Me surpreendeu esse pedido, indago de volta:
– Quem garante que você vai parar de me provocar?
Rooveryng me olha e fala:
– Eu garanto. Vou seguir isso tudo, somos uma dupla e devemos nos unir por um bem maior que é a investigação.
– Tudo bem, mas se você começar a descumprir, eu vou esquecer esse acordo.
– Fechou então.
Apertamos as mãos um do outro e sinto uma eletricidade percorrer o meu corpo. Que p0rr4 foi essa? Acho melhor nem pensar muito sobre isso, disfarço o que senti:
– Fechou.
Depois disso, voltamos pra delegacia e colhemos o depoimento de alguns seguranças da empresa. Eles também são suspeitos, por que podem ter facilitado que o crime ocorresse com sucesso. Um deles, Thales disse que tentou salvar o seu chefe, mas não deu tempo e teve que se jogar ao chão pra não ser atingido também. Já os outros seguiram a mesma narrativa dos outros funcionários.
Quando termina, Smith nos diz:
— Quando a senhorita Dwith e o namorado estiver em condições de depor, vamos ver o que eles dizem. Suspeito que um deles estão envolvidos na autoria desse crime.
David responde:
— Ninguém estar descartado ainda, temos que ter cautela e investigar as pessoas próximas a Kyle.
— Concordo com Rooveryng, todos são suspeitos. Respondi.
Smith pronuncia:
— Isso mesmo, vamos descobrir quem fez isso. Rooveryng chame Yves e o traga aqui, ele é o porta-voz e tem que soltar um comunicado a imprensa.
— Ok.
Ele sai e o delegado comenta:
— Vocês são ótimos trabalhando juntos, penso que fiz a escolha certa.
— Que escolha? Pergunto.
— Você ser o outro elo da dupla com Rooveryng. Disse Smith.
— Realmente, vou ter que concordar com isso.
— Espero que continuem assim.
David e o Yves entram e o rapaz me cumprimenta:
— Boa tarde, sou Felipe Yves. Um prazer conhecer a senhorita.
— Igualmente, Yves.
David bufa e parece se irritar com isso:
— Tá aí, Smith. Mas, sabe que os jornalistas têm fontes aqui, né?
Smith fala:
— Acontece, você é uma fonte deles?
— Eu não, tá maluco? Devolveu o meu colega.
Yves se manifesta:
— Não deem declarações pra imprensa, deixem que o porta-voz faça isso. Pra não atrapalhar e não virar um circo midiático.
Isso é bem óbvio, a imprensa pode estar interessada apenas na repercussão e audiência deles. Transformam tudo numa novela, detesto sensacionalismo deles. Jamais aceitaria ser uma fonte deles, respondo:
— Tudo bem, jamais seria fonte deles.
O delegado ordena a Yves:
— Faça um comunicado, traga aqui e entregue a imprensa ok? Sem coletiva, porque é muito cedo.
— Sim, senhor. Disse Yves.
Ele sai e David pronuncia:
— A balística só sai daqui a quinze dias, e o laudo do médico do necrotério também no mesmo prazo.
— Já fiz a solicitação de busca para conseguirmos as imagens das câmeras de segurança da empresa. Disse o delegado.
— E a perícia? Questionei.
— Pode demorar um mês, mas tenho aqui algumas fotos das provas, vejam. Disse Smith.
Ele nos entrega algumas fotos das provas, as mesmas evidências que vi na cena do crime. A correntinha de crucifixo me chamou atenção:
— Quem será essa correntinha?
— Não sabemos, mas quando conseguimos ver as imagens das câmeras da entrada. Respondeu David.
Após isso, fui para a minha mesa e pesquisei sobre Kyle Greenvell na Internet. Notícias sobre seu assassinato, procurei notícias de três meses atrás e encontrei uma nota sobre o divórcio dele: "Greenvell X Dwith: o fim de um casamento caótico". Cliquei na nota, na reportagem ele explica a breve história dos dois, nascimento do filho dos dois, históricos de traição de ambas as partes, brigas homéricas relatadas por fontes próximas ao casal, vícios de Jasmine e o fim do relacionamento.
Segundo a matéria, eles continuaram a brigar muito depois da separação pela guarda de Marvin Greenvell que, ficara com o pai devido aos vícios e a negligência da dondoca para com o filho. Depois, li uma entrevista de Jasmine, relatando que acabara de sair de uma clínica de reabilitação e queria ver o filho. E que não achava justo a guarda completa para Kyle, e "queria que fosse compartilhada."
Imprimo essas matérias, e junto na minha mesa. O meu celular toca e atendo no sexto toque, antes David comenta:
— Não atender?
— Vou sim.
Atendo e logo reconheço a voz:
— Alô, o que a senhora quer?
— Oi, filha. Quero saber se virá pro casamento do seu primo Zac?
— Desse mala, óbvio que não. Não nos damos bem, esqueceu?
— Seu pai vem, vai fazer essa desfeita?
— Vou, não vou fazer falta aí. A mãe dele também me detesta, fica pra vocês.
— Por que nunca quer participar das festas de família?
— Dessa eu passo, mãe. E outra, trabalho esqueceu?
— Tudo bem, mas no próximo almoço quero você aqui, ouviu?
— Vou pensar no caso, agora eu preciso desligar. Tchau.
Desliga antes mesmo de ouvir a sua resposta, e volto ao que estava a fazer. David pergunta:
— Problemas?
— Não, eram bobagens.
— Ata, o que pesquisou sobre Greenvell?
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Atualizado até capítulo 24
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