David rir e responde:
— Vou sim, e mais tava flertando na cara dura. Ele até te abraçou, Mendes. Eu vi.
— Idaí, ninguém estava flertando. Você que estar vendo coisa onde não existe, Rooveryng. Respondi.
Ele se aproxima e segura no meu braço com força:
— Você pode enganar todo mundo, mas a mim você não engana.
— Me larga, idiota. Você estar machucando meu braço.
Tento sair disso, e ele me solta. Eu ainda continuo:
— Vai pro inferno, Rooveryng! Eu te odeio!
Caminho o apressada na frente e saio da área interditada. Me encosto na viatura e pego minha carteira de cigarro, acendo e começo a fumar. Esse David me estressa demais que ódio, observo a perícia que estar fazendo a coleta das provas.
E lembro que Charlie não disse o número de tiros, mas vi oito projéteis espalhados pela calçada e enfiados nos carros estacionados. Penso que, as imagens das câmeras de segurança podem nos ajudar saber melhor a dinâmica. Gunter se aproxima e fala:
— Conversaram com as testemunhas?
— Eu conversei com Charlie Greenvell, agora Rooveryng eu não sei.
— Vocês brigaram de novo?
— Ele que começou.
Trago mais um pouco e solto a fumaça. Smith diz:
— Parem com essas picuinhas desnecessárias, esse caso vai repercutir demais na mídia. Vão pra cima da gente e pressionar por uma solução, não quero nem ver. Por isso, se entendam logo pra não complicar mais as coisas. Não sabia que fumava, se eu fosse você parava enfraquece os ossos.
— Quanto a investigação, vamos nos entender. Agora sobre o cigarro, é difícil não fumar no meio desse estresse que David gera. Mas, vou tentar.
Continuo fumando e Gunter diz:
— Vou continuar observando a perícia, lembre do que eu disse.
Ele sai e David o intercepta:
— Conversei com três testemunhas informalmente e Mendes conversou com Charlie Greenvell. Cadê ela?
Vejo Smith apontando na minha direção, David vem e diz:
— Ei, ainda não terminamos. Para de fumar, porr4!
— Não me dê ordens, idiota. Estou indo, que estresse do c4ralh0!
Continuo fumando e ele continua enchendo meu saco:
— Isso mata sabia.
— O estresse que você me causa também, sabia?
— É sério, larga essa m3rd4.
Jogo o cigarro no chão e apago com o pé. Pego uma partilha de menta e coloco na boca, sigo esse traste e converso com mais algumas testemunhas que confirmam a versão de Charlie. Após isso, o serviço funerário recolhe o cadáver e a perícia já havia feito o seu trabalho. Olho no relógio são três da tarde, estou com fome visto que, comi as seis e meia da manhã. Lembro que tenho uma barra de proteína na bolsa, David fala:
— Vai almoçar barra de proteína? Não quer comer naquele restaurante?
— Tá maluco a comida ali é uma fortuna, aqui é Gold Freestein área nobre. Tudo é caro pra cac3t3.
— Eu vou lá quer me acompanhar? Eu pago vai, aceite como um pedido de desculpas. A gente vai ter que se entender pra investigar esse caso mesmo?
Não sei se aceito isso, afinal ele me detesta. Porém, numa coisa concordamos precisamos parar de brigas idiotas pra foca no Caso Greenvell. Olho para ele e falo:
— Aceito, vamos logo antes que mude de ideia.
Gunter aparece e fala:
— Estão liberados para almoçar, eu já vou também.
Ele entra no carro e vai pra outro restaurante. David fala:
— Muquirana como sempre, Gunter.
Eu ri e disse:
— Mas, aqui é uma fortuna mesmo. Curioso hein.
David responde:
— Curioso o quê?
— Seu sobrenome Rooveryng, já ouvi esse antes. É neto de Edgar Rooveryng, dono daquela empresa de aviação, Flying Airline né?
Ele engole em seco e diz:
— Sou sim, mas não conta pra ninguém. Eu não quis seguir a mesma carreira que o meu pai Simon e meu irmão mais velho, Taylor. Sempre quis ser policial, amo o que eu faço e detesto escritório.
— Saquei, então tá. Vamos comer, então.
Tiro o meu blazer e dobro um pouco as mangas da minha camisa. David observa e fala:
— E você tem umas tatuagens no braço, né? Enormes pelo visto.
— Acertou, meu braço direito é fechado de tatoo. E o esquerdo tá quase lá, amo tatuagem tenho várias.
— Que legal modelo, tenho uma nas costas e perto do ombro.
Reviro os olhos e pronuncio:
— Legal, agora vamos.
Começamos a caminhar até o local, lá entramos e é um restaurante extremamente fino. Tudo aqui grita caro, e relembro que já estive aqui com a minha mãe há alguns anos. E continua muito requisitado e exclusivo, David pergunta:
— O que foi? Já esteve aqui antes?
— Talvez, mas não quero falar disso.
— Interessante, com algum namorado?
— Não, com a minha mãe.
— Pera, olhando melhor você parece com aquela atriz famosa Anne Lambert. Você tem algum parentesco com ela?
Respiro fundo e respondo:
— Tenho, por isso a leve semelhança com ela. Ela é loira, eu tenho o cabelo preto e sou um pouco mais alta que ela. Sou filha dela.
— Mas os olhos são iguais aos dela, azul acinzentado. O sorriso também é igual, então você é a filha que ninguém sabe muito sobre e que não é muito próxima de Anne?
— Então é isso que ela fala? Ela não conta o que ela fez, já imaginava. Tenho os meus motivos para não ser próxima dela, fui morar com meu pai desde que eles se separaram.
— Parece que é complicado isso, Mendes.
— Eu não gosto de falar sobre isso.
Logo a recepcionista nos recebe e nos guia até a mesa, um garçom entrega o menu para gente. Escolho um prato leve de frango com bastante salada e legumes cozidos, tenho que me manter na dieta. Não sei que prato David escolheu, após isso ele puxa assunto:
— Foram nove disparos na entrada da Green Horizon, conversei com algumas funcionárias que me descreveram isso.
— Eu vi o pessoal da perícia comentando, conversei com Charlie e ele não soube dizer quantos tiros foram.
— O que achou dele?
— Ele geralmente é mais animado, mas hoje estava bem abalado. Porém, sempre tenho um pé atrás. Ninguém estar descartado, né?
— Isso mesmo, falta falarmos com os sobreviventes Jasmine e Jimmy. Esses são outros, foi bom sobreviverem, por que só eles que não morreram? Que conveniente, não?
— Verdade, como eu disse ninguém estar descartado. Ainda tem a namorada de Kyle, Daisy Milane que também é secretária dele.
— Bem lembrado, você é boa mesmo.
— Vai chover hoje, me elogiou.
Os pratos chegam e somos servidos, David comenta:
— Nossa, quanta salada.
— Faz parte da minha dieta, por quê?
— Agora parece mais modelo ainda, Mendes.
Reviro os olhos e começo a comer, depois disso ele fala:
— Vamos abaixar as armas, e parar de brigar por bobagens durante essa investigação, que tal?
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Atualizado até capítulo 24
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