O Ousado Ômega Alfaiate
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Todos nós temos uma história. Algumas são tristes, outras românticas, outras de Superação, de redenção, ou até de vingança. Com tudo o que aconteceu na minha vida, até agora, não consegui classificar a minha.
Sou um Alfaiate, tenho trinta e cinco anos e moro sozinho. Eu me chamo Lenar Michell. Vou contar a minha história, de uma forma não tão organizada, mas espero que no final, eu consiga classificar ela.
(Frente do Bar BlueRed)
Em um dia comum, ao passar em frente ao bar NightBlueRed, dois homens pararam na minha frente. Quando me aproximei mais, pude ver que um deles era alto e musculoso, o outro, magro com uma expressão sombria. Eram Alfas, isso, eu já havia percebido de longe. Eu não tinha como dar a volta, teria de passar por eles de qualquer forma.
Homem Magro: Gostei das roupas, essa blusa é bem bonita, é de marca?
- Boa noite cavaleiro. Pelo que vejo tem bom gosto, mas não tem noção. Isso não é uma blusa, é um cardigan.
Homem Musculoso: Pode ficar com as roupas dele. Eu fico com ele, e não vou precisar delas.
Àquele homem tinha um cheiro forte, misturado com cigarro e bebida. Seu olhar me devorava, e eu não consegui evitar a expressão de nojo.
Homem Musculoso: Que cara é essa hein!? Vamos ver se vai achar ruim quando eu acabar com você.
- Não acho necessário perdemos tempo um com o outro. Vocês estão na rua, visivelmente desocupados, e eu, tenho que trabalhar amanhã, estou de saída. Tenham uma boa noite!
Eu sabia que não passaria tranquilamente, só que um dos meus defeitos, e não ter mais medo de nada. No momento que senti a mão do homem musculoso, encostando no meu braço, me virei, desviei do braço dele, e chutei sua virilha. O homem gritou, e o outro veio em sua defesa, para cima de mim. Não pude evitar dois golpes dele, um acertou o meu rosto, e o outro a barriga. Enquanto me abaixei sentindo a dor, agarrei a tampa de lixo de metal á frente, e acertei a cabeça dele, com toda a força que pude reunir. O homem magro caiu no chão desacordado.
Recuperei o fôlego a tempo de perceber que lá vinha o segundo round. O homem musculoso, avançou sobre mim furioso, e tão rápido, que não pude escapar de seus braços.
Homem Musculoso: Você está perdido agora! Agradeça se eu não despedaçar até seus ossos!
- Aah! Me solta!
Sentindo a força daquelas mãos, quase quebrando os meu pulsos, eu gemi alto de dor, e virei o rosto para me afastar. Nesse momento, em frente a porta do bar, eu vi um par de olhos verdes, brilhantes. Um outro homem, apareceu de repente, não consegui entender no momento, de onde ele veio. Ele deu um passo a frente, e notei que estava meio desequilibrado. Ele sorriu de forma maliciosa.
Homem de Olhos verdes: Perfeito! Eu estava doido para arrumar briga hoje! E não consegui nada aí dentro. Solta esse homem! Ouvi claramente que ele não quer ir com você.
Homem Musculoso: Eu vi primeiro, então é meu. Você não vai querer entrar nessa briga garoto. Vai se arrepender.
Homem de olhos verdes: Será mesmo?
Homem Musculoso: Ok, então vamos resolver isso...
Naquele momento, eu pensei que ia ser solto. Mas o musculoso tirou um enforca gato do bolso, e prendeu as minhas mãos em um cano de ferro ao lado, a fim de vir me buscar depois. Enquanto os dois homens começaram a brigar, eu tentei me soltar. Fazia toda a força que podia, porém nem o poste eu conseguia balançar. Meu pulso se feriu, de tanto eu forçar, até que desisti. Respirei fundo, e virei o rosto para o lado, para tentar olhar a briga.
O que vi a seguir, me deixou surpreso. O homem de olhos verdes, vinha caminhando na minha direção. No chão, atrás dele, àquele musculoso, que era visivelmente bem maior, estava caído no chão sem se mover.
