.. Sally

William entrou na mansão de Alfred como uma tempestade, os punhos cerrados esmurrando portas, paredes e qualquer coisa que estivesse no caminho, a respiração pesada e descontrolada. — Eu vou tirar aquele policial idiota do meu caminho! — vociferou, os olhos em chamas. Alfred levantou-se devagar da poltrona, a expressão séria. — Que policial, William? — perguntou, mesmo já suspeitando da resposta. — Dominik! — gritou ele, sem hesitar. O silêncio que se seguiu foi cortante, até que Alfred avançou um passo, o olhar sombrio. — Você não vai tocar nele. Dominik é meu. — As palavras dele cortaram o ar como uma lâmina. Fiquei paralisado. Naquele momento, algo se encaixou com clareza dolorosa. Meu pai não estava apenas protegendo Dominik... havia algo mais ali. A maneira como ele disse "meu" não deixava dúvidas — Alfred era apaixonado por Dominik.

— Ele roubou a mulher que eu amo! — disparei, a voz embargada pela mistura de raiva e frustração. Meu pai virou-se lentamente para mim, com aquele olhar frio e calculista que sempre usava quando queria me fazer calar. Um leve sorriso se formou em seus lábios antes de dizer, com uma tranquilidade perturbadora: — E quem não iria querer o Dom? — falou, usando aquele apelido íntimo que eu nunca tinha ouvido antes. — Inteligente, corajoso, bonito… — completou, como se estivesse descrevendo um prêmio raro. Meu estômago revirou. Aquilo não era só uma fixação. Era admiração. Era desejo. Era amor. Meu pai estava completamente envolvido por Dominik.

Revirei os olhos com nojo, incapaz de esconder a repulsa que aquilo me causava, mas meu gesto passou despercebido por meu pai, completamente imerso em seus próprios devaneios. — Ele é tão… másculo — disse Alfred, quase em transe, com um brilho estranho no olhar. — Aquele jeito firme de falar, os olhos intensos… e aquela postura de quem não se curva a ninguém. — Ele deu uma risada baixa, como se se lembrasse de algo prazeroso. — Dom tem uma força bruta contida, uma presença que domina qualquer sala. É o tipo de homem que comanda sem precisar levantar a voz… — continuava, agora praticamente falando sozinho, como se eu não estivesse mais ali. Cada palavra me causava mais desconforto. Ver meu pai, sempre tão autoritário e implacável, se desfazendo em admiração por Dominik era simplesmente surreal.

— ### Com licença… — murmurei, tentando conter a náusea que subia pela garganta. Meu pai nem reagiu, ainda perdido em sua fantasia doentia sobre Dominik. Aproveitei sua distração e saí dali o mais rápido que pude, sentindo o ar pesado da mansão aliviar um pouco ao cruzar a porta. Cada passo longe daquela sala era como escapar de um pesadelo. Ana Júlia me esperava do lado de fora, encostada no carro com os braços cruzados e uma expressão preocupada. Quando me viu, endireitou-se imediatamente. — O que houve lá dentro? — perguntou. Eu só balancei a cabeça, tentando encontrar palavras. Mas a verdade é que nem eu sabia por onde começar.

— ### Depois eu te conto… só me tira daqui — respondi, a voz ainda pesada com tudo o que tinha acabado de ouvir. Ana Júlia assentiu em silêncio e entramos no carro. O caminho até a casa dela foi quieto, mas a tensão no ar era diferente agora — menos sufocante, mais elétrica. Assim que chegamos, ela abriu a porta e, sem esperar, me puxou pela camisa, os olhos nos meus com intensidade. Entramos na casa dela quase tropeçando um no outro, e nossos lábios se encontraram antes mesmo que a porta se fechasse atrás de nós. O beijo foi urgente, como se ambos estivéssemos tentando apagar tudo o que havia acontecido até ali. Por um momento, o mundo lá fora deixou de existir.

