capitulo 3

Capitulo 3

Os olhos estavam vermelhos, o rosto inchado, Cíntia não havia dormido aquela noite temendo o fatídico destino que lhe aguardava, vestiu-se de uma de suas roupas mas discretas, a saia que ia até a altura dos tornozelos em tom pastel era duas vezes maior que ela, não marcava suas curvas ou lhe agregava beleza, assim como a camiseta branca de gola o rosto estava limpo, sem qualquer maquiagem, escolhas que lhe davam uma ideia erronia de segurança e que na verdade acrescentavam a sua imagem agelical o que seu algoz mais venerava," Pureza".

Se havia algo que Cíntia aprendeu nos cincos anos de internato era que homens podiam ser maliciosos e que qualquer deslize de conduta por menor que fosse podia dar a eles uma impressão erronia de liberdade.

Cíntia era um moça belíssima, nada do que fizesse mudaria isso, por mais que não soubesse quais eram as intenções de Estefano D'Ávila em vê-la seu interior gritava em desespero, angustiado e temeroso que algo ruím lhe acontecesse.

— Já vamos Madur.

Andou pelas escadas com expressão neutra e olhos tristes, o mordomo não disse uma só palavra, Cíntia entrou no carro, o veículo importado estacionou diante de um luxuoso hotel em uma área nobre de Istambul.

— Pode ir comigo até o hall? Minhas pernas não me obedecem, preciso de ajuda Madur.

O velho homem saltou do carro, o peito apertado por contemplar a menina que havia visto crescer obrigada a pagar pelos erros do pai, Madur lhe estendeu o braço, Cíntia se agarrou a ele precisando parar mais de uma vez pelo caminho, as pernas tremiam e não entendia o motivo, não conhecia Estefano, nem mesmo sabia o que ele queria, segurava as lágrimas, estava assustada pois por mais incertos que fossem os negócios do pai jamais imaginou ter que se envolver diretamente com um criminoso como aquele, Cíntia entrou no hotel, exceto por uma mulher jovem na recepção o hall estava vazio.

— Bom dia.

A mulher a encarou com um sorriso.

— Em que posso ajudá-la senhorita.

Cíntia olhou para Madur, a face pálida corou bruscamente.

— Estou aqui para ver um hóspede, está na cobertura, o nome é Estefano D'Ávila.

O sorriso no rosto da recepcionista deu lugar a uma expressão de pena, já havia visto Estefano circular pelo lugar e os comentários eram que além de perigoso ele batia em suas mulheres.

— Quantos anos tem senhorita?

— Dezesseis, faço dezessete em três meses.

A mulher passou a mão pelos cabelos, olhou para o gerente que naquele momento já lhe repreendia silenciosamente.

— Algum problema Sanem?

Se afastou, disse algo em sussuro ao homem que olhou imediatamente para Cíntia, gesticulou irritado fazendo com que a mulher se encolhesse, quando deixou a recepção chorava.

— Me desculpe senhorita, a recepcionista é nova, não conhece o senhor D'Ávila e por isso demorou atendê-la, peço que não comente com ele esse incidente.

Cíntia olhou para Madur, assentiu em silêncio.

— Vou chamar o elevador para senhorita.

— Não é necessário, meu mordomo fará isso.

O homem ajeitou o paletó.

— Sinto muito, as ordens são de que suba sozinha.

Cíntia olhou apavorada para o mordomo, ao ver a preocupação nos olhos do mesmo respirou fundo.

— Tudo bem Madur, eu irei sozinha.

Seguiu o gerente do hotel em silêncio, entrou no elevador e encarava os botões se acenderem a cada andar como uma tortura, as portas se abriram, a sensação de perigo emitente sussurrava em seu ouvido, olhou sobre o ombro encarando o corredor vazio, Cíntia parou diante da porta, quando bateu o coração disparou em seu peito como se pretendesse abri-lo.

— Entre.

A voz rouca e pesada ecoou como um estrondoso trovão, Cíntia tocou a massaneta completamente trêmula.

— Sen.. senhor Estefano.

