DEDICATÓRIA
"Na penumbra, tudo encontra seu caminho. Mesmo em meio às piores tempestades, há momentos de lucidez e paz. Cada alma carrega uma luz — ainda que ofuscada, nunca está totalmente perdida. Às vezes, basta uma centelha… uma única chama verdadeira para reacendê-la, e impedir que se apague diante da escuridão."
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MINHA NATUREZA DESTRUTIVA
Preciso comparecer a uma festa de gala por causa de um amigo que vai se casar. Parece que não tenho escolha.
Até gosto de eventos sociais, mas odeio ter que me portar como um nobre imperial cheio de pompas. A verdade é que eu preferia estar em casa, fumando um cigarro e tentando relaxar. Meu dia a dia já é desgastante o suficiente: acordo cedo, encaro o trabalho, me afogo em documentos e aturo a burocracia ridícula daquele escritório — que só me traz mais estresse.
O clã sempre tem alguma urgência, alguma demanda impossível. O café é meu companheiro pra aguentar essa rotina, e quase nunca consigo voltar pra casa antes do fim do dia.
Me chamam de arrogante, folgado… até de filho da puta. Mas quem me conhece sabe: eu dou o máximo de mim, mesmo quando ninguém vê. O Sheng pode confirmar isso, mesmo sendo o líder ocupado com os assuntos do clã.
Hoje, teoricamente, é meu dia de descanso. Só que tô atolado de documentos pra revisar. A vida de subchefe é basicamente apagar os incêndios que o chefe não conseguiu — e o chefe, bem… tá sempre envolvido com algo mais importante.
Adoro aquele loiro, ele é um baita amigo. Mas a verdade é que tô me ferrando pra manter tudo em pé. No fim, acabo exausto todos os dias.
Tô tentando parar de usar as coisas… mas não tá funcionando. Eu preciso delas. Não só pra manter o foco, mas pra escapar da porra toda. Evito pensar demais. Evito sentir.
Saio da janela, vou até o banheiro, na esperança de me despertar. No fundo, sei que não consigo me afastar dos vícios. Já tentei… por anos. Mas é difícil demais. Quase impossível, com as minhas crises e essa mente inquieta que nunca cala.
Abro o espelho. Lá dentro, a caixinha de prata que escondo de todos. Tiro um pacote. Meu alívio. Minha condenação.
Eu odeio depender disso. Me enoja saber que preciso de uma fuga pra funcionar. Mas hoje, nem o café dá conta.
Respiro fundo. Saio do banheiro com a cabeça a mil e subo pro escritório no segundo andar. Preciso terminar as pendências, preciso entregar tudo em dia.
Mas a verdade é que hoje…
Hoje, eu só queria desaparecer um pouco.
> "Eu não tô tentando me salvar. Só tô tentando durar mais um pouco."
📌 Nota da Autora – Atualização da Obra
Olá, leitores! 🌙
Resolvi revisitar minha obra “Meu Remédio para Escuridão” com carinho e mais maturidade. Estou refinando os capítulos antigos, reestruturando cenas e aprofundando os personagens para que cada parte reflita melhor a essência que essa história carrega: dor, amor, vício, redenção — e os laços que se formam mesmo entre almas partidas.
Se você já leu antes, verá que alguns trechos estão mais coesos, os sentimentos mais expostos, e o universo mais rico em detalhes. Se está chegando agora, seja bem-vinde — você está lendo a versão mais completa da minha visão.
Obrigada por cada leitura, comentário e apoio.
Essa história continua viva por causa de vocês.
Com amor e sombras,
Danny Gata
CONTINUA...(θ‿θ)
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Atualizado até capítulo 77
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