O Preço da Obediência

Capítulo 5 – O Preço da Obediência

O tempo parecia ter parado naqueles momentos em que Isabella esteve presa entre os braços de Vicenzo. Ela não sabia mais o que era real, o que era imaginação, ou se havia alguma diferença entre os dois. Cada segundo era como um desafio que ela não sabia se teria forças para enfrentar.

Ela ainda sentia os dedos dele em seu corpo, como uma marca que não poderia apagar. O toque dele queimava sua pele, e ao mesmo tempo, havia algo profundamente desconcertante em sua presença. Vicenzo não era apenas o homem perigoso que ela temia. Ele era algo mais. Ele sabia como dominá-la, como envolvê-la em sua teia de poder e sedução, de uma forma que a deixava completamente impotente.

Isabella tentou respirar fundo, tentando afastar o turbilhão de sentimentos que a consumia. Mas quando olhou para ele, não pôde evitar o medo que crescia em seu peito. O olhar de Vicenzo estava fixo nela, frio e implacável.

— Você está começando a entender o que significa ser minha, dolcezza? — ele perguntou, a voz grave e carregada de um desejo possessivo.

Ela engoliu em seco, seus lábios tremendo, mas não conseguiu responder. Não havia palavras que expressassem o que ela sentia, não havia como explicar o que estava acontecendo consigo mesma. Parte dela queria fugir, gritar, se libertar daquela prisão de desejo e medo. Mas havia outra parte, uma parte que se sentia como se fosse atraída por ele, como se sua própria resistência fosse uma chama que só alimentava a chama dele.

— Responda — ele insistiu, sua voz mais forte agora.

Ela olhou para ele, seu peito apertado com a pressão das palavras não ditas, e finalmente falou, sua voz quase um sussurro:

— Eu… eu não entendo. Não entendo o que você quer de mim.

Vicenzo se aproximou ainda mais, seus olhos brilhando com uma intensidade feroz. Ele levantou a mão e tocou delicadamente seu rosto, quase como se fosse um gesto de carinho. Mas havia algo de perigoso naquele toque, algo que fazia o sangue de Isabella ferver.

— O que eu quero de você é simples, dolcezza — ele respondeu, a voz agora carregada de uma ameaça sutil. — Eu quero ver até onde você irá para me obedecer. Eu quero ver o preço que você está disposta a pagar para ser minha.

Ele a observou com um olhar penetrante, como se estivesse esperando uma reação dela. Isabella se afastou, sem querer, tentando se libertar da sensação de estar presa.

— Eu não sou sua! — ela gritou, sua voz saindo mais forte do que ela imaginava.

Vicenzo a encarou por um momento, os olhos gelados e implacáveis, e então, sem qualquer aviso, ele avançou em sua direção, colocando as mãos firmemente em seus ombros.

— Você acha que pode me desafiar? — ele rosnou, a fúria agora evidente em sua voz. Ele se aproximou mais, seu corpo pressionando o dela contra a parede de pedra fria. Isabella sentiu a força de sua presença invadir sua mente e corpo, como se ele fosse uma tempestade prestes a consumir tudo ao seu redor.

Ela tentou resistir, mas a força de Vicenzo era esmagadora, e a proximidade dele fazia sua respiração falhar. O medo e o desejo se confundiam dentro dela, tornando tudo ainda mais confuso.

— Eu sou o chefe, bambina. Aqui, você faz o que eu mando, ou paga as consequências — ele sussurrou em seu ouvido, sua voz carregada de poder e controle.

Isabella sentiu um calafrio percorrer sua espinha, mas, por mais que quisesse resistir, havia algo em Vicenzo que a fazia querer se perder. Ela odiava aquilo. O desprezava, e ainda assim, sua presença era como um ímã que ela não conseguia evitar.

Ele a soltou de repente, fazendo com que ela caísse para trás, apoiando-se contra a parede para não cair. O choque a deixou atordoada, mas Vicenzo apenas sorriu, como se gostasse do controle que tinha sobre ela.

— Não se esqueça de quem está no comando — ele disse com um sorriso cruel, antes de se virar e caminhar em direção à porta. — Você tem até o amanhecer para decidir. A escolha é sua.

Vicenzo abriu a porta e saiu, deixando Isabella sozinha na grande sala, seu coração ainda batendo forte no peito. Ela sabia que ele estava certo. Não havia escolha. Ele estava no controle, e ela estava perdida em seu jogo.

Mas Isabella não estava disposta a se render tão facilmente. Ela tinha uma força que ele ainda não conhecia, e ela não sabia até onde poderia ir para se libertar.

Ela estava na sua própria luta, e aquela batalha estava apenas começando.

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Comments

Dione Lopes

Dione Lopes

Ele mexeu com o psicológico dela

2025-02-21

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