Jogada Perigosa
Temporada 1 - Ato 1 - Capítulo 1;
O vento cortante do começo de fevereiro varria as avenidas largas de Chicago, carregando com ele os últimos resquícios da neve que insistia em cobrir as calçadas. A cidade pulsava como sempre, viva, agitada, intensa — um verdadeiro mosaico de estilos, ritmos e histórias. As ruas estavam cheias, mesmo com o frio implacável. Homens e mulheres de casacos elegantes cruzavam as passarelas de vidro dos prédios empresariais como se estivessem em uma eterna passarela. Bolsas de grife, cachecóis de lã italiana, óculos escuros que escondiam olhos atentos e ambiciosos.
Carros de luxo deslizavam suavemente pelas vias geladas do centro financeiro, onde sedes de grandes empresas e startups tecnológicas dividiam espaço com cafés modernos e lojas de alto padrão. Jovens se reuniam em cafeterias instagramáveis enquanto executivos trocavam apertos de mão atrás de janelas espelhadas. Era um cenário onde dinheiro encontrava estilo, e tudo parecia funcionar como uma engrenagem perfeitamente ajustada.
Mas as escolas ainda estavam silenciosas. Era o início de fevereiro, e os corredores da prestigiada Phillips Academy ainda estavam vazios — um respiro antes do caos adolescente recomeçar. Por ora, a cidade pertencia aos adultos... e aos herdeiros.
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Longe do burburinho urbano, em uma região mais reservada e exclusiva, cercada por portões altos e seguranças discretos, erguia-se uma mansão colossal. Mas não qualquer mansão. Aquela era uma obra de arte ultramoderna de vidro, aço e concreto, construída como se fosse um museu do futuro. As paredes de vidro de três andares ofereciam uma vista panorâmica da cidade, os móveis eram todos assinados por designers internacionais, e cada cômodo respondia a comandos de voz. O chão aquecido acompanhava a temperatura do corpo, e a iluminação se adaptava ao humor do ambiente. Havia uma sala de jogos digna de Las Vegas, uma piscina interna que mudava de cor, elevador panorâmico, academia com equipamentos de última geração, garagem com uma coleção de supercarros e um cinema particular que deixaria qualquer rede comercial no chinelo.
Ali vivia Jaxon Reed.
Aos 18 anos, ele era a imagem perfeita da elite jovem americana. Alto, esguio e atlético, de pele clara e olhos âmbar intensos que pareciam espiar além da superfície. Seus cabelos negros caíam levemente sobre a testa, sempre num estilo cuidadosamente bagunçado, e sua presença por si só já enchia qualquer cômodo. Ele era charme, arrogância e beleza na medida exata — e tudo isso vinha do pai. Era como olhar para uma versão mais jovem de Alexander Reed, um bilionário de 38 anos, magnata do setor tecnológico, dono de empresas que transformavam dados em ouro. Alexander era um homem bonito, sempre bem vestido, com uma aura gentil e um olhar doce — especialmente quando olhava para Jaxon.
Alexander era um pai como poucos. Extremamente carinhoso, protetor e presente, o tipo que deixava reuniões milionárias de lado para assistir a jogos do filho. Ele o amava mais do que qualquer coisa. Mais, inclusive, do que a própria esposa falecida — uma jovem de apenas 15 anos, uma menina frágil e doce que morreu no parto de Jaxon. O vazio que ela deixou foi preenchido por um amor incondicional e obsessivo do pai pelo filho.
Mas o vazio de uma mãe não ficou por muito tempo.
Veronica, a madrasta, entrou na vida de Alexander pouco depois do nascimento de Jaxon. Ela era uma mulher de presença forte, beleza escultural e personalidade afiada. Vaidosa, vulgar em palavras e gestos, viciada em estética e aparências. Cuidou de Jaxon desde que ele era um bebê, mas nunca com afeto verdadeiro — sua criação era moldada em regras sociais rasas, preconceitos enraizados e valores superficiais. Foi dela que Jaxon herdou a ideia de superioridade, de divisão entre “certos” e “errados”, entre “bons” e “estranhos”.
Alexander sabia disso. Mas nunca teve pulso firme para mudar a dinâmica. Preferia manter a paz e mimar o filho, acreditando que o amor resolveria tudo no fim.
Só que, às vezes, o amor cego também cria monstros.
E Jaxon Reed era o príncipe perfeito... com um veneno doce escondido por trás do sorriso irresistível.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Escarlathe ( >~< )
Vida boa quando não tem aulas...kakakaka/Chuckle/
2025-04-10
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Escarlathe ( >~< )
É............A menina tinha 15 anos....Meu Deus tou passada....Mais também eu não duvido nada uma vez no meu colégio no ano passado avia uma menina de 14 anos grávida..../Sweat/
2025-04-10
1
Escarlathe ( >~< )
Olha eu ainda não sei quem é o dono dessa mansão...Mais eu tenho certeza de que ele tá preparando pro apocalíptice zombi mais sedo ou mais tarde.../Hey/
2025-04-10
1