Mundos Iguais , Épocas Diferentes Sob a Luz das Rosas

A noite no palácio imperial era tranquila, com o som suave do vento passando pelos corredores e jardins. As estrelas brilhavam no céu límpido, mas nas paredes do palácio, uma trama perigosa estava a ser tecida. A princesa Jing, num vestido requintado de seda vermelha, carregava uma bandeja com chá fumegante. Os seus passos eram calmos, mas sua mente trabalhava rapidamente. Ela sabia que o Imperador era um homem difícil de conquistar, mas estava disposta a usar todas as armas à sua disposição. Quando entrou no salão onde Yan Cheng analisava mapas e documentos, ela curvou-se graciosamente.

Princesa Jing (Do rei Qin)

— “Majestade, trouxe chá para ajudá-lo a relaxar. Trabalhar até tão tarde não faz bem à sua saúde.”

Yan Cheng ergueu os olhos, desconfiado, mas não disse nada. Ele gesticulou para que ela deixasse a bandeja sobre a mesa.

Jing serviu o chá com mãos firmes, mas havia algo a mais no líquido dourado. Um afrodisíaco raro e potente que ela havia obtido de um mercador clandestino. Se tudo corresse como planejado, Yan Cheng estaria completamente vulnerável a seus encantos.

Yan Cheng ( Imperador e general)

— “Obrigada, Princesa,” disse ele friamente, pegando a xícara.

Princesa Jing (Do rei Qin)

Jing sorriu, sentando-se elegantemente numa cadeira próxima. — “Espero que goste, Majestade. Fiz questão de escolher a melhor erva para a sua... disposição.”

Yan Cheng levou a xícara aos lábios, mas antes de beber, parou. O seu olhar, tão afiado quanto uma lâmina, pousou em Jing. Ela manteve o sorriso, mas ele percebeu o leve tremor das suas mãos. Sem tirar os olhos dela, ele derramou o chá sobre o chão de mármore.

Yan Cheng ( Imperador e general)

- “Interessante,” disse ele, sua voz baixa, mas carregada de perigo. “O aroma deste chá é... incomum. Diga-me, Princesa, o que exatamente você colocou nele?”

Princesa Jing (Do rei Qin)

Jing tentou manter a compostura, mas sua expressão vacilou. — “Apenas ervas relaxantes, Majestade. Para ajudá-lo a descansar melhor.”

Yan Cheng ( Imperador e general)

Yan Cheng levantou-se, alto e imponente, e chamou os seus guardas. — “Prendam-na, Agora.”

Os soldados entraram imediatamente, agarrando a princesa pelos braços. Ela gritou, tentando argumentar, mas ele apenas balançou a cabeça com desdém.

Yan Cheng ( Imperador e general)

- “Não sou tão fácil de manipular, princesa,” ele disse friamente. — “Você acaba de selar o seu destino.”

Enquanto os guardas a levavam, Yan Cheng começou a sentir os efeitos do afrodisíaco, mesmo sem tê-lo ingerido completamente. Apenas o vapor e o contato com a pele haviam sido suficientes para provocar uma onda de calor que subiu por seu corpo. Ele passou a mão pela testa, sentindo o suor começar a aparecer. Sem querer demonstrar fraqueza, saiu rapidamente do salão, mas seus passos vacilaram enquanto caminhava pelos corredores. A sua mente estava enevoada, e um calor insuportável consumia o seu corpo. Ele precisava de ar. Sem perceber, Yan Cheng abriu a porta errada. Ele entrou num quarto iluminado por velas suaves, e o aroma de rosas tomou conta do ar.

Mei Lin

— “Quem está aí?” A voz de Mei Lin ecoou pelo ambiente.

Ele ergueu o olhar e ficou paralisado. Mei Lin estava de costas para ele, imersa em uma banheira cheia de pétalas de rosas, o vapor subindo como um véu ao redor de seu corpo. Sua pele brilhava à luz das velas, e seu cabelo estava preso de forma desleixada, com algumas mechas caindo sobre os ombros.

Mei Lin

Mei Lin virou a cabeça, percebendo a presença de Yan Cheng. Seus olhos arregalaram-se em choque. — “Yan Cheng? O que você está a fazer aqui?”

Ele tentou falar, mas as palavras não saíram. O calor no seu corpo só aumentava, e a visão de Mei Lin na água tornou a situação ainda mais insuportável. Ele desviou o olhar, mas sua mente estava em tumulto.

Yan Cheng ( Imperador e general)

— “Eu... entrei no quarto errado,” ele disse finalmente, sua voz rouca.

Mei Lin

Mei Lin franziu o cenho, cobrindo-se rapidamente com um tecido que estava ao lado da banheira. - “Errado? Você está bem? Parece... estranho.”

Yan Cheng ( Imperador e general)

Yan Cheng deu um passo para trás, tentando manter o controle. — “Princesa... tentou algo. O chá... está envenenado.”

Mei Lin

Mei Lin levantou—se da banheira, preocupada, ignorando o fato de estar parcialmente coberta apenas pelas pétalas e pelo tecido fino. - “Veneno? O que ela fez?”

Yan Cheng ( Imperador e general)

Ele desviou o olhar novamente, sentindo o calor subir ainda mais. — “Não importa. Preciso sair daqui.”

Antes que ele pudesse dar outro passo, as suas pernas cederam, e ele caiu de joelhos. Mei Lin correu até ele, ajoelhando-se ao seu lado.

Mei Lin

— “Yan Cheng, você está a queimar!” Ela tocou a sua testa, sentindo o calor febril. — “Você precisa de água fria, agora!”

Yan Cheng ( Imperador e general)

Ele segurou o seu pulso, os olhos fixos nos dela, mais vulneráveis do que ela jamais imaginou vê—lo. - “Mei Lin... não fique perto. É perigoso.”

Mei Lin

— “Perigoso seria deixar-te assim,” respondeu ela, determinada. — “Agora fique quieto.”

Sem pensar duas vezes, Mei Lin pegou uma tigela, enchendo-a com água fria da banheira. Ela começou a derramar a água sobre a testa e o pescoço de Yan Cheng, tentando aliviar o calor. Ele respirou fundo, os olhos fechados, como se estivesse a lutar contra algo interno. A proximidade entre os dois era palpável, e Mei Lin percebeu que o seu coração batia mais rápido do que deveria. Havia algo quase magnético nele, mesmo naquela condição.

Yan Cheng ( Imperador e general)

Quando ele finalmente abriu os olhos, a intensidade no seu olhar a fez engolir em seco. — “Você deveria temer-me, Mei Lin,” ele murmurou, sua voz ainda rouca.

Mei Lin

— “E você deveria parar de falar,” recrutou ela, tentando esconder o nervosismo.

Por um momento, o tempo pareceu parar. Os olhos dele permaneceram nos dela, e Mei Lin sentiu haver algo entre eles que não podia ser explicado. Algo mais forte do que o calor do veneno no seu corpo. Naquela noite, Yan Cheng acabou a dormir no quarto de Mei Lin, exausto e finalmente aliviado do efeito do afrodisíaco. Quando acordou pela manhã, encontrou Mei Lin adormecida numa cadeira próxima, com uma tigela de água ao seu lado. Ele observou-a por um longo momento, sua expressão suave e indecifrável. Mei Lin era um mistério, mas agora ele sabia uma coisa com certeza: não permitiria que nada nem ninguém a machucasse. Não enquanto estivesse por perto.