No Metrô do Destino

No Metrô do Destino

Prólogo

Evellin,

Se você encontrou este bilhete… é porque, de algum modo, algo em mim ainda acreditava que você precisava saber. Talvez seja tarde. Ou cedo demais. Mas é verdade. Cada palavra aqui é sua.

Você sempre me olhou de um jeito estranho. Intenso. Como se enxergasse algo que nem eu conhecia em mim mesmo. Aquilo me desarmava. Me fazia esquecer o tempo, as estações, o mundo ao redor. No começo, tentei evitar. Mas você insistia em existir mesmo no silêncio.

Foi por isso que te pedi em casamento.

Sim, foi loucura. Eu mal te conhecia. Mas o que se conhece de alguém quando o olhar diz tudo? Você sorriu com os olhos arregalados, como quem duvida e acredita ao mesmo tempo. E, naquele instante, algo mudou.

Desde então, passamos a nos encontrar no meio do caos. Entre rostos apressados e portas que se abriam e se fechavam, você era a única certeza. Criamos um mundo inteiro entre os trilhos. Tínhamos planos, mesmo sem prometer nada.

Mas o tempo… o tempo tem suas maneiras de testar a gente.

Sei que nos últimos dias você mudou. Seu silêncio, que antes era abrigo, virou distância. E, mesmo sem dizer, eu percebi que algo em você já não estava mais aqui.

Eu tentei. Tentei te alcançar no mesmo vagão, no mesmo banco, no mesmo horário. Mas você não estava mais lá. Nem no lugar, nem no olhar.

Talvez você tenha decidido seguir sem olhar pra trás. Talvez estivesse esperando que eu dissesse algo que não tive coragem de dizer. Ou talvez tudo isso seja apenas uma estação entre muitas — e eu precise aprender a descer.

Mas se por acaso esse bilhete encontrar suas mãos…

Saiba que você foi a única pessoa que me fez querer ficar.

Ficar em mim. Ficar no mundo. Ficar com você.

Você mudou tudo.

E mesmo que a cidade siga correndo, que os trens não parem mais no nosso ponto, que as pessoas esqueçam… eu não esqueci.

Ainda te vejo nos reflexos das janelas, nas músicas que você ouvia, nas palavras que nunca chegaram a ser ditas.

Evellin…

Se ainda existir alguma lembrança nossa em você, mesmo que pequena… guarde.

Porque eu estive aqui.

Estive inteiro.

Estive seu.

E mesmo sem promessas, mesmo sem certezas…

Sei que algo entre nós ainda pulsa.

— Vicent

___________________________****_______________________

Olá, estrelas!

Sejam muito bem-vindos ao universo de No Metrô do Destino.

É com o coração cheio de gratidão que compartilho essa história com vocês. Mais do que páginas e capítulos, aqui moram sentimentos, silêncios, encontros e despedidas. Cada palavra foi escrita com a intenção de tocar, de lembrar que até nos lugares mais comuns — como um vagão de metrô — podem nascer os sentimentos mais intensos.

Vicent e Evellin não vivem um amor comum. Eles são feitos de olhares demorados, de mistérios não revelados, de promessas silenciosas. A história deles é construída entre estações, entre a pressa da cidade e a lentidão de um sentimento que insiste em permanecer.

Escrever esta obra tem sido uma viagem emocional, cheia de surpresas e reviravoltas — e ainda está em andamento. Por isso, sua leitura, seu apoio e sua presença aqui significam mais do que palavras podem expressar.

Espero que, de alguma forma, você se veja em alguma linha deste trajeto. Que sinta. Que se permita viajar com eles.

Obrigada por embarcar comigo.

Com carinho,

Sena

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Comments

Elena Viana

Elena Viana

vamos começar mais uma aventura 😀😀😀😀

2025-04-17

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