Psicopatia ou Não?

Psicopatia ou Não?

Capítulo 1 - O Ocorrido

Capítulo 1 - O Ocorrido.

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Meu nome é Erza, tenho 14 anos e moro com minha mãe e as duas filhas do meu padrasto. Nunca conheci meu pai, mas ouvi dizer que quando eu completar 15 anos ele virá me buscar. Mal posso esperar por esse dia, já que sempre fui maltratada por minha mãe e minhas "irmãs".

Tudo começou quando eu tinha 12 anos. Minha mãe costumava trazer homens estranhos para casa, mas nenhum deles ficava por muito tempo. Um dia, apareceu um homem de terno que capturou a atenção dela. Seu nome era Sr. Roger. Ele veio acompanhado por suas duas filhas gêmeas, Laila e Laís. Elas eram arrogantes comigo, mas eu preferia ignorá-las.

Depois de alguns dias, à medida que eu e minha mãe conhecíamos melhor o Sr. Roger, fomos convidadas para uma festa de família dele. Não estava animada para ir, mas fui obrigada. Escolhi um simples vestido azul, o único que me chamou atenção.

Na festa, os primos começaram a me olhar, o que me deixou desconfortável, mas ignorei. Um deles se aproximou:

— Você é uma das novas primas bonitinhas de quem meu tio Roger sempre fala? — Ele sentou-se ao meu lado e me encarou.

— Não esperava tanta franqueza em uma família tão formal.

— Fui precipitado? Desculpe-me então.

— Tudo bem, não me importo.

Respondi seca e um silêncio estranho se instalou. A avó deles se levantou com uma taça de vinho e, com um sorriso forçado, tentou fazer um discurso. "Que família 'normal'", pensei.

— Hoje temos novos membros na família! Finalmente, meu filho Roger resolveu nos apresentar sua nova família! Sra. Carla, por favor, venha até aqui.

Minha mãe acenou e forçou um sorriso. "Essa formalidade toda me assusta", refleti.

— Obrigada, Carla. Bem...

O avô interrompeu a avó, levantando-se com um sorriso genuíno.

— Seria muito rude de nossa parte esquecer nossa neta Erza. Erza, querida, venha aqui rapidinho.

Fui puxada pelo meu "primo". Não queria ir, estava confortável onde estava.

— Prazer, meu nome é Erza, mas pode me chamar só de Erza.

Meu avô sorriu.

— Não precisa ser tímida, netinha.

— Quem está tímida? Haha, é assim mesmo que sou.

— Tudo bem, querida, pode voltar ao seu lugar.

— Obrigada.

Retornei ao meu lugar. A festa estava tediosa, então saí para tomar um ar. Uma das primas me seguiu, não sei por quê. Enquanto caminhava, ouvi seus passos, claramente de salto alto.

— Vai continuar escondida ou vai sair daí? — Sua voz era fria e seca em comparação ao clima da festa.

Ela não respondeu, então apareci rapidamente atrás dela.

— Por que está se escondendo?

Ela se assustou, virou-se para mim trêmula e gaguejando:

— C-como v-você s-sabia q-que eu e-estava t-te s-seguindo?

Ri, pois foi uma pergunta boba.

— Ainda não me respondeu. Por que está me seguindo?

Ela parou de tremer, olhou-me arrogantemente e finalmente respondeu:

— Você vai para a festa e age toda arrogante! E ainda chama atenção pelo seu jeito.

Tentei não zombar, mas não consegui evitar.

— Nunca quis chamar atenção. Acho impressionante como conquistei uma prima invejosa tão rápido.

Ela tentou me dar um tapa, mas eu desviei. Então, pegou uma pedra do chão para me acertar. Ela conseguiu, mas não doeu tanto.

— Pena que você é fraca. Agora é minha vez de brincar; finalmente vou usar meu punhal.

Cruzou os braços, debochando.

— Você não tem uma faca para isso!

Olhei e tirei minha faca que estava no sutiã, rindo. Ela pareceu assustada:

— Acho que você está enganada. Haha, isso é engraçado, não é?

Ela saiu correndo em direção ao portão da casa, batendo com tanta força que todos ouviram. Todos saíram olhando para mim com uma cara assustada.

Todos ficaram com medo quando minha avó olhou para mim e gritou:

— SUA PSICOPATA, OLHA O QUE VOCÊ FEZ! VOCÊ QUASE MATOU MINHA NETA! SUA ABERRAÇÃO!

Ela se aproximou e me empurrou enquanto todos observavam. Minha mãe veio em minha direção e me deu um tapa no rosto. Naquele momento, comecei a rir descontroladamente:

— Hahahahahahahaha!!!!

Minha mãe se preparava para me dar outro tapa, mas segurei sua mão. Meu padrasto veio até mim e disse:

— Erza, sei que você ainda não se acostumou com minha família, mas por favor, não machuque sua mãe.

Olhei séria para ele e respondi:

— Não sou eu quem causa problemas aqui. É sua família que não me aceita.

Ele se aproximou mais e perguntou:

— (padrasto de Erza) Erza, o que minha família te fez?

Soltei a mão da minha mãe e olhei para ele:

— Sua família me trata com arrogância, tenta me atingir com palavras sem sentido e ainda me segue para dizer coisas que não entendo.

Minha avó gritou com raiva:

— VOCÊ QUE NOS TRATA COM ARROGÂNCIA! AGORA, POR FAVOR, ALGUÉM CHAME A AMBULÂNCIA E A POLÍCIA!

Meu padrasto me abraçou e olhou para todos, que estavam chocados:

— SÓ CHAMEM A AMBULÂNCIA! NÃO CHAMEM A POLÍCIA, POR FAVOR. EU VOU CONVERSAR COM ERZA.

Minha avó veio na minha direção e perguntou, furiosa:

— O que você fez para que ele te proteja assim? ME CONTA O QUE VOCÊ FEZ! VOCÊ OS MANIPULOU?

Ignorei-a e não respondi. Ela insistiu:

— ME DIZ O QUE VOCÊ FEZ!

Olhei para ela, minha paciência se esgotando, e respondi friamente:

— Não sei por que está gritando. Não fiz nada e não sei por que ele está me defendendo.

Nesse momento, a ambulância chegou e levou minha prima.

Depois desse dia, a família do meu padrasto passou a me odiar ainda mais. Meus primos começaram a me chamar de psicopata e outras coisas, mas eu já estava acostumada e ignorava. Minha mãe me levava à força para médicos e psicólogos terríveis. E por que eles eram terríveis? Porque me tratavam como se eu fosse uma assassina.

Essa foi a história de quando eu tinha apenas 12 anos.

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Comments

Sabrina 👾

Sabrina 👾

Bem saudável.

2024-07-29

0

Sabrina 👾

Sabrina 👾

seu próprio nome kkk

2024-07-29

0

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