O Manobrista trouxe um carro e entregou a chave para Lucca que abriu a porta e jogou aurora para o banco e fechou a porta
—o que está fazendo? —aurora o questionou
— te levando para casa!—respondeu sem tirar os olhos da lista
O carro deslizou pelas ruas, cortando a noite silenciosa, e Aurora sentiu a tensão aumentar a cada segundo. Lucca dirigia com uma calma intensa, sua postura relaxada no banco do motorista, mas havia uma força silenciosa em cada movimento. Aurora, ainda com os olhos fixos nele, não conseguia compreender o que estava acontecendo — tudo parecia tão intenso, tão fora de controle, mas ela não conseguia se afastar.
Quando o carro parou no sinal, Lucca virou a cabeça para ela, o olhar imperturbável, mas com algo mais... algo que ela não podia nomear. A respiração de Aurora parecia mais rápida agora. Ele se aproximou, e o som do ar condicionado e da música baixa do carro foi quase abafado pelo ritmo acelerado de seu coração.
Ele se inclinou para a frente, a tensão no ambiente aumentando. Aurora sentiu a pressão de sua presença, algo de perigoso e sedutor, e ao mesmo tempo reconfortante. O calor de seu corpo estava tão perto do dela que era impossível ignorar. Ele estava a poucos centímetros, suas respirações se encontrando, e o espaço entre eles parecia carregado de uma energia elétrica que fazia sua pele formigar.
Sem uma palavra, ele puxou o cinto de segurança e com um movimento ágil e cuidadoso, colocou-o ao redor da cintura de Aurora, prendendo-a ao banco. O gesto, simples, mas tão carregado de intenção, fez o coração dela bater mais forte. A proximidade dele, o toque firme e seguro em sua cintura, a fez sentir algo profundo. Algo que não conseguia controlar.
Ela não disse nada, não conseguiu. O toque dele, a maneira como ele a envolveu com sua presença, a fez paralisar por um momento, imersa na sensação daquilo tudo. O calor do cinto pressionando contra sua pele, o peso da mão de Lucca ali, mesmo sem intenção, mexeu com ela de uma maneira que a deixou inquieta, mas também intrigada.
Aurora estava tão próxima dele que podia sentir o perfume de sua colônia — algo amadeirado e quente. Ele olhou para ela com um leve sorriso, e mesmo sem palavras, parecia entender a reação dela. Lucca se afastou um pouco, voltando a focar no volante, mas sua presença parecia invadir o carro de uma maneira impossível de ignorar.
Aurora cambaleou um pouco ao sair do carro, o salto tremendo sob seus pés instáveis. A noite parecia girar em volta dela, e a cabeça leve tornava tudo mais difícil de processar.
— Hum... obrigada, eu acho — murmurou, tentando manter a postura, mesmo com a tontura evidente. — Já pode ir.
Lucca soltou uma risada baixa, aquela risada rouca e provocante que parecia vibrar em sua espinha.
— Ir? — ele repetiu, fechando o porta-malas com um estalo seco. — Não, **piccola**. Eu vou ficar.
Aurora piscou, confusa, tentando entender se aquilo era mais um efeito do álcool ou um delírio completo.
— Ficar? Como assim ficar?
Lucca deu a volta no carro com passos firmes e confiantes, parando ao lado dela. Os faróis ainda iluminavam parte da calçada e refletiam o brilho metálico de sua mala preta.
— Preciso te proteger. Então, pelos próximos seis meses, o quarto de hóspedes é meu.
Ela arfou, os olhos arregalando-se de indignação e surpresa.
— Você tá louco? Não, você não pode. Isso não faz sentido nenhum!
Ela tentou dar um passo para trás, mas o salto cedeu sob a irregularidade do piso. Aurora perdeu o equilíbrio, e antes que pudesse cair, sentiu as mãos firmes de Lucca envolverem sua cintura. Ele a segurou com facilidade, o corpo dele se tornando um ponto de ancoragem no meio do caos da mente dela.
— Calma — ele disse baixo, seus olhos cravados nos dela. Estavam próximos demais. Perto o suficiente para Aurora perceber como os cílios dele eram longos, como havia pequenas linhas de expressão próximas aos olhos, provavelmente causadas por tantos sorrisos sarcásticos. E agora, ela podia ver... uma faísca genuína de preocupação ali.
Ele se inclinou mais, os rostos quase se tocando, a respiração quente de Lucca misturando-se à dela. Aurora tentou se afastar, abrir a boca para protestar, mas...
— Eu só quero— — foi tudo o que conseguiu dizer antes de sentir o enjoo subir de repente, em uma onda avassaladora.
Sem tempo de reagir, ela vomitou diretamente no sapato dele.
O silêncio que se seguiu foi mortal.
Aurora congelou, o rosto corando de vergonha e mortificação, os olhos se enchendo de lágrimas por puro constrangimento.
Mas Lucca, ao contrário do que qualquer pessoa faria, não reclamou. Nem mesmo um suspiro de frustração escapou. Em vez disso, ele soltou um leve suspiro resignado, abaixando-se um pouco e, com calma, passou a mão pelos cabelos dela, reunindo os fios com delicadeza, puxando-os para trás como se fizesse isso há anos.
— *Piccola stellina*... — murmurou, com uma ternura inesperada na voz. Seu sotaque italiano deixava as palavras mais suaves, quase como um carinho.
Aurora fechou os olhos, sentindo a vergonha ainda latejando em cada célula do corpo, mas, ao mesmo tempo, aquele gesto... o toque dele, o cuidado... faziam algo dentro dela amolecer perigosamente.
Lucca sustentou o peso dela com o braço ao redor de sua cintura e murmurou, com um tom quase irreconhecível:
— Vamos lá. Eu cuido de você.
E Aurora, sem forças para discutir, apenas deixou-se levar.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Dayane
só espero que ela não dê mole pra ele, que ele tenha muito ciúmes dela kkkkkk
outra coisa ele é o dom da máfia e tá de segurança?
2025-05-13
3
Charlotte Peson
Acho que ele sempre gostou dela tbm, mas devido a idade e as circunstâncias ele acho melhor fugir, mas o destino sempre dar um jeitinho para assuntos maus resolvidos kkk!!!
2025-05-13
1
Claudia
Esses seis meses vão virar anos até a morte nós separe 🤭🤭🤭🤭🤭🧿♾
2025-05-13
2