Temporada 1 – Ato 1 – Capítulo 3;
O som dos saltos de Veronica ecoava com elegância pelo piso impecável enquanto ela contornava a mesa de mogno e, com um suspiro dramático, se jogava com graça no sofá ao lado de Alexander. Seu corpo se escorava sutilmente no dele, e sem pedir permissão — como de costume — esticou o braço e abriu uma nova aba no notebook do marido.
— Amor... tô em dúvida entre essas duas mansões aqui — disse ela, deslizando os dedos com unhas milimetricamente pintadas pela tela sensível ao toque. — Essa tem uma hidromassagem com vista panorâmica e a outra tem uma sala de maquiagem toda automatizada... O que você acha que combina mais com um grupo de mulheres exauridas?
Alexander soltou uma risadinha contida, olhando para ela de canto de olho, tentando ao mesmo tempo manter a atenção no contrato que precisava revisar para uma reunião em minutos.
Mas do outro lado, Jaxon também já estava acomodado. Se jogou preguiçosamente na poltrona oposta, levantando o celular na altura do rosto do pai — como quem exibia um troféu.
— Pai, olha isso. Tô montando o grupo da festa. Vai ser insano. Eu tô falando Top 10 do momento, nada fora do hype, juro.
No celular, Alexander via a prévia da festa que o filho estava organizando. As luzes de LED, painéis de LED interativos, caixas de som de última geração com graves que faziam o peito tremer. A playlist? Uma fusão moderna de tendências explosivas em Chicago: batidas eletrônicas futuristas com misturas de techno europeu, funk pulsante do Brasil, e até trechos de rock alternativo pesado, com guitarras distorcidas e vocais ecoantes — algo que fazia os jovens vibrarem em clubes subterrâneos e rooftops luxuosos da cidade.
— Essa aqui é a vibe da abertura, tá? — Jaxon dizia, clicando para mostrar. — Depois entra "Electric Beast" do DJ Kairon, "Rave de Luxo" que tá bombando em Chicago agora, e no fim, aquele remix pesado de "Midnight Scream". Quero luz negra, drinks fosforescentes e — ah! — manda colocar aquela máquina de fumaça controlada por sensor de movimento. Vai ser cinematográfico.
Alexander respirou fundo. Piscou devagar.
Ele estava no olho do furacão.
De um lado, a esposa vaidosa, carente de atenção, falando sobre tons de mármore e influência digital. Do outro, o filho mimado e vibrante, acelerado, exigente, jogando planos de festa como se estivesse montando um festival internacional.
E no meio... ele. Com um contrato milionário esperando ser assinado.
Mas como sempre, Alexander Reed era molinho demais para dizer “não” a qualquer um dos dois. Incapaz de pedir um minuto sequer de paz. Seu coração era dividido em duas metades — uma cheia de exigências fúteis, a outra cheia de expectativas sem limites. E ele simplesmente sorria, tentando dar conta de tudo, ao mesmo tempo, com a doçura de quem só queria manter a harmonia da própria realeza em miniatura.
E assim, ali naquela sala luxuosa, com uma aba de contrato, outra de mansões e um celular cheio de neon e grave pesado, Alexander se viu, mais uma vez, preso em seu império... refém do trono dourado que construiu.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Escarlathe ( >~< )
O funk pulsante do Brasil.....Não pode falta....kakakakaakakakakKAKAKAKAAKKAKAKAKAKAK...Essa tá fazendo as minhas bochechas doerem de tanto rir....KAKAKAKAKAKA/Joyful//Joyful//Joyful/
2025-04-10
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Escarlathe ( >~< )
...menino tu vai convidar a cidade toda é....KAAKAKAKAKAK/Sweat/
2025-04-10
1
Escarlathe ( >~< )
Tá complicado...akakakakak
2025-04-10
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