Disse ao estagnar bem no meio do quarto, o homem enorme fumava na sacada, se virou impondo a ela sua presença, Estefano estava sem camisa, as costas nuas expunham uma tatuagem que a cobria inteira, cada passo na direção de Cíntia tinha como consequência a mesma ação na direção oposta, Cíntia se encostou contra a parede, estava encurralada, quando os braços musculosos de Estefano tocaram o tapume, um de cada lado do seu rosto ela soube, soube exatamente quais eram as intenções daquele homem, Cíntia o encarou com as duas esferas cor de mel em seu rosto naufragando em lágrimas, Estefano sorriu, o medo, o desespero nos olhos de Cíntia quase o levaram ao orgasmo.

— Se vestiu como a porra de uma Freira na intenção de me fazer brochar criança?

Gargalhou, Estefano chegou mais perto, cheirou o perfume que ela usava rosnando no ouvido dela.

— Se essa era ideia falhou de forma miserável, estou tão duro agora que lhe partiria ao meio, treparia contigo nesse chão em todas as posições que conheço.

Cíntia tentou sair, ele a segurou com força.

— Faça isso, saia por essa porta e eu juro pelo Deus que não acredito mas você adora que arranco a cabeça do Nazir e faço o mesmo com aquele velho que te segue, ele está te esperando lá fora?

Cíntia se encolheu contra a parede, se abraçou aos joelhos apavorada.

— O que quer de mim?

O fitou se afastar, andar até o meio do quarto.

— Não o conheço, o que posso te dar além do que obviamente já roubou?

— Não sou ladrão menina, dinheiro é o menor dos meus problemas, pode não acreditar mas tenho muito, muito mais que seu pai então não diga besteiras.

Estéfano se abaixou ficando diante dela, cintia não se lembrava dele e ao contrário dela o mesmo não havia esquecido um só dia de quando se viram no escritório.

— Soube que Nazir está em coma, quê esta vegetando encima de uma cama.

Cíntia chorou, limpou as lágrimas.

— Papai está entre a vida e morte por sua causa, não deveria ter feito três transplantes em tão pouco tempo.

Cíntia desviou o olhar se encolhendo ainda mais contra a parede, estava com medo.

— Sim, e o fato de nenhum dos corações que colocaram no peito dele ser compatível devem ter agravado o problema.

Cíntia o encarou em pânico.

— O quê?

Ele tocou seu rosto, contornou os lábios de Cíntia com o polegar.

— O que ouviu, nenhum dos três corações transplantados era compatível.

— Por que faria isso?

Ela chorou ainda mais alto, Estéfano sorrio, se pôs dê pé olhando firme para ela.

— Sou um homem de negócios, o órgão que Nazir precisa eu guardei para uma ocasião especial, trocarei por algo bem mais valioso, algo que só você pode oferecer criança.

Cíntia o olhou confusa, um misto de medo e raiva.

— O quê? O que quer?

— Você, para eu comer quando e como eu quiser Cíntia, uma put4 só minha, para eu f0der a boca, a bocet4, o rabo, até que eu enjoe... não gosto de dividir minhas coisas, por isso a ideia de ter uma prostituta particular me agrada.

Ela se levantou, o bateu repetidas vezes, socava o peito de Estefano que não se moveu.

— Terminou?

Um sorriso estampou sua face, parecia satisfeito em ver seu desespero, seu medo, sua raiva.

— Eu jamais faria isso, não sou esse tipo de garota.

— Então Nazir estava enganado?

Cíntia o olhou confusa.

— Ele disse que faria qualquer coisa para salva-lo.

Ela levou as mãos a cabeça, o coração no peito em pedaços.

— Papai...

— Só você pode salva-lo, abra as pernas para mim ninfeta, deixe-me fode-la até que isso não me satisfaça, em troca...

Cíntia chorou, fechou os olhos quando teve sua bochecha levemente tocada.

— Eu dou ao seu pai o coração que ele precisa.

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Comments

Thamires Shineider

Thamires Shineider

Quem vê assim, até acredita q ele é malvadão 🤭. Vai beijar o chão q a Cíntia pisa, vai virar cachorrinho dela ,🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2025-04-10

16

Denise

Denise

Posso estar enganada, mas Estefano vai engolir todas as merdas que fez e falou e não dou uma semana depois deste dia fatídico, para -- desmentindo as piores as previsões --, Estefano ficar completamente apaixonado e à mercê dos pedidos de Cíntia.

2025-05-06

0

Celma Rodrigues

Celma Rodrigues

Cintia vai ceder porque ama o Pai. E Estefano nunca mais vai deixá-la partir porque não vai enjoar, viciar.

2025-04-21

2

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