Capítulo 5 – Em Quatro Paredes

O dia passou rápido demais, e o pôr do sol tingia o céu de laranja e roxo quando Izuku se deu conta de que havia esquecido seu caderno de anotações na sala de apoio técnico. Com Uraraka e Shoto já fora da escola, ele correu pelos corredores vazios até encontrar a porta do fundo entreaberta.
Assim que entrou, foi surpreendido por um estrondo.
Izuku
Izuku
— Ei! (exclamou, ao ver Bakugou vasculhando uma prateleira, de costas para ele.)
Bakugou
Bakugou
— Você de novo (resmungou o loiro, virando-se de forma brusca.)
Izuku bufou, já se preparando para dar meia-volta, mas a porta atrás deles se fechou com um CLIQUE seco.
Ele girou a maçaneta. Nada.
Tentou com mais força. Trancada.
Izuku
Izuku
— Você trancou a gente aqui? (perguntou, virando-se com os olhos arregalados.)
Bakugou
Bakugou
— EU que tranc…? (bufou.)
Bakugou
Bakugou
— Que droga… Essa porta só tranca por fora. Quem diabos constrói uma sala assim?
Izuku
Izuku
(bateu na porta.) — ALÔ? ALGUÉM AÍ?
Nada. O corredor já estava vazio.
O silêncio caiu sobre os dois como uma sombra desconfortável. A sala era pequena, com caixas empilhadas, vassouras encostadas nas paredes e uma única lâmpada tremeluzente no teto.
Bakugou
Bakugou
(se escorou contra a parede, cruzando os braços.) — Ótimo. Preso com você.
Izuku
Izuku
— Como se eu tivesse escolhido isso! (retrucou, irritado.)
Izuku
Izuku
— Eu só vim pegar meu caderno.
Bakugou
Bakugou
— Você vive se metendo nos lugares errados (resmungou.)
Izuku sentou-se no chão, encostando-se na parede oposta, tentando manter distância, apesar do espaço apertado. Os joelhos dos dois quase se tocavam.
Minutos se arrastaram.
Izuku
Izuku
— Se você ficar bufando desse jeito a noite inteira, vai gastar todo o oxigênio da sala (disse, irônico.)
Bakugou
Bakugou
(o encarou com os olhos semicerrados.) — Ah, então o verdinho virou engraçadinho agora?
Izuku
Izuku
— Pelo menos eu sei falar com as pessoas sem gritar.
Bakugou
Bakugou
(se inclinou um pouco pra frente, os olhos faiscando.) — Quer que eu grite agora?
Izuku
Izuku
— Sinceramente? (olhou de volta, sem recuar.)
Izuku
Izuku
— Eu tô cansado de você me tratar como lixo.
Izuku
Izuku
— Já entendi que você me odeia.
Izuku
Izuku
— Mas qual o seu problema real comigo, Bakugou?
O silêncio foi imediato. Cortante.
Bakugou desviou o olhar, os músculos da mandíbula tensos.
Bakugou
Bakugou
— Você... você me irrita (murmurou, quase num sussurro.)
Izuku
Izuku
— Por quê?
Bakugou
Bakugou
— Porque você não desiste.
Bakugou
Bakugou
—Não importa o quanto eu te empurre, você continua aparecendo.
Bakugou
Bakugou
— Continua crescendo. Continua... ficando perto.
Izuku ficou em silêncio, processando aquilo.
Izuku
Izuku
— E isso é ruim?
Bakugou
Bakugou
— Pra mim, é.
Havia dor nas palavras de Bakugou. Não a dor de raiva... mas de confusão. De medo. De algo que ele mesmo não conseguia nomear.
Izuku
Izuku
(suspirou, passando a mão no cabelo.) — Talvez... você não me odeie de verdade.
Izuku
Izuku
— Talvez esteja tentando convencer a si mesmo disso.
Bakugou não respondeu. Mas também não desmentiu.
A noite caiu por completo. A luz fraca da sala os deixava quase em penumbra. Estavam tão próximos que Izuku podia ouvir a respiração pesada do loiro. O silêncio agora não era mais desconfortável — era tenso. Quente. Intenso.
Izuku
Izuku
— Vai ser uma longa noite (sussurrou.)
Bakugou
Bakugou
(soltou um suspiro baixo.) — É… vai ser.
Continua...
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Divo do Luke✨️

Divo do Luke✨️

KAKSKKSAKA EU PENSO MERDA

2025-04-26

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