Depois do jantar, Alessia e Apólo seguiram para a casa dele. Assim que entraram, foram direto para o quarto.
— Eu estava morrendo de saudade desse corpinho — disse Apólo, puxando-a pela cintura.
— É mesmo? Porque não pareceu... você mal me procurou esses dias.
— Ei, vai continuar com isso?
— Eu só quero entender por que você tá tão distante.
— Já disse, é o trabalho. Só isso.
— Hm...
— Vem cá... vamos aproveitar o nosso tempo juntos.
Apólo se deitou na cama e Alessia logo se aconchegou ao lado dele. Ele a abraçou por trás, com carinho, deslizando a mão pela cintura até o quadril.
— Saudade de você assim, tão pertinho de mim...
— Será mesmo?
— Quer que eu te prove?
Ela sorriu de leve.
— Quero.
Apólo a envolveu mais forte nos braços e a beijou no pescoço, com ternura. Seus toques foram se intensificando aos poucos, despertando nela os sentimentos que andavam adormecidos nos últimos dias.
Alessia se virou para encará-lo, e os dois se beijaram com desejo contido. A tensão entre eles se dissolvia a cada toque. Ele subiu o vestido dela com calma, como quem aprecia cada segundo, e ela o deixou conduzir.
Os corpos se encontraram com naturalidade, como se voltassem ao ritmo conhecido de dois apaixonados que se entendem no silêncio. A respiração acelerada, os olhares fechados em prazer e as mãos entrelaçadas diziam tudo o que as palavras não diziam mais.
Quando tudo acabou, ambos estavam ofegantes, deitados lado a lado.
— Viu só? Eu disse que sentia saudade — murmurou Apólo.
Alessia não respondeu, apenas sorriu de leve, ainda sem fôlego. Ele a puxou para perto de novo.
— Vamos tomar um banho?
— Vamos...
Na manhã seguinte, por volta das nove, Alessia acordou. Apólo ainda dormia profundamente. Ela se levantou, foi ao banheiro e, ao voltar, notou o celular dele vibrando sobre a mesinha de cabeceira. Um número salvo apenas com a letra G piscava na tela.
Ela franziu a testa. Pensou em atender... mas desistiu. Tocou no braço dele com delicadeza.
— Apólo... acorda.
— Hm... bom dia, gatinha...
— Estão te ligando.
Ele se sentou na cama, pegou o celular, olhou para a tela, e logo o silenciou.
— Não vai atender?
— Deve ser algum aluno. Hoje é sábado... não tem por que atender.
— Se você diz...
— Vamos descer?
— Vamos.
Alessia pegou uma roupa no closet, um espaço cheio de peças que deixava ali para quando dormia na casa dele, e vestiu. Pouco depois, Salvatore apareceu na cozinha e se juntou a eles.
— Bom dia, Alessia. Nem sabia que você tinha dormido aqui. Vocês estavam brigados?
— Pai, por favor...
— O Apólo esqueceu que tem namorada — brincou ela.
— É mesmo, filho?
— Ela tá brincando,pai... só andei ocupado com a universidade.
— Cuida da sua mulher, viu? Não deixa ela se sentir sozinha.
— Pronto... logo você me dando conselho amoroso?
— Apólo! — repreendeu Alessia, entre um gole de café.
— Deixa ele, Alessia...
Salvatore terminou seu café e saiu. Ficaram os dois sozinhos à mesa.
— Será que dá pra parar de tratar seu pai assim?
— Eu falei alguma coisa demais?
— Deixa pra lá...
— Mas e aí, o que você quer fazer esse fim de semana?
— Na real? Quero só ficar aqui. Curtir a sua companhia.
— Nada de sair?
— Sinceramente? Prefiro um dia mais tranquilo. Tô com saudade disso aqui, de nós dois, sem pressa.
— Então tá, você que manda.
— Podemos ver um filme? Mais tarde dar um pulo na piscina?
— Perfeito. Que tal um de terror?
— Pode ser.
— Jura? Você morre de medo!
— Mentira!
— Mentira? Depois vai dormir de luz acesa e grudada em mim...
— Para, palhaço!
— Terror então?
— Sim.