Meus olhos se encontraram aos olhos verdes, que vinham. Uma brisa, trouxe o cheiro dele para perto, era um aroma envolvente, e forte. Ele era um Alfa, e mesmo sendo mais jovem, era muito mais poderoso que àqueles outros dois.
Homem de Olhos Verdes: Acho que hoje é o seu dia de sorte. Vou soltar você.
Os meus olhos acompanharam os movimentos dele. A mão desceu ao bolso, e tirou um canivete fechado, que em seguida abriu e usou para me libertar.
- É... Obrigada.
De perto, o rosto limpo de pele morena me pareceram fascinante. Os traços dele, eram largos, e a feição agressiva, com sombrancelhas fechada. De repente, ele aproximou o rosto do meu pescoço, fazendo o meu corpo arrepiar.
Homem de olhos verdes: Você... quer vir comigo?
- O quê!? Ir com você? Aonde?
Homem de olhos verdes: O seu cheiro é diferente de todos os Ômegas que eu já conheci... O que você tem de tão especial?
- Não sei... Isso é você que está dizendo.
Homem de olhos verdes: Você não quer mesmo vir comigo?
Os lábios daquele homem tocaram a minha orelha suavemente. Eu comecei a me sentir muito atraído por ele. Estava quase cedendo, e indo. Quando ele se desequilibrou por um momento.
- Você está bem? Qual é o seu nome?
Homem de olhos verdes: Eu me chamo Devon, e a resposta para a primeira pergunta, é provavelmente não. Eu tomei uma medicação, e... Depois uma garrafa de whisky... Acho que isso não foi uma boa ideia.
Ele sorriu.
Devon: Desculpe por isso. Não posso te deixar nessa rua escura. Podem aparecer outros predadores. Para onde eu levo você?
- Passando por essa rua, moro no segundo quarteirão.
Devon: Vou acompanhar você, e caminhar um pouco. Acho que isso vai me fazer bem.
Conforme caminhavamos, o cheiro dele me deixava confuso. Era atraente, e pesado, e estava mechendo com os meus sentidos, me deixando cada vez mais excitado. Finalmente, paramos.
Devon: Aqui!?
Notei que ele falou de uma forma arrogante. Embora o bairro não fosse um dos melhores, a casa era exuberante, em madeira e alvenaria, com as sacadas, cheia de flores.
- Sim é aqui. Obrigada por me acompanhar...
Olhei para ele, e seus olhos estavam cravados nos meus.
Devon: Eu posso entrar?
- Sim.
•••
Uma atração muito forte me conectou àquele homem, me fazendo avançar em seus braços, assim que ele deu um passo a frente. Nos beijamos vorazmente logo após fechar a porta.
Não dissemos uma palavra, não paramos, e não pensamos em nada, até nossos corpos se juntarem e nos dar uma prévia do prazer ali mesmo, no sofá. Minutos depois, ofegantes, notamos quase ao mesmo tempo, que àquela sede, não ia ser saciada apenas em uma vez.
- Vem comigo.
Segurei a mão dele, olhando para o corpo perfeitamente desenhando. Seu físico era muito sedutor. Os ombros largos, a pele dourada, o abdômen definido, as coxas musculosas e firmes, realmente irresistível. Quando ele entrou no meu quarto, o joguei deitado a cama. Tanto quanto ele, eu queria muito mais.
Deslizei as minhas pernas sobre ele, enquanto as suas mãos subiam, tocando a minha cintura. Ele olhava para cima, com a boca salivando. Quando me posicionei, sobre ele, observei a expressão de satisfação no seu rosto. Com o corpo conectado, comecei a me movimentar. Eu estava apreciando cada segundo, como uma sensação, que nunca havia sentido antes. Não tão intensa, não tão envolvente, e muito menos tão prazerosa.
Olhar para aquele rosto ofegante, e maravilhado, me deixava, mais satisfeito. Eu dominava a relação, com meus movimentos livres, da forma que eu queria.
Não sei dizer quantas vezes chegamos ao êxtase, antes de dormimos completamente exaustos.
......................
A luz bateu no meu rosto, pela fresta da janela. Eu abri os olhos e vi o rosto de Devon. Na claridade do dia, e da minha mente, notei que os traços de seu rosto eram bem jovens. Me levantei incomodado com isso.
