Paris, Um lugar fora do tempo

Capítulo 5 – Paris, Um Lugar Fora do Tempo

O avião pousou suavemente no Aeroporto Charles de Gaulle, e Nora sentiu um arrepio percorrer sua pele. Ela estava ali. Paris.

Miguel, ao seu lado, esticou-se no assento e olhou para ela com um sorriso de canto.

— Bem-vinda ao seu sonho, estrelinha.

Ela riu, mas seu coração batia acelerado. Não era apenas sobre estar em Paris. Era sobre estar ali com ele. Sobre viver o momento sem pensar no futuro.

Assim que pegaram as malas, seguiram para um táxi. Miguel insistiu que ficariam em um hotel perto do Rio Sena, com uma vista deslumbrante para a Torre Eiffel.

— Se vamos fazer isso, vamos fazer direito. — ele disse, piscando para ela.

Primeiras Impressões

O caminho até o hotel foi mágico. Nora olhava pela janela como se fosse uma criança vendo neve pela primeira vez. Cada rua, cada prédio, cada café parecia saído de um filme.

Ao chegar ao hotel, ela abriu as cortinas da varanda e ficou sem palavras. A Torre Eiffel se erguia imponente diante dela, iluminada contra o céu azul-escuro da noite.

— Não acredito que estamos aqui. — sussurrou.

Miguel apareceu atrás dela, apoiando o queixo em seu ombro.

— Acredite. Porque amanhã vamos viver Paris como se o amanhã não existisse.

Uma Noite Para Respirar

Depois de um banho quente, Nora vestiu um suéter e se jogou na cama macia. Miguel sentou-se ao seu lado, mexendo no celular.

— Você quer sair? Ou quer descansar para amanhã?

Ela olhou para ele, um brilho travesso nos olhos.

— Você acha mesmo que eu vim até Paris para dormir cedo?

Miguel sorriu.

— Eu sabia que ia dizer isso.

Poucos minutos depois, estavam andando pelas ruas iluminadas da cidade. Nora sentia o vento frio no rosto, mas não se importava. Paris à noite era ainda mais linda do que imaginava.

Pararam em um café pequeno e aconchegante, onde pediram chocolate quente e croissants. O garçom os atendeu com um sorriso gentil, e Nora tentou, desajeitadamente, agradecer em francês.

— Merci.

Miguel riu.

— Você tem um sotaque adorável.

Ela revirou os olhos, mas sorriu.

Olhando ao redor, percebeu casais sentados em mesas próximas, alguns trocando olhares apaixonados, outros conversando baixinho. Era como se a cidade respirasse amor.

E ali, sentada com Miguel, sentindo o calor do chocolate quente nas mãos e o brilho das luzes refletindo nos olhos dele, ela percebeu algo.

Ela estava realmente feliz.

Sem medo. Sem arrependimentos.

Apenas feliz.

Após o chocolate quente e as risadas no café, Miguel pegou na mão de Nora e a puxou para fora. O vento frio da noite parisiense fez com que ela se encolhesse um pouco, e ele, sem hesitar, abraçou-a pelos ombros.

— Preciso te mostrar algo. — disse, com aquele brilho misterioso nos olhos.

— Mais surpresas?

— Sempre.

Eles caminharam por ruas de paralelepípedos, passando por artistas de rua, músicos tocando violinos e casais trocando sorrisos apaixonados. A cidade inteira parecia respirar romance.

Nora sentia-se embriagada, não pelo vinho que não havia bebido, mas pela atmosfera de Paris e pela presença de Miguel ao seu lado.

Minutos depois, chegaram ao Rio Sena. As luzes douradas refletiam-se na água escura, criando um cenário de sonho. Nora parou na beira da ponte, absorvendo a beleza ao redor.

Miguel encostou-se na grade ao lado dela.

— Sabe por que eu te trouxe aqui?

Ela balançou a cabeça, ainda hipnotizada pela vista.

— Porque esse é um dos lugares mais românticos do mundo. E eu queria te ver aqui, com essa luz nos olhos.

Ela sorriu, sentindo o coração bater mais forte.

— Consegue acreditar que estamos aqui?

— Sim. E quero aproveitar cada segundo.

Ele tirou um cadeado do bolso e mostrou a ela.

— Eu sei que é meio clichê, mas… quer deixar nossa marca aqui?

Nora riu, pegando uma caneta e escrevendo os nomes deles no metal frio.

"Miguel & Nora – Fora do tempo."

Eles prenderam o cadeado na grade e jogaram a chave no rio.

— Isso significa que estamos presos um ao outro? — ela brincou.

Miguel passou o braço por sua cintura e sussurrou contra seus cabelos:

— Significa que, não importa o que aconteça, esse momento vai existir para sempre.

O coração de Nora apertou.

Ela queria acreditar nisso.

Mas sabia que o tempo não estava ao seu lado.

A Última Dança da Noite

Já era quase meia-noite quando voltaram para a praça em frente à Torre Eiffel. Havia um músico solitário tocando um saxofone, e algumas pessoas dançavam lentamente ao redor.

Miguel olhou para Nora e estendeu a mão.

— Dança comigo?

Ela riu, envergonhada.

— Aqui? No meio de todo mundo?

Ele balançou a cabeça, sorrindo.

— Aqui. No meio do mundo todo.

Nora hesitou por um segundo, mas então lembrou-se do que prometeu a si mesma: não perder tempo.

Segurou a mão dele e se deixou levar.

Miguel a puxou para perto, segurando-a firme enquanto se moviam devagar. O mundo ao redor desapareceu.

Apenas eles dois. Apenas Paris. Apenas aquele momento.

E, por um instante, Nora se permitiu esquecer o futuro.

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