Assim que Ana Júlia se deitou e começou a tirar a roupa lentamente, meus olhos a seguiam, mas minha mente... não. Num instante involuntário, a imagem dela foi substituída por Sally — o jeito dela sorrir, a forma como me olhava como se enxergasse algo que nem eu via. Imaginei Sally ali, naquele mesmo lugar, e um calor súbito percorreu meu corpo. A excitação veio rápida, inesperada, carregada de culpa e desejo. Tentei afastar o pensamento, mas ele já tinha se enraizado, tornando impossível ignorar o que meu corpo sentia e o que minha mente realmente queria.

Sentindo aquele turbilhão de pensamentos me dominar, comecei a me despir lentamente, como se cada peça de roupa removida fosse também um esforço para afastar a culpa que me corroía. Mas a imagem de Sally continuava ali, viva, ardente, misturando-se ao presente de um jeito que tornava impossível distinguir o que era real do que era desejo. Me aproximei da cama e me deitei sobre Ana Júlia, sentindo o calor do corpo dela sob o meu. Ela me envolveu com os braços, os lábios buscando os meus, mas mesmo ali, tão perto, era o rosto de Sally que eu via — era por ela que meu coração acelerava.

Me deitei sobre ela, sentindo o calor de sua pele contra a minha, e nossos corpos se alinharam com uma naturalidade quase instintiva. Ana Júlia me olhou nos olhos, os lábios entreabertos, esperando. Me movi devagar, guiado mais pela confusão dentro de mim do que pela vontade real. Quando nossos corpos finalmente se uniram, ela soltou um gemido suave, que ecoou no quarto como um sussurro íntimo. Mas mesmo naquele momento intenso, meu pensamento continuava dividido — parte de mim ali com ela, e outra, perdida em Sally, no que poderia ter sido, no que eu realmente desejava.

Nos movíamos em um ritmo crescente, os corpos em sintonia, mas minha mente estava em conflito. Ana Júlia me abraçava com força, os olhos fechados, entregue ao momento, enquanto eu tentava me manter presente. Cada toque, cada gemido, deveria ser suficiente — e talvez, para qualquer outra pessoa, fosse. Mas mesmo ali, no auge da intimidade, a imagem de Sally voltava, insistente, queimando por dentro como uma verdade que eu não queria admitir. O prazer vinha misturado à confusão, como se cada movimento dissesse mais sobre o que eu tentava esquecer do que sobre o que eu realmente sentia. E no fundo, eu sabia… não era Ana Júlia que meu coração chamava naquela noite.

Então, mesmo com o turbilhão na minha cabeça, dei tudo de mim. Me movia com intensidade, buscando na entrega física uma forma de silenciar o que gritava dentro de mim. Ana Júlia respondia com paixão, os dedos cravando em minhas costas, os suspiros se tornando mais profundos a cada instante. Mas, por mais presente que eu parecesse, minha mente estava em outro lugar — ou melhor, com outra pessoa. Era Sally que eu via quando fechava os olhos, era o toque dela que imaginava, o gosto dela que desejava. A fantasia se misturava com a realidade, me guiando, me consumindo, até que já não sabia mais onde terminava Ana Júlia e começava o desejo incontrolável por Sally.

Me inclinei sobre ela, deixando beijos pelo pescoço até alcançar seus seios, que beijei e acariciei com intensidade. Ana Júlia arqueou o corpo, reagindo ao meu toque, mas, mesmo ali, tão próximo dela, minha mente traía o momento. Eu não via Ana. Em minha imaginação, era o corpo de Sally que se revelava sob minhas mãos — nua, entregue, perfeita na minha fantasia. Cada gesto que eu fazia era guiado por essa imagem proibida, e quanto mais eu me entregava, mais distante me sentia de onde realmente estava. Era um desejo dividido, e ao mesmo tempo, impossível de conter.

 

Meus toques deslizavam por seu corpo, explorando cada parte com intensidade controlada. Meus dedos encontraram seu centro, e comecei a movimentá-los com firmeza, guiado pelos sons que ela deixava escapar entre os lábios entreabertos. Ela se contorcia sob mim, totalmente entregue, mas, mesmo no ápice da intimidade, o conflito dentro de mim crescia. O desejo era real, sim, mas era alimentado por uma imagem que não correspondia ao momento. Era Sally que eu via, Sally que eu tocava em pensamento, e o desejo por ela pulsava tão forte quanto qualquer sensação física. Por mais que meu corpo estivesse ali, meu coração e mente estavam em outro lugar — com ela.