— Então tá, terror.
Eles foram para a sala. Apólo envolveu o braço ao redor de Alessia e ela se ajeitou, deitando a cabeça no peito dele.
Eles assistem ao filme de terror, e a cada barulho mais alto, ela se assusta e dá pequenos pulos no sofá.
— Depois fala que não tem medo — provoca Apólo, sorrindo.
— E eu não tenho mesmo! São só os barulhos repentinos que me assustam.
— Sei...
Eles continuam assistindo, mas Alessia logo percebe que Apólo não desgruda do celular. Ele digita concentrado, com um leve sorriso de canto nos lábios.
— Tá falando com quem?
— Ah, é o aluno que me ligou mais cedo. Tá com dúvidas sobre o trabalho que passei.
— Entendi... mas você tá tirando a dúvida ou dando uma aula completa?
— Como assim?
— Você não para de digitar. Parece que tá dando seminário por mensagem...
— Tá com ciúmes de um aluno agora?
— Não é ciúmes...
— Relaxa, gata. Já acabei. Vamos focar no filme?
Mais tarde...
Já no fim da tarde, os dois estavam na área externa da casa, sentados em uma mesinha sob a sombra da pérgola, ouvindo apenas o canto dos pássaros e a brisa leve passando pelas folhas. O celular de Apólo toca.
— Só um minuto, gatinha, preciso atender.
— É o seu aluno?
— Não, é um colega da universidade.
— Ah... entendi.
Apólo se afasta um pouco, indo em direção ao jardim. Ele fala com a pessoa em voz baixa, e embora Alessia tente prestar atenção, não consegue ouvir nada. Ela observa seus gestos, sua expressão, e sem querer, se pega tentando ler os lábios dele.
— Mensagens... ligações... — murmura para si mesma, com um nó no estômago.
Minutos depois, Apólo volta, ainda finalizando a chamada:
📞
“— Vamos deixar pro próximo fim de semana, cara. Esse aqui vou passar com minha namorada... Beleza! Até!”
— Quem era?
— Um colega do trabalho. Me chamou pra sair no sábado, mas recusei. Disse que vou passar o fim de semana com você.
— Entendi...
— Ué, tá tudo bem?
— Só tô processando as informações... então no próximo fim de semana vocês vão sair?
— E eu não posso?
— Eu não disse isso...
— Ei... você tá estranha. É por causa do meu celular?
— Você não largou dele o dia todo. Não é seu costume.
— Alessia, você tá se estressando à toa. É por causa da minha ausência esses dias?
— Não é só isso. É tudo. Você sumiu, tá diferente, e agora tá o tempo todo nesse celular... como eu não vou estranhar?
— Mas eu já te expliquei. Foram dias puxados no trabalho. Isso acontece!
— Você nunca ficou assim. É a primeira vez que age desse jeito... distante, frio.
— Então agora você tá achando que eu tô aprontando?
— Eu não disse isso!
— Mas tá pensando. Tá na sua cara.
— Apólo...
— Olha, se eu quisesse trair você, eu já teria feito, Alessia. Mas eu nunca faria isso. Nós estamos juntos há mais de um ano. Você precisa confiar em mim.
— É que… eu gosto de você. E quando gosto, eu me importo. É difícil não criar mil suposições na cabeça quando algo muda.
— Eu entendo. Mas me dá um voto de confiança, por favor. Eu sou louco por você. Me perdoa se te deixei insegura, não foi minha intenção.
— Tá... desculpa por ter desconfiado também.
— Tudo bem. O importante é a gente se entender, e não deixar isso crescer entre nós. Vamos aproveitar nosso final de semana?
— Vamos. Esquece isso.
Apólo se levanta, vai até ela e a abraça por trás, beijando seu ombro. Alessia suspira fundo, encostando a cabeça nele.
— Agora chega de celular — ela diz, firme.
— Prometo: modo avião ativado.
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Atualizado até capítulo 99
Comments
New Biana
Ele é bem mentiroso
2025-07-26
0
Rosiane Alves
Era bom que ela desse na cara dele.
Judas.
2025-04-24
2
Luisa Nascimento
Nojo de mentira 🤥
2025-02-18
2