Embora Sam ainda não saiba quem ele é... Continuando aqui...
Não sei explicar o que me fez voltar lá hoje.
O dia estava nublado, com aquele cheiro de chuva prestes a cair. Meus pais não gostam que eu vá ao bosque quando o tempo está assim. Dizem que posso escorregar, ou me perder se a neblina baixar. Mas a verdade é que eu me sinto mais viva nesses dias. É como se o mundo inteiro estivesse desacelerando, me dando espaço para sentir.
Então eu fui.
Moletom preto, saia colegial branca, os fones pendurados no pescoço, mas sem música. Eu queria ouvir o que o silêncio tinha a dizer. Ou o que ele escondia.
As folhas úmidas estalavam sob meus pés. O céu cinza deixava tudo mais pálido, até minha própria pele parecia mais fria ao toque. Respirei fundo. Me concentrei. E então, ouvi.
Um galho se partindo atrás de mim.
Virei rapidamente. Nada. Nenhum animal, nenhuma brisa mais forte. Só o ar pesado, parado... e aquela sensação. A mesma de sempre. Como se algo estivesse me estudando. Como se eu fosse um alvo. Um objeto de fascínio.
— Tem alguém aí? — minha voz saiu mais firme do que eu esperava.
Silêncio.
Mas havia uma presença. Eu sabia. E foi aí que o vi.
Parcialmente encoberto pela neblina, encostado em uma árvore a uns dez metros de distância, havia um garoto. Alto. Muito alto. Usava roupas pretas, como se quisesse se camuflar na sombra do bosque. O rosto... não consegui ver direito de imediato. Só os olhos — escuros, profundos. Intensos. Me fitando como se me conhecesse. Como se sempre tivesse me conhecido.
Por um segundo, achei que devia correr.
Mas ele não se moveu. Nem um passo. Só ficou ali, me observando, como se estivesse esperando minha reação.
— Você me seguiu? — perguntei, com um tom mais acusador do que pretendia.
Ele não respondeu.
Deu apenas um leve sorriso de canto. Um daqueles sorrisos que não são exatamente gentis, nem perigosos. Apenas... enigmáticos. Aquele tipo de sorriso que deixa mais perguntas do que respostas.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele simplesmente se virou e desapareceu por entre as árvores, como se tivesse se dissolvido na névoa.
Fiquei ali parada por alguns segundos. Tentando entender o que aquilo tinha sido. Quem era aquele garoto? Por que não respondeu? E por que, apesar de tudo, meu coração estava batendo daquele jeito?
Voltei pra casa sem conseguir pensar em outra coisa.
Não contei aos meus pais. Nem à minha melhor amiga. Esse momento era só meu — confuso, assustador, e estranhamente... hipnotizante.
Quem é você?
E por que, mesmo sem saber seu nome, sinto que nossos caminhos já estavam ligados há muito tempo?
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Sentir que os caminhos de duas pessoas já estavam ligados, mesmo sem saber, pode ser uma experiência intensa e mágica. Isso pode ocorrer devido a:
Sincronicidade:Eventos coincidentes que fazem parecer que o destino uniu vocês.
Intuição: Uma sensação de reconhecimento emocional antes de se conhecerem.
Experiências Passadas:Crenças sobre almas gêmeas ou conexões kármicas.
Empatia e Compreensão:Um entendimento profundo e uma linguagem não verbal entre as pessoas.
Essas sensações podem resultar em sentimentos de amor ou amizade e despertar o desejo de explorar essa conexão.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
princesinha_07♡
agora entendi o que significa
2025-04-17
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