Capítulo 9 - Sempre estranha

Após a conversa com meus avós, consigo pegar no sono novamente. Amanhece, e desperto com o barulho insuportável do meu despertador, desligo e vou tomar banho.

Em seguida, visto uma camisa amarela com uma calça jeans escura, com um tênis preto. Pego a minha mochila que levo pra escola, e me junto a mesa para tomar café da manhã.

Alan e os meus avós já estavam arrumados, cumprimento eles:

- Bom dia, pessoal.

Amora:

- Bom dia, querida.

Edgar:

- Bom dia, Milena. Estar melhor?

Eu:

- Sim, graças a Deus.

Amora:

- Seu avô vai deixar você e Alan na escola, ok?

Eu:

- Ok, vó. Acabei de lembrar de fazer um telefonema, mas após o café.

Edgar:

- Sem celular na mesa, Milena.

Eu:

- Claro.

Guardo o celular no bolso, sinto ele vibrar e deve ser mensagens das minhas amigas. É do grupo que temos, somente as garotas. Tomo o meu café com pão e manteiga, me afasto da mesa para ver as notificações do meu celular, e são mensagens do grupo mesmo, mensagens do Juliano e no privado com Alicia:

Mensagens do grupo:

Talita:

- Oi, gente. Amanhã eu volto pra escola.

Alicia:

- Que bom, amiga. Milena que história é essa que Marina tá namorando um cara mais velho?

Talita:

- Sério?

Alicia:

- Parece que sim, conta ai, Mi.

Respondo:

- Sim, foi o maior barraco lá em casa. O pai dela discutiu com ela, xingou ela de tudo quanto é nome, ela pega as coisas dela e foi embora, Antonio a expulsou. Vi ela entrar numa Range Rover prata, com um homem muito bonita e vazou.

Talita:

- Caramba, e o pai dela?

Eu:

- Desmaiou, e chamei a ambulância pra ele, porque a minha mãe tava em desespero. Ela foi acompanhar ele, eu e o meu irmão estamos na casa dos meus avós.

Alicia:

- Quem diria que a Marina ia fazer esse caos? Mas, ela nunca me enganou.

Eu:

- Dizia que ia pra igreja, pra casa da amiga. Um dia disse pra ela, que ela ia ficar de joelhos, mas não para rezar kkkkk.

Talita:

- Nossa que babado, Milena.

Mensagem de Juliano:

- Oi, amor. Como você tá?

Eu respondo:

- Tô ótima, amor. Tô na casa da minha avó, depois do barraco entre Antônio e Marina.

Juliano:

- Nossa, quando nos encontramos hoje na porta da escola, quero saber os detalhes disso.

Eu:

- Claro, amor. Te amo ❤.

Decido ligar para Marina, que atende no quarto toque:

- O que foi, Milena?

- Vou ser direta, o seu pai tá internado no hospital. Depois que foi embora, ele desmaiou.

- O quê?

- Sim, se quiser ver ele tá no hospital Santo André.

- Por que não me avisaram logo?

- Você não atendia o celular, ligamos várias vezes, principalmente a minha mãe.

- Tudo bem, vou ver se dar pra ir ver ele. Obrigada, Milena por me avisar.

- De nada, se cuida. Boa sorte, Marina.

- Tchau.

Desligo, e o meu avô me chama:

- Vamos, Milena. Alan já estar indo com sua avó pro carro.

Eu:

- Vamos.

No carro, Alan me pergunta:

- Cadê a Marina?

Eu:

- Ela foi passar uns tempos morando fora.

Alan:

- Nem se despediu de mim, Marina sempre é estranha.

O meu avô deixou o meu irmão primeiro, e em seguida, me deixou na minha escola:

- Boa aula, Milena. Venho buscar você, porque essa cidade tá perigosa.

Eu:

- Obrigada, vô. Até mais tarde.

Na entrada da escola, estão Alicia, Talita e Juliano:

- Oi, galera.

O meu namorado me agarra, e fala:

- Senti saudades, quero saber essa história.

Sorrio, e respondo:

- Vou contar tudo.

Talita:

- Ai tamo de vela, Alicia.

Alicia:

- Verdade, ainda mais eu que tô solteira.

Talita:

- Terminou o namoro?

Alicia:

- Ontem, não dá mais pra continuar nessas brigas constantes entre mim e ele. Foi melhor assim, eu acho.

Juliano entra para a turma dele primeiro, e questiono a minha amiga:

- Você e Marco terminaram?

Alicia:

- Sim, foi bem triste. Bebi um pouco ontem, pra tentar esquecer.

Eu:

- Amiga, estamos do seu lado viu. Vai superar isso, tenho certeza.

Marco passa por nós, e ignora Alicia. Que faz o mesmo com ele:

- Oi, garotas. Boa aula, Talita e Milena.

Ele se afasta, e Alicia fala:

- Cretino, quero mais é que se f0da.

Talita:

- Ainda sente algo por ele?

Alicia:

- Sinto, e o pior que ele é meu primo. Vou ter que ver a fuça dele aqui, e nos almoços de família.

Eu:

- Complicado demais.

Talita:

- Vamos entrar, se não vamos se atrasar.

Alicia:

- Verdade, bora.

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