Lily terminou o serviço. Rápida, precisa, fria como sempre. Separou todas as pastas e provas do que havia rastreado. Hora de sumir. Mas antes, precisava entregar pessoalmente — sabia que Lorenzo odiava surpresas.
No espelho, se olhou. Decidiu jogar com ele.
Trocou o moletom surrado por uma camisa branca social, justa, marcando suas curvas, e uma calça social preta de cintura alta que alongava ainda mais suas pernas. Nos pés, saltos de sola vermelha que batiam no chão com autoridade. Prendeu o cabelo em um coque bagunçado, deixando algumas mechas loiras caírem de propósito. Tirou os óculos de grau grosso e colocou um modelo mais fino, elegante. Um toque de batom vermelho nos lábios — uma arma letal.
Ficou linda. Não — ficou fatal.
Quando entrou na empresa de fachada dele, os olhares foram imediatos. Homens e mulheres pararam o que estavam fazendo para olhar a loira deslumbrante que parecia ter saído de uma revista.
Assim que Lorenzo soube, deu a ordem sem pensar:
— Manda subir. Agora.
No caminho até o escritório, Lily teve que esperar alguns minutos. E, claro, um dos funcionários, achando-se irresistível, foi até ela. Puxou conversa, fez piadas, tentou flertar descaradamente.
Ela riu. Um riso leve, debochado, como se estivesse apenas se divertindo com a ousadia dele.
Foi nesse exato momento que Lorenzo saiu da sala e viu a cena.
Parou. O sangue ferveu.
O idiota estava tocando nela. Ela estava rindo.
Sem disfarçar a irritação, Lorenzo caminhou até eles.
— Pode voltar pro seu lugar. Agora.
A voz dele saiu gelada, sem espaço para discussão. O funcionário, sem entender direito o perigo, obedeceu.
— Entre — ordenou a ela, abrindo a porta do escritório.
Assim que Lily entrou, Lorenzo fechou a porta atrás dela e encostou, olhando.
E pela primeira vez, de verdade, viu.
Ela não era apenas bonita. Ela era uma visão.
O salto, o batom vermelho, a roupa justa moldando aquele corpo que ele lembrava ferido, ensanguentado, frágil — agora estava ali, inteiro, provocante, inalcançável.
Ele apertou o punho para se controlar.
Será que estava ficando louco? — pensou.
Talvez estivesse. Mas não importava. Aquela mulher ia ser dele. E dessa vez, ela não ia rir. Não ia fugir.
Porque Lorenzo De Luca sempre tomava o que queria.
E agora, ele queria Lily.
Inteira.
Só pra ele.
Lily atravessou a sala com calma, como se não sentisse o peso do olhar dele queimando em cada passo.
Jogou as pastas em cima da mesa dele, sem cerimônia.
— Trabalho entregue. Meu serviço aqui tá feito.
A voz dela era firme, desafiadora.
Lorenzo não respondeu de imediato. Se afastou da porta e veio em direção a ela, passos lentos, pesados. Cada movimento dele parecia conter uma violência prestes a explodir.
— Você acha que é assim? — ele perguntou, voz baixa e rouca.
Ela ergueu o queixo.
— Eu cumpri minha parte. Agora, você me deixa em paz.
Lorenzo riu, um som seco, quase sombrio.
— Paz? Depois do que você fez comigo?
Se aproximou ainda mais. Estava tão perto agora que ela podia sentir o calor que emanava dele. Um calor perigoso, denso.
Ela se recusou a recuar.
— Se não gostou do serviço, pode descontar da fatura.
Foi a gota.
Em um movimento rápido, ele a prensou contra a mesa. Não com brutalidade — mas com uma força possessiva, irresistível.
A respiração dela acelerou. Mas ela ainda manteve o olhar firme, desafiador.
— Você me deixou louco — ele rosnou, o rosto tão próximo que os lábios quase tocavam os dela. — Sumiu... se escondeu... riu na minha cara...
As mãos dele deslizaram para a cintura dela, segurando com força suficiente para fazer seu corpo inteiro reagir.
— E agora vem vestida assim? — a voz dele era puro veneno e desejo.
Lily sorriu de lado, provocativa.
— Eu vim como eu quis. E você... não manda em mim.
Aquela resposta foi como jogar gasolina na fogueira.
Lorenzo a puxou ainda mais para si, o quadril dele pressionando o dela, sem espaço entre os dois.
— Não mando? — murmurou, roçando a boca no canto da boca dela, sem beijar, provocando, testando seus limites. — Então vamos ver quanto tempo mais você aguenta mentindo pra si mesma.
Ela tentou responder, mas a proximidade, o toque, o cheiro dele embaralharam seus sentidos.
E antes que pudesse reagir, ele tomou a boca dela num beijo brutal e possessivo, como se quisesse marcar seu território ali, agora. Um beijo que era uma mistura de raiva, desejo e algo mais sombrio — algo que dizia sem palavras: Você é minha.
Lily lutou por um segundo. Só um segundo.
Depois, sentiu o corpo trair sua mente, se entregar ao toque dele, ao calor insuportável que Lorenzo provocava.
Mas mesmo enquanto o beijava de volta, a mente dela gritava: perigo. Muito perigo.
Porque não era só o corpo que Lorenzo queria.
Ele queria tudo.
E Lorenzo De Luca não aceitava não como resposta.
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Atualizado até capítulo 31
Comments
Luciana Zicarelli
autora, acabei de ler seu outro livro, sib a obsessão do dom .... a pergunta que não quer calar..... teremos final feliz 😂😂😂😂😂
2025-07-02
3
Isabel De Fátima Jesus
Mafioso abatido com sucesso!!
2025-06-19
0
Gil Marri
Eita 😂
2025-06-18
0