Capítulo V - Somos uma dupla

Me surpreendeu esse pedido, indago de volta:

– Quem garante que você vai parar de me provocar?

Rooveryng me olha e fala:

– Eu garanto. Vou seguir isso tudo, somos uma dupla e devemos nos unir por um bem maior que é a investigação.

– Tudo bem, mas se você começar a descumprir, eu vou esquecer esse acordo.

– Fechou então.

Apertamos as mãos um do outro e sinto uma eletricidade percorrer o meu corpo. Que p0rr4 foi essa? Acho melhor nem pensar muito sobre isso, disfarço o que senti:

– Fechou.

Depois disso, voltamos pra delegacia e colhemos o depoimento de alguns seguranças da empresa. Eles também são suspeitos, por que podem ter facilitado que o crime ocorresse com sucesso. Um deles, Thales disse que tentou salvar o seu chefe, mas não deu tempo e teve que se jogar ao chão pra não ser atingido também. Já os outros seguiram a mesma narrativa dos outros funcionários.

Quando termina, Smith nos diz:

— Quando a senhorita Dwith e o namorado estiver em condições de depor, vamos ver o que eles dizem. Suspeito que um deles estão envolvidos na autoria desse crime.

David responde:

— Ninguém estar descartado ainda, temos que ter cautela e investigar as pessoas próximas a Kyle.

— Concordo com Rooveryng, todos são suspeitos. Respondi.

Smith pronuncia:

— Isso mesmo, vamos descobrir quem fez isso. Rooveryng chame Yves e o traga aqui, ele é o porta-voz e tem que soltar um comunicado a imprensa.

— Ok.

Ele sai e o delegado comenta:

— Vocês são ótimos trabalhando juntos, penso que fiz a escolha certa.

— Que escolha? Pergunto.

— Você ser o outro elo da dupla com Rooveryng. Disse Smith.

— Realmente, vou ter que concordar com isso.

— Espero que continuem assim.

David e o Yves entram e o rapaz me cumprimenta:

— Boa tarde, sou Felipe Yves. Um prazer conhecer a senhorita.

— Igualmente, Yves.

David bufa e parece se irritar com isso:

— Tá aí, Smith. Mas, sabe que os jornalistas têm fontes aqui, né?

Smith fala:

— Acontece, você é uma fonte deles?

— Eu não, tá maluco? Devolveu o meu colega.

Yves se manifesta:

— Não deem declarações pra imprensa, deixem que o porta-voz faça isso. Pra não atrapalhar e não virar um circo midiático.

Isso é bem óbvio, a imprensa pode estar interessada apenas na repercussão e audiência deles. Transformam tudo numa novela, detesto sensacionalismo deles. Jamais aceitaria ser uma fonte deles, respondo:

— Tudo bem, jamais seria fonte deles.

O delegado ordena a Yves:

— Faça um comunicado, traga aqui e entregue a imprensa ok? Sem coletiva, porque é muito cedo.

— Sim, senhor. Disse Yves.

Ele sai e David pronuncia:

— A balística só sai daqui a quinze dias, e o laudo do médico do necrotério também no mesmo prazo.

— Já fiz a solicitação de busca para conseguirmos as imagens das câmeras de segurança da empresa. Disse o delegado.

— E a perícia? Questionei.

— Pode demorar um mês, mas tenho aqui algumas fotos das provas, vejam. Disse Smith.

Ele nos entrega algumas fotos das provas, as mesmas evidências que vi na cena do crime. A correntinha de crucifixo me chamou atenção:

— Quem será essa correntinha?

— Não sabemos, mas quando conseguimos ver as imagens das câmeras da entrada. Respondeu David.

Após isso, fui para a minha mesa e pesquisei sobre Kyle Greenvell na Internet. Notícias sobre seu assassinato, procurei notícias de três meses atrás e encontrei uma nota sobre o divórcio dele: "Greenvell X Dwith: o fim de um casamento caótico". Cliquei na nota, na reportagem ele explica a breve história dos dois, nascimento do filho dos dois, históricos de traição de ambas as partes, brigas homéricas relatadas por fontes próximas ao casal, vícios de Jasmine e o fim do relacionamento.

Segundo a matéria, eles continuaram a brigar muito depois da separação pela guarda de Marvin Greenvell que, ficara com o pai devido aos vícios e a negligência da dondoca para com o filho. Depois, li uma entrevista de Jasmine, relatando que acabara de sair de uma clínica de reabilitação e queria ver o filho. E que não achava justo a guarda completa para Kyle, e "queria que fosse compartilhada."

Imprimo essas matérias, e junto na minha mesa. O meu celular toca e atendo no sexto toque, antes David comenta:

— Não atender?

— Vou sim.

Atendo e logo reconheço a voz:

— Alô, o que a senhora quer?

— Oi, filha. Quero saber se virá pro casamento do seu primo Zac?

— Desse mala, óbvio que não. Não nos damos bem, esqueceu?

— Seu pai vem, vai fazer essa desfeita?

— Vou, não vou fazer falta aí. A mãe dele também me detesta, fica pra vocês.

— Por que nunca quer participar das festas de família?

— Dessa eu passo, mãe. E outra, trabalho esqueceu?

— Tudo bem, mas no próximo almoço quero você aqui, ouviu?

— Vou pensar no caso, agora eu preciso desligar. Tchau.

Desliga antes mesmo de ouvir a sua resposta, e volto ao que estava a fazer. David pergunta:

— Problemas?

— Não, eram bobagens.

— Ata, o que pesquisou sobre Greenvell?

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