- {Que idade ele tem?}
Na calça jogada na sala, consegui ver a identidade dele.
- Céus!? O que eu estou fazendo?
Devon: O que foi? Quer me roubar?
Olhei para ele, surpreso por não perceber sua aproximação, até o ver ali, nu, encostado no batente da porta, enquanto me via segurando a carteira dele nas minhas mãos.
- Não! Não é isso.
Devon: Então? Quer saber se eu menti sobre o meu nome? Olha que ao menos eu, me apresentei. Ou o pior, quer conferir o meu sobrenome?
- Seu sobrenome!? Não foi para o seu nome que olhei... Você tem vinte e dois anos!
Devon: Sim. Porque?
- Eu sou mais velho. Isso...
Devon: Foi errado?
A gargalhada dele me espantou. Uma voz grave, com um tom marrento.
Devon: Por favor... Não foi a melhor noite da sua vida?
Não consegui responder a pergunta dele.
Devon: Olha só para você. Parece ofendido. Se me falar que é virgem, eu até acreditaria, se não fosse a forma que você me dominou. Você quase me quebrou. E quer saber, eu adorei.
Ele veio andando para frente, me segurou pela cintura, e me beijou de um jeito, que eu não pude ignorar. Comecei a sentir as minhas pernas bambearem. Mas de repente a dor no meu pulso me incomodou.
- Ei... Espera.
Ele se afastou.
Devon: Está com dor aonde?
- Que pergunta incoveniente depois de tudo o que fizemos... Bem, eu também fui agredido ontem.
Devon: Sim, eu vi. Por isso, queria saber se sou o culpado.
- Não. São os meus pulsos, mas vou ficar bem. Eu... nunca fiz uma coisa dessas antes.
Devon: Como assim? Não fez mesmo?
- Olha, não é isso. Eu nunca fui para cama com um desconhecido, e principalmente assim, do nada.
Devon: Eu já fiz isso tantas vezes. Importa mesmo com quem? O que importa é quando não é bom. Aí sim, você sente que perdeu seu tempo.
- Eu entendo você, mas não concordo. É estranho para mim.
Devon: Você não sai com ninguém faz muito tempo, não é?
- É... E acho melhor você ir embora agora.
Devon: Sério!? Não podemos ter uma última vez?
- Não. Não tenho mais disposição para isso.
Devon: Ok, mas eu quero te ver de novo. Se você não tem um parceiro, fique comigo.
- Quê!? Acho que o que disse ter tomado ontem, realmente afetaram seu cérebro. As coisas não são assim não. Vamos fingir que nada aconteceu.
Devon: Nem pensar. Ninguém nunca foi tão compatível comigo assim. Você não só me aguentou a noite toda, como literalmente deu a volta por cima, e acabou comigo. Eu não vou te deixar escapar! Sei onde você mora, vou vir sempre quando eu quiser.
- Não vai não!
Devon novamente se aproximou dos meus lábios. Dessa vez, eu o empurrei.
Devon: Qual é? Não vou bancar o seu dono, a menos que queira. Se foi bom para você também, porque não continuar?
- Porque....
Ele me olhou como se implorasse, e eu percebi que não ia conseguir me livrar dele.
- Tá bom. Mas... Eu te ligo. Não vamos fazer isso na minha casa de novo.
Devon: Porque? Você é casado?
- Não mais. Só que ainda não estou a vontade para isso.
Devon: Ah... Agora eu entendo. Me dá seu número de celular, não vai me enganar, se não eu te busco aqui.
Sem alternativas, eu dei o número para ele, e o vi ir embora com a roupa toda amarrotada. Enquanto ele se afastava, notei que eram roupas caras. E tinham um símbolo da marca, que eu conhecia, mas não estava me lembrando naquele momento.
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Atualizado até capítulo 26
Comments
Ester
hum bom já gostei mas que tal uns 10 caps por dia hum
2025-04-27
3
『✐••ժօҽղçα••✎ 』
véi adorei
2025-04-28
1
Onyxdacocada
parei de respirar no "não tão intenso" 💯💯
2025-04-26
2