(Alfaiataria Linha Dourada)
Eu terminei de anotar algumas coisas no pedido do bancário. E estava anotando tudo em meu caderno de capa de couro. Ele me observava o tempo todo, a ponto de me deixar nervoso.
- Pois bem senhor, a cor, você disse bege?
Herbert Sultan: Exatamente.
- O senhor só pode usar essa cor?
Herbert Sultan: Bem, normalmente procuro tudo nessa cor. É a minha cor favorita.
- E se eu te dissesse que essa sua cor favorita, ao menos para roupas não lhe cai bem?
O homem levantou uma sombrancelhas. O rosto dele, era tinha traços arredondados, que combinavam com o seu cavanhaque bem feito. Era impossível não perceber que ele tinha mais de quarenta anos, e fazia questão de exibir todo o seu charme.
Herbert Sultan: Você quer sugerir algo para mim?
- Sim eu quero. Você é um homem de boa aparência. Mas, os cabelos, os olhos e a pele clara, ficam apagados nesse tom. Ainda mais, se você não combina as cores muito bem. Venha comigo.
Levei o bancário até o espelho.
- Sua camisa, é bege também, o terno, é bege, e a gravata...
Balancei a cabeça negativamente.
- A gravata é horrível! É a pior estampa que vi. Se não for presente de alguém, eu sugiro que jogue fora!
O homem deu um leve sorriso.
- Deixa eu ver uma forma melhor de... Ah! Já sei! Senhor Sultan, por gentileza, posso lhe mostrar uma coisa?
Herbert Sultan: Sim, pode.
Tirei o paletó dele, e coloquei um outro que tinha no tom caramelo. Naquela momento, vi a sombrancelha dele subindo novamente. Ele olhou no espelho, e gostou do que viu.
- Trocamos uma peça, e você ficou muito mais bonito. Isso porque, agora, essas cores não apagam sua aparência. E é claro, com essa combinação, você não deixa de usar o seu "bege da sorte". O que vai ser então?
Herbert Sultan: Confio no seu bom gosto. Me surpreenda!
- Queria não dizer que adorei escutar isso, mas, já disse. O prazo é três dias, normalmente. Como estou sem muitas encomenda, acredito que até o final da tarde de amanhã, estará em seu endereço. Muito obrigado.
Herbert Sultan: Quanto fica?
- Trita por cento da entrada, o restante após a entrega.
Herbert Sultan: Imagina, de forma alguma, pegue aqui.
O homem tirou notas altas da carteira, e me deu elas.
Herbert Sultan: Fique com o troco.
- Eu agradeço, mas, Senhor, eu gosto de deixar a segunda parte, para depois que os meus clientes provam as peças e realmente gostam.
Herbert Sultan: Tenho certeza que eu vou gostar. E vou comprar muitos outros.
O homem sorriu novamente, de forma mais sedutora que antes. Eu disfarcei o incômodo, até ele sair.
- Que homenzinho intrigante. E depois diz que é casado!? Como ele olha assim, para as pessoas? Sei... Coitada da esposa dele, se ele ficar sorrindo assim para qualquer um.
Comecei a me preparar para o corte das peças. Marquei as linhas onde deveria cortar, com uma caneta preta, peguei a tesoura, e os alfinetes, e de repente, fiquei paralisado. Antes mesmo de ver três homens entrando na loja. Eu senti a presença deles. Dois eram Alfas, e um era Beta. Um dos Alfas, bloqueou a passagem. Eu respirei fundo e fiquei de pé, abrindo um sorriso em seguida.
- Antes de me dizerem o que vão querer senhores, gostaria que ficassem em ordem de chegada, me digam o seu nome, e fiquem longe da porta, para não atrapalhar outros clientes.
{As vezes, eu me assusto comigo mesmo, com a capacidade que eu tenho de debochar de uma situação, que eu sei que não vai ser nada boa para mim}
Rufo: O meu nome é Rufo, e eu preciso que o senhor venha conosco, sem criar resistência.
Achei estranho o Beta, tomar a frente, como se fosse o líder do grupo.
- E se eu criar resistência?
Um dos homens Alfas, deu um passo a frente, e exibiu os seus músculos urrando como um animal.
- Entendi... Mas eu vou criar mesmo assim.
......................