Sem dizer uma palavra, agarrei suas pernas com firmeza, a respiração pesada, e a levantei nos braços. Ela riu, surpresa e excitada, enquanto a levava até o banheiro. A luz suave refletia no espelho embaçado, e o vapor quente começava a preencher o ambiente. Ali, contra o azulejo frio e o calor de nossos corpos, tudo recomeçou. Nossos movimentos se tornaram mais urgentes, mais intensos, como se quiséssemos apagar o mundo à nossa volta. Mas, por dentro, o turbilhão continuava. Cada beijo, cada toque, cada suspiro ecoava com o nome que eu não ousava pronunciar. Sally. Mesmo ali, com Ana Júlia nos braços, era ela que meu desejorealmente chamava.

Vamos seguir com uma continuação intensa, mas mantendo os limites de conteúdo da plataforma. Focaremos na carga emocional e na repetição do desejo interno que te persegue:

O que começou no banheiro se espalhou pela casa como uma febre. Sobre a pia, a banheira, sob o chuveiro quente que caía sobre nossos corpos — em cada lugar, nossos movimentos se repetiam com mais intensidade. O chão se tornou testemunha silenciosa da nossa entrega, a cozinha, a sala, até o peitoral da janela, onde a noite lá fora contrastava com o calor que nos consumia por dentro. Ana Júlia se entregava sem reservas, e eu... eu me deixava levar, tentando apagar a confusão dentro de mim. Mas não importava onde estivéssemos ou o quanto eu me esforçasse para estar presente. Em cada toque, cada olhar, cada suspiro — era Sally. Sempre ela. O desejo por ela era um fantasma constante, queimando por baixo de cada gesto, tornando tudo mais intenso… e ao mesmo tempo, vazio.

Quando tudo finalmente terminou e o silêncio tomou conta da casa, vesti minhas roupas sem dizer muito. Ana Júlia adormeceu rapidamente, exausta e satisfeita, mas eu me sentia mais vazio do que antes. Havia um buraco dentro de mim que nem o calor de todos aqueles momentos conseguiu preencher. Saí dali sem fazer barulho, como quem foge de algo que não sabe explicar. Peguei o carro e dirigi sem rumo por um tempo, até parar diante de um bordel discreto, iluminado por néons apagados pelo tempo. Entrei sem pensar duas vezes, procurei a primeira mulher que me pareceu distante o suficiente da realidade, e paguei adiantado para que ela ficasse comigo o resto da noite. Não queria conversa, não queria conexão — só queria me perder de novo, entorpecer a mente e sufocar, mesmo que por algumas horas, a imagem insistente de Sally que continuava a me assombrar.

No quarto abafado e mal iluminado do bordel, repeti cada gesto, cada movimento que havia feito antes na casa de Ana Júlia. Era como se meu corpo agisse por instinto, em um ciclo viciado de prazer e vazio. A mulher me acompanhava sem resistência, profissional e silenciosa, mas nada daquilo me preenchia. Sobre a cama gasta, contra a parede, no chão frio — refiz tudo, como se reviver os atos pudesse apagar a confusão em minha cabeça. Mas, no fundo, tudo era mecânico. Por mais que eu tentasse fugir, Sally ainda estava ali. Cada toque, cada gemido, cada respiração ofegante da mulher ao meu lado só reforçava o que eu queria negar: nenhum corpo, nenhum rosto, nenhuma noite era capaz de substituí-la. Ela era a ausência constante, o desejo impossível de silenciar. E mesmo quando o cansaço tomou conta, eu sabia — nada daquilo tinha me aliviado. Só havia aprofundado o buraco dentro de mim.

