoliu o silêncio da madrugada. As luzes borravam, os carros se cruzavam como relâmpagos famintos. E eu? Eu me sentia vivo.
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A corrida foi um espetáculo. Motores gritando, fumaça dançando no ar, luzes piscando como se o caos tivesse ganhado vida. Depois da adrenalina, a comemoração começou. Garrafas foram abertas, a música explodia nos alto-falantes e risadas preenchiam o ar. O cheiro de borracha queimada se misturava ao de uísque caro e vitória.
Jasper se encostou do meu lado, com aquele sorriso de quem quase morreu feliz.
— É, Castelli... correr contra você é tipo assinar o próprio atestado de óbito. — Ele riu e deu um gole na bebida. — Mas olha só quem apareceu pra estragar o clima.
Virei devagar, como quem sente cheiro de problema antes mesmo de ver. E lá estavam eles.
Os bastardos.
Grupo barulhento, nariz empinado e alma podre. No centro, o maior dos vermes: Jaxon. Só de ouvir esse nome minha mandíbula já travava. Sempre tentando bancar o alfa onde não tem moral nem pra ser beta.
Ele veio andando com aquela postura de quem pensa que domina o ambiente. Idiota. Os olhos dele encontraram os meus.
— Castelli. — disse com aquele sorriso torto que implorava por uma fratura.
Me afastei da Ferrari e fui até ele, sem desviar o olhar nem por um segundo. Era como se o mundo ao redor tivesse congelado. Quando parei a dois passos dele, o ar ficou pesado.
— Não sabia que ia ter corrida hoje... — ele soltou, com o tom provocativo — Não fomos convidados.
Sorri de lado, aquele sorriso que a minha mãe chamaria de "arrogância genética".
— Claro, Jaxon. Eu só convido quem sabe dirigir e não quem aprende a trocar marcha no YouTube.
Os amigos dele riram sem graça. Ele fingiu que não sentiu, mas eu vi nos olhos: doeu. E quando dói, o babaca sempre tenta virar o jogo.
— Isso é medo, Castelli? Tá fugindo de mim? Achei que você tivesse coragem, mas tá agindo como um moleque mimado.
Inclinei a cabeça, me aproximando mais.
— Medo? De você? — ri curto, seco. — Deixa eu refrescar tua memória, campeão.
Antes que ele pudesse reagir, segurei o colarinho da jaqueta dele e explodi a minha testa no nariz dele com força. O estalo ecoou e o sangue espirrou como champanhe numa festa cara. O infeliz caiu pra trás, gritando e xingando, enquanto levava as mãos ao rosto.
A porra da confusão começou.
Os comparsas dele vieram como cães raivosos, mas eu e Jasper já estávamos no modo "caça ativada". O primeiro que veio pra cima levou um chute na barriga que o fez dobrar feito papel. Outro tentou me acertar por trás, mas Jasper girou e o derrubou com um gancho que parecia ter vindo do inferno.
— Aqui não, filhote! — ele gritou enquanto chutava o estômago do cara no chão.
Enquanto isso, Jaxon levantava, cambaleando, com o nariz torto e olhos cheios de ódio. Veio pra cima de novo, e eu deixei. Queria sentir os ossos dele cederem sob os meus punhos.
Nos agarramos no meio da roda de gente, trocando socos como dois demônios saídos do submundo. Acertei o queixo dele, depois o estômago, e mais dois direto no rosto. Ele tentou revidar, mas eu já estava cego de raiva, engolindo aquele momento como um viciado engole alucinação.
Derrubei ele no chão e montei por cima.
A mão direita socava o rosto dele sem parar. Um. Dois. Três. Quatro. A cada golpe, era uma lembrança da Bella, da raiva, do caos na minha cabeça se esvaindo.
Quando percebi que ele já não revidava, me levantei. Ofegante. Suando. O sangue dele escorrendo das minhas mãos.
Olhei pra ele caído, cuspindo sangue e tentando entender em que planeta estava.
Me aproximei, cuspi no chão perto dele e disse:
— Na próxima corrida, Jaxon, eu quero você lá. Quero você inteiro, com a cara inteira. Só pra te destruir na frente de todos. Pra mostrar quem manda nessa porra. Castelli é o nome que você vai temer até no sonho, otário.
Virei as costas enquanto a galera se afastava, murmurando e filmando. Jasper me alcançou, ainda rindo.
— Caralho, irmão. Você bate como se tivesse o diabo no ombro.
— Não é o diabo, Jasper... é só um Castelli de cabeça cheia.
Entrei na Ferrari, liguei o motor e deixei que ele roncasse alto, como se risse junto comigo.
A noite podia ter começado torta... mas terminou do meu jeito.
Com sangue no asfalto e o nome Castelli marcado em cada porra de esquina.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
Fatima Gonçalves
GENTE EU ESTOU ENTENDENDO ELE MUITO BEM PRA SER INCESTO TEM ALGO A MAIS AÍ SÃO PRIMOS DE SEGUNDO GRAU NÃO SERIA ERRADO NÃO
2025-05-21
11
Dayane
não vejo a hora da Bella estar na faculdade, ir às festas e ter um concorrente kkkkkk
espero que ela tenha o Castelli no sangue e faça ele endoidar de vez kkkkk
2025-05-21
3
Maria De Fátima Souza Corrêa
porque ele não conversa com o pai dela! eu acho que ela vai ser dada a casamento por uma aliança entre às Máfias ele vai surtar!
2025-05-21
4