Na mansão Ciarmon, Devon corria no gramado atrás de duas crianças. Ryan observava sentado em uma cadeira na varanda. Seu olhar era triste embora, um leve sorriso se fazia em seus lábios. Um homem, sentou ao seu lado.
Vladimir Marena: Pelo seu olhar imagino que tenha brigado com o Devon, acertei?
Ryan Marena: Quase isso pai.
Vladimir Marena: O que aconteceu?
Ryan Marena: O Devon conheceu um outro Ômega.
Vladimir Marena: E o que tem demais? É o quarto, ou o quinto, certo? O Devon é um jovem insaciável. Ele precisa ter alguém na cama com ele. Por isso, vai atrás de outros.
Ryan Marena: Mas é que dessa vez...
Ryan começou a chorar.
Ryan Marena: Eu perdi ele mesmo.
Vladimir Marena: Ryan, não me diga que esse Ômega é um original?
Ryan Marena: Ele não sabe. Só sabe que foi muito melhor que todos que ele conheceu, ele não quer ninguém, disse que só ele conseguiu o satisfazer.
Vladimir Marena: Ryan, talvez seja melhor assim. Tenho um amigo que é dono de fazendas. Ele está procurando um Ômega original para se casar.
Ryan arregalou os olhos.
Ryan Marena: Não posso.
Vladimir Marena: Filho, é um ótimo casamento.
Ryan Marena: Não! Eu não quero!
Ryan se levantou e saiu correndo para dentro da casa.
Vladimir Marena: Ryan! Você vai me explicar certinho o que aconteceu.
O homem desistiu de seguir o filho, ao ver Rufo, um empregado da família.
Vladimir Marena: Rufo!? O que faz por aqui? E... O que foi isso em seu rosto?
Rufo: Boa tarde. Não tenho autorização para dizer senhor Marena.
O homem caminhou para o jardim, até Devon o perceber.
Devon: Meninos lamento, mas a brincadeira acabou.
As crianças se aproximaram, ambos o menino e a menina, tinham quase a mesma altura. O menino de cabelos castanhos claro, e olhos verdes deu um passo a frente e segurou o braço de Devon.
Susano Ciarmon: Primo, vamos brincar mais um pouquinho!
Devon: Não da pirralho! Eu tenho que resolver um assunto de trabalho.
Safira Ciarmon: Primo?
A menina tinha cabelo curto e mais claro que os do irmão. Suas roupas, não eram muito femininas, calça e camiseta.
Devon: O que foi?
Safira Ciarmon: Vamos ao parque né?
Devon: No fim de semana! Combinado?
Safira Ciarmon: Certo!!!
Devon deixou as crianças e se aproximou de Rufo.
Rufo: Feito senhor. Só não conseguimos trazer o senhor Cláudio. Ele foi fechar uma compra na cidade dos Alpes.
Devon: Que conveniente ham? Certo, deixou ele no meu escritório?
Rufo: Sim senhor, os irmãos estão de olho nele.
Devon: Vamos!
Por um caminho oposto a mansão, ainda dentro da propriedade, uma outra construção, meio isolada do resto da casa, foi o destino deles.
Eles entraram pela porta grande de madeira, e um escritório foi exibido. A mesa grande de madeira maciça, demostrava uma decoração rústica, elegante. Devon bateu os olhos no homem ao chão, e no mesmo instante travou.
Rufo: Ele não está morto. Mas tivemos muita dificuldade em trazer. Ele lutou, olha o estado do DJ, e eu também apanhei bastante. Então... Tivemos que ser um pouco mais agressivos. Não sei se ele terá condições de falar agora.
Devon ignorou os homens a frente, e se abaixou ao lado do ferido que estava no chão. Virou o homem com o rosto para cima, e se assustou.
Devon: {Céus! É...ele mesmo!!?}
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Ester
Eu estou ansiosa pra ver como termina, esse primo será um grande pé no saco, e porque ele se referiu ao marido ou companheiro como se estivesse esperando ele voltar hum e devon tá ferrado pra se explicar porque o agrediu
2025-04-27
3
adelice miranda de aguiar
o seu omega Devon deu trabalho, agora quero ver quando ele acorda
2025-04-27
1
Ester
atualiza com mais caps plysssssss
2025-04-27
1