Depois que tudo terminou, me levantei em silêncio, vesti minhas roupas sem pressa e saí do quarto com um vazio ainda mais profundo do que antes. Como se algo em mim tivesse se partido de vez. Fui até o balcão e perguntei ao dono, com voz firme e olhar cansado, se havia prostitutos homens disponíveis. Ele me lançou um olhar curioso, talvez surpreso, mas respondeu com naturalidade: — Temos, sim. — Pedi que ele escolhesse três. — Os melhores. Quero todos de uma vez — acrescentei, tirando o dinheiro do bolso e pagando adiantado. Não era sobre desejo. Não era sobre prazer. Era sobre fuga — uma tentativa desesperada de me desconectar de tudo, de mim mesmo. Fui até outro quarto, mais isolado, e me sentei na beira da cama, esperando. O silêncio era pesado, e só o som distante da música abafada preenchia o ambiente. Fechei os olhos por um instante, mas, mesmo ali, na antessala de mais uma noite sem sentido, tudo o que conseguia ver... era Sally.

A porta se abriu com um rangido leve, e os três homens entraram em silêncio. O primeiro era moreno, de olhos azuis penetrantes que contrastavam com sua pele quente. O segundo, loiro, de traços delicados, mas com um olhar firme. O terceiro, um ruivo de sorriso provocante, parecia o mais jovem dos três. Todos estavam bem-apresentados, jovens, e sabiam exatamente o tipo de ambiente em que estavam. Cruzei os braços e esbocei um sorriso cínico, abafando o caos dentro de mim com uma falsa leveza. — Vocês sabem o que fazer — disse, a voz baixa, quase indiferente. — Façam o que são pagos pra fazer. — Eles se entreolharam, então começaram a se aproximar com naturalidade, profissionalismo e um certo ar de mistério. Mas, mesmo quando a noite recomeçou, cercado por outros corpos, por mãos e olhares desconhecidos, a verdade me acompanhava como uma sombra incômoda. Nada daquilo era real para mim. Tudo era apenas ruído. Porque, no fundo, a única imagem que me perseguia — viva, pulsante, dolorosamente ausente — ainda era Sally.

Os três se aproximaram com calma, experientes nos gestos e nas intenções. Seus toques começaram sutis, explorando com cuidado, como quem decifra um corpo desconhecido. Me deixei levar, sem pensar, sem resistir, afundando na sensação como quem busca apagar a própria consciência. Meus gemidos escapavam baixos, quase contidos, enquanto a mistura de mãos e estímulos tomava conta de mim. Por um instante, permiti que o vazio fosse preenchido apenas pelo prazer bruto e impessoal daqueles toques. Mas mesmo nesse abandono, mesmo cedendo ao calor do momento, uma parte de mim continuava distante — observando tudo de longe, como se meu corpo estivesse ali, mas minha alma ainda presa na lembrança de alguém que nenhum deles conseguiria substituir. Sally continuava sendo o nome que queimava em silêncio por trás de tudo.

Aos poucos, parei de lutar contra o que sentia. Fechei os olhos e me entreguei àquele emaranhado de toques, três pares de mãos percorrendo minha pele com precisão e intensidade. Era como se meu corpo, cansado de tanto conflito, finalmente aceitasse se perder naquilo — um alívio momentâneo, uma fuga crua da dor e do vazio que me consumiam por dentro. Os gemidos se intensificaram, não apenas pelo prazer, mas pela confusão, pela solidão que eu tentava sufocar com cada suspiro. Me deixei levar, me afundei na experiência, como se nela pudesse me esquecer, me apagar por algumas horas. Mas mesmo ali, no auge da entrega, entre mãos estranhas e corpos quentes, o nome que vibrava em silêncio, preso na minha garganta, ainda era o dela. Sally. Sempre Sally.

No caminho de volta pra casa, o motor do carro zumbia como um sussurro incômodo, e a cidade parecia dormir sob o peso da madrugada. Eu mantinha os olhos fixos na estrada, mas por dentro, ainda tentava entender o vazio que aquela noite me deixara. Foi quando o celular vibrou no painel. Atendi no automático, sem sequer olhar o visor.

— William, — disse uma voz abafada e apressada. Reconheci na hora: Maria. A mulher de Zhao Kunlun. Minha amante... uma das, na verdade.

— Você precisa desaparecer. Agora. Zhao descobriu tudo.

Meu corpo enrijeceu.

— Tudo o quê? — perguntei, embora meu instinto já soubesse a resposta.

— Os milhões de Wons... Durante os cinco anos que você trabalhou pra ele. Ele descobriu que você desviou. Está furioso. Tem gente na sua cola neste exato momento. Ele jurou te matar com as próprias mãos.

Um silêncio denso tomou conta do carro. A adrenalina começou a subir pela espinha como uma serpente gelada. Zhao Kunlun. O chefe da Yakuza. Um homem que não perdoava traições — e agora eu era o nome gravado na ponta da lâmina. Desviei o carro bruscamente da rota para casa, o coração martelando no peito. Meu passado tinha voltado para me cobrar... e não deixaria troco.

Dei um sorriso cínico assim que Maria desligou. Zhao finalmente havia juntado as peças — demorou mais do que eu esperava. Mas não importava. Eu já tinha planos prontos para essa eventualidade. Planos que começavam com sangue e terminavam com silêncio. Girei o volante numa curva seca, rumo à minha casa. Precisava das armas, dos documentos falsos, do dinheiro escondido. Se fosse desaparecer, não seria como um rato... seria como um fantasma.

Ao chegar, estacionei na sombra de uma árvore e me aproximei da entrada lateral da mansão. E foi ali que o destino me entregou um presente inesperado: uma silhueta familiar, parada ao lado do jardim, encarando a fachada como quem tentava entender por onde começar. Alto, postura arrogante, cabelos grisalhos bem cortados... mas os olhos traiam a idade. Zemir. Meu tio. O mesmo que tentou derrubar meu pai mais de uma vez, se aliando com escória e vendendo a honra da família por poder.

Ele não me reconheceu. Talvez pela barba, pela escuridão, ou pelo tempo. Mas eu o reconheci de imediato. A bile subiu na garganta junto com a lembrança das traições, das mortes silenciosas que ele causou nos bastidores. Eu já tinha planos para lidar com ele mais tarde. Mas agora... ele estava bem diante de mim. No meu território. No meu caminho. E eu não desperdiçava oportunidades.

Desci do carro com calma, como se nada demais estivesse acontecendo, ajustando a gola do casaco e adotando um ar casual. Caminhei em direção a Zemir com passos medidos, a expressão curiosa, como um estranho que buscava orientação.

— Boa noite, senhor. Por acaso sabe se aqui é a residência Colcci? — perguntei, encenando com perfeição.

Ele virou-se para mim, levemente confuso, franzindo o cenho enquanto tentava entender meu rosto nas sombras. Não reconheceu. Perfeito.

— É... é sim — respondeu hesitante, os olhos ainda tentando me situar.

Olhei discretamente ao redor. Nada de câmeras naquela lateral da casa. Nada de testemunhas. Era o que eu precisava.

Num movimento rápido, precisei de apenas dois segundos para envolver meu braço ao redor do pescoço dele num mata-leão firme, sufocando qualquer som. Seu corpo reagiu com força, mas sua idade e surpresa jogaram contra ele. Segurei firme até sentir seu corpo amolecer. Com um sorriso frio, arrastei-o para o carro, jogando-o no porta-malas como um velho saco de mentiras.

— Hoje, Zemir... — murmurei, fechando o porta-malas com um estalo seco — você vai pagar cada centavo da vergonha que trouxe à nossa família. Hoje, a honra dos Colcci será lavada com sangue.

Entrei no carro com passos firmes, o coração pulsando no ritmo da adrenalina. Fechei a porta com um estalo seco, abafando por um instante o silêncio tenso da noite. Liguei o motor, os faróis cortaram a escuridão como lâminas, e segui em frente, deixando para trás o cenário do que jamais poderia ser desfeito. No porta-malas, o corpo de Zemir balançava com o movimento do carro, envolto no peso sombrio das decisões que não têm